Capítulo 34 - Por Você (M)

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- Mel, Mel! Não, não não! Por favor! - Estou apavorado, nunca senti medo de nada, nem mesmo da morte, mas agora de frente pro meu mundo todo, prestes a explodir, sumir, desaparecer...- Oh céus! Por favor, não, não não!

Mel me olha totalmente desorientada, mas seus olhos estão vazios, sem brilho. Ela vai fazer isso. Preciso pensar em alguma coisa, preciso parar ela!

Caio de joelhos no chão implorando. Enquanto olho de relance para um de meus homens, esperando que eles entendam que precisam detê-la.

Eu não gosto da ideia de outro a tocando, mas situações desesperadas envolvem medidas desesperadas.

Enquanto isso tento convencê-la.

- Mel, eu vou me matar logo depois de você, por favor, não faz isso! Por favor, não! Eu preciso de você.

Ela pisca confusa, como se não entendesse algo e sua determinação em terminar com a própria vida falha.

- Você vai se matar?

Porra! Ela está tão fodidamente quebrada, tão confusa, perdida.

Aquele sentimento que senti quando a chicoteei volta 300 vezes mais forte, parece que vai rasgar meu peito. Isso é culpa? A culpa é um sentimento completamente destrutivo.

- Eu faço tudo o que você quiser, meu doce! Tudo, eu entrego minha vida pra você, mas fica comigo, por favor.

Ela me olha mas ainda não diz nada.

Eu vou me aproximando aos poucos, ainda de joelhos, para não assusta-lá. Paro quando estou frente a frente com ela e me levanto de vagar.

- Mel, por favor. Você sabe que não tem culpa. Eu tenho. Me escute, vou me tratar para ser bom pra você. Você não vai precisar carregar toda o remorso sozinha, vai dividir comigo. Assim como eu também não quero carregar isso sozinho. Me ajude, por favor! Sem você eu não consigo.

Eu a olho com todo o meu amor, toda a minha paixão. Um pedido desesperado.

Suas mãos tremem e meu coração se parte em um milhão de pedaços.

Eu a fiz sofrer tanto... Se eu ao menos tivesse me dado conta de meus sentimentos antes.

Mas como eu poderia saber? Eu aprendi a amar com ela, antes disso não sabia como era amar de verdade. Na verdade, não sabia o que era a maioria dos sentimentos.

Ela retira a arma de sua cabeça e eu não dou a chance de ela repensar, a desarmo delicadamente, mas rápido o suficiente pra ela se assustar.

Jogo a arma longe para que eu poça abraçá-la.

Seu cheiro é delicioso e funciona como uma droga pra mim.

Eu relaxo instantaneamente ao tê-la em meus braços.

Mas meu pânico volta quando Melanie fica completamente mole em meus braços.

Tento sustentar ela de pé mas não dá, ela desmaiou. 

Pego ela no colo e vou para o hospital com ela.

- Está tudo bem, amor. Vou cuidar de você como você precisa.  - Beijo o topo de sua cabeça.

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O ManipuladorOnde histórias criam vida. Descubra agora