Capítulo 15🦋

41 9 0
                                    

(Reencontro)

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem - se com Deus.

2Coríntios 5: 17-20.

Lucas narrando

Se me perguntarem se consegui dormir ontem minha resposta será "Não". Motivo, aquela garota que me lembravam tanto a minha perseguidora. Seus olhos não saíram de minha cabeça, e posso jurar que era ela, a garota da praça. Nossa como é ruim não saber nem seu nome, e o mais impressionante foi o meu coração ter reagido daquela maneira, pensei que ele realmente sairia do meu peito. A noite em claro serviu como reflexão para mim.

Pude vê como o coração do homem pode ser enganoso, como é fácil de se ilude, de se abala, e para ser sincero não é esse tipo de coração que quero ter. Quero alguém enviada por Deus para ser minha, alguém que seja minha companheira, que seja amiga, que ame a Deus acima de tudo, que seja focada na obra de Deus que a única razão de ter olhado para mim foi que Deus tenha dito é "ele o seu escolhido".

A semana no hospital foi calmo, me concentrei muito na recuperação de Ana. Essa menina tem uma historia triste mas vejo a força nela. Mesmo sendo tão pequena tem uma esperança estampada em seus olhos, vejo nela o cuidado de Deus. Ana perdeu os pais em um acidente de carro a seis meses, ela sobreviveu mais ficou com uma sequela nas pernas a impossibilitando de andar, ela é mantida no hospital por motivos médicos, os pais de Ana eram sócios do hospital onde ela está, sua única parente é sua vó materna, pois seus pais eram filhos únicos e seus avôs paternos já morreram, foi passada para sua vó a guarda legal de Ana e tudo que pertencia ao seus pais será entrego para ela administrar quando fazer dezoito anos.

Estou no corredor de seu quarto com meu café e a prancheta em mãos pronto para entrar quando escuto uma vozes vindo de dentro do quarto, pelas risadas sei que é Ana mais a outra voz não reconheço por isso bato antes de entrar e abro a porta, espero e escuto um "pode entrar" na versão de Ana e seus errinhos por não saber falar direito ainda.

- Pode entar

- Bom dia princesa

- Bom dia Luca

Dou um beijo em seus cabelos e sento perto dela.

- Como minha princesa acordou

- Com munta fome. - Fala passando a mão em sua barriga. - Rio da sua forma exagerada.

- Espero que já tenha alimentado esse monstrinho que tem aí dentro.

- Já sim, tia Clis veio me acodar e me deu comidinha.

- E onde ela está. - Pergunto pois não vejo sinal dessa sua tia Cris.

- Ela está no banheiro poque a sujei derrubando mingau nela. - Rio de sua carinha de culpada.

Me levanto e vou indo em direção a janela para abrir mais as cortinas quando sinto algo, algo não, alguém se chocando contra mim, é tão rápido mais deu tempo de segura - lá para não ir de encontro com o chão.

Outra vez estou parado olhando para aqueles olhos, mais agora contemplo de todo seu rosto, posso ouvir as engrenagens do meu cérebro se esforçando a me recordar de onde a conheço.

De dentro pra fora Onde histórias criam vida. Descubra agora