Capítulo 23 - Até Que A Morte Nos Separe (M)

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Quando chegamos em Maldivas, estava de dia. Agora, depois de horas possuindo Melanie incansavelmente percebo que o céu escureceu e a lua encontra-se em seu auge.

Observo Melanie dormir um sono profundo e vejo que há sangue nos lençois. Prova viva que tirei sua inocência.

Fui o único e sempre serei.

Sorrio com o pensamento. Isso me deixa satisfeito.

Nenhum outro tocará Melanie. Ela é minha.
Só de imaginar a hipótese de outro encostar no que é meu, me deixa possesso.

Melanie é inteiramente minha agora para eu fazer o que bem entender com ela. A tenho na palma da minha mão.

Perdi a conta de quantas vezes a possui, de quantas vezes gozei dentro de sua boceta gostosa. E pensar que ela está preenchida com toda a minha porra só me deixa mais excitado e impaciente para que ela acorde.

Melanie me deixa louco de uma forma que nunca poderia imaginar. Tudo em seu corpo é como se tivesse sido feito sob medida pra mim. Eu achei que estava fissurado nela antes, mas agora... Nem sei descrever o que sinto por essa garota, mas não tem nada de bom, puro ou normal.

Eu sinto algo monstruoso dentro de mim crescendo cada vez mais por Melanie e eu não sei a que ponto isso pode me levar. De certa forma, me preocupo. Eu nunca senti nada por nenhum ser humano, nem mesmo meu pai e muito menos minha mãe. Os humanos pra mim não passam de seres insignificantes e toda minha vida se resumiu a coisas que eu suporto e coisas que não suporto. Não tinha sentimentos, nem ruins, nem bons... Talvez só irritações quando se tratava de um humano mais nojento que o habitual. Mas era fácil me livrar deles quando esse era o caso.

Porém, sentir algo tão intenso assim é um pouco preocupante. Lembro-me de pensar em descartá-la após estar satisfeito e ter enjoado dela, mas agora esse pensamento parece indiscutivelmente absurdo.

Só a ideia de não poder enterrar meu pau na boceta carnuda dela me deixa incomodado, não sentir mais seu cheiro, não ver mais seu sorriso branco e alinhado, seu olhar suplicante, suas lágrimas doces.

Sinto como se nunca fosse me cansar disso...

Fico olhando o mar enquanto reflito no motivo de ter vindo aqui. Eu poderia a fazer minha em qualquer lugar, mas eu a trouxe pra cá pensando que ela gostaria, que ficaria feliz.

Eu nunca pensei na felicidade de alguém antes, nunca quis agradar ninguém.

Passo a mão no cabelo exasperado com minhas conclusões. Se eu estiver me apaixonando por Melanie, a porra vai ficar muito feia. Não imagino que um doente apaixonado seja boa coisa, nem pra ela, nem pra mim.

Não sei se os meus planos serão 100% eficazes a partir de agora, pois não consigo garantir que meu auto controle permaneça o mesmo com essa mulher.

Bom, fora-se.

Estamos casados agora e eu tenho a amiga e a família dela como carta na manga para fazê-la pensar bem antes de qualquer coisa.

Desde o início eu a manipulo e agora não será diferente.

Melanie está apaixonada por mim também, eu sei disso. Ela só ficou um pouco assustada conhecendo meu verdadeiro eu. Mas ninguém deixa de se apaixonar de uma hora pra outra. Observei as pessoas muito tempo para ver que quando estão apaixonados, ficam irracionais. Mesmo que tudo aponte que a pessoa não presta, elas continuam apaixonadas. Na verdade, ouso dizer que os humanos têm uma tendência a se apaixonar pelo que não é bom. Pelo que não presta.

Coincidência ou masoquismo?

Talvez os dois.

Meu celular vibra e eu o pego atendendo no segundo toque.

- O que é? - Digo sem paciência. Avisei para não me ligarem.

- Senhor, a menina está dando bastante trabalho, ela já quase fugiu 2 vezes e 3 dos nossos homens foram feridos.

Se não fosse um claro sinal de incompetência, até acharia engraçado.

- Ora, Stalin... Estou decepcionado. Uma garotinha dessas dando trabalho? Por que não a coloca no lugar dela?

- O senhor deu ordens para não tocarmos nela... Por isso te liguei.

Realmente falei para que não a machucassem, tinha um teatro planejado pra ela, afim de fazer a Mel entender o que acontece quando ela sai da linha.

- Use um sonífero, deixe ela apagada... Tanto faz, mas não quero que a machuquem ainda. Tenho planos pra ela.

- Certo, senhor.

Desligo a ligação.

Mel, Mel... Não sabe o que te espera.

Me aproximo da cama onde ela se encontra.
Deus cabelos estão bagunçados sobre seu rosto, sua respiração serena.

Passo minha mão em seu rosto tirando a quantidade de cabelo que continha ali, afim de analisar sua expressão melhor.

Observar Mel sempre foi a coisa mais interessante do mundo pra mim.

Mel faz uma careta e então fala algo que não entendo.

Será que acordou?

Fico imóvel esperando que, caso esteja acordada, se levante ou abra os olhos.

Mas ela não o faz.

Acho que ainda está dormindo.

Me aproximo para beijar seus lábios macios quando ouço ela gemer de desconforto e pronunciar uma palavra.

Mas dessa vez eu entendi o que era.

Ela disse "Brian".

Fico a olhando incrédulo e depois de incredulidade passo pra raiva e da raiva pro ódio foi um pulo.

- Brian, corre! Ele vai te matar... Por favor, Mason... Não o mate... Por favor... Brian.

Como ela ousa pronunciar o nome de outro homem enquanto dorme? Nem mesmo acordada eu permitiria algo assim!!

Estou tão puto que penso em asfixia-lá agora mesmo, pegar seu pescocinho lindo que antes eu estava beijando e agora o partir no meio.

Já fiquei bastante irritado algumas vezes, principalmente com a mulher que me deu a luz. Mas nesse nível que estou agora não! Isso é novo também.

Porque ela disse o nome dele dormindo? Por que porra ela fez isso?

Será que... Ela o ama?

Aquele sentimento explosivo se forma dentro de mim novamente, é algo tão intenso, tão poderoso que me deixa enjoado e tonto. Minha visão fica vermelha e eu me lembro que a última vez que fiquei assim foi antes de matar o maldito Brian.

Não! Não! Não! Isso não!

Ela me ama!!

Eu sou o único que ela pode amar!!

Ela não pode e não vai amar outro além de mim!

Nunca!

Não importa o que eu precise fazer, não importa o quão longe eu precise ir.

Melanie está destinada a me amar, a me pertencer, a ser minha... Até que a morte nos separe.

O ManipuladorOnde histórias criam vida. Descubra agora