De dentro pra fora

capítulo 42 🦋

Lucas Narrando:
  
       chego no local marcado na localização e meu celular. Desligo o carro e saio dele olhando em volta atrás de algum sinal de vida até que vejo uma  pequena cabana de madeira. Me aproximo devagar olhando para os lados, vejo uma pequena janela e me aproximo dela olhando com cuidado através dela uma pequena janela e o que vejo me paralisa. 

Ana chorando

     Ela levanta a cabeça no momento exato que alguém abre a porta de onde ela, está me abaixo um pouco para não ser visto e volto a olhar pela janela vendo Rodrigo e outra garota jogando um certo líquido no cômodo onde ela está. Me desespero ao perceber o que era a substância jogada.

álcool

    Vejo Ana falar algo e recebe um olhar de ódio de Rodrigo, ele vai até ela ele acerta um tapa em sua delicada face. Me mantenho em meu lugar para não correr o risco de me verem por descuido e falta de autocontrole estragar tudo.
    
   Me dói ver minha princesa nessa situação, sendo agredida, maltratada, ela não merece nada que esse se repugnante está fazendo com ela. Vejo os dois saindo do cômodo e espero mais um pouco e tenta abrir a janela que graças a bondade de Deus está destrancada ponto e consigo passar por ela com dificuldade por ela ser de um tamanho mediano.

     Ana ao escutar minha movimentação ergue o rosto me olhando espantada por me ver ali, faça o sinal para ela não fazer barulho e vou me aproximando dela que logo sussurram "tio Luca".

    Seus olhos brilham de esperança que conseguirei sair dali com ela. Eu também pedi a Deus que me tirasse daquele lugar junto com Ana.

   desamarro seus braços e seus pés que estava amarrados em uma cadeira velha, quando se vê livre se jogue em meus braços me apertando em seus pequenos bracinhos, devolvo com alegria o abraço. Imenso é a alegria de poder segura - lá  novamente em meus braços, verifique os seus machucados que me enfurecem mas peço paciência a Deus para não fazer nenhuma besteira.

Meu objetivo é tirar a Ana desse lugar e leva - lá de volta para casa.

___ Calma minha princesinha, vou tirar você daqui, Deus está conosco. - Falo a pegando nos braços indo em direção a janela. Será difícil passar com ela em meus braços, Ana terá que pular para conseguir passar para o lado de fora.

Estou saindo para fora, Ana já está pronta para vim ao meu encontro quando ela é puxada de volta para dentro da cabana caindo no chão.

___ Aí minha perninha! - Grita choramingando de dor.

Retorno para dentro vendo Rodrigo pisando com força a perna direita dela. Vou para cima dele o tirando de perto da Ana

___ Você é louco, como tem coragem de fazer isso com uma criança ? - Falo o encarando de frente
___ Não tenho paciência para crianças birrentas e chatas, as detesto. Que bom que você chegou, poderá ficar com ela minha paciência já se esgotou com essa daí. E finalmente poderei ir atrás da minha Cristal
___ Cristal não é e nem será sua. Não ouse se aproximar dela.
___ E quem irá me impedir? Você?
___ Eu não, mais o Deus que está conosco irá protege - lá. - Falo
___ Vocês só enxergam esse Deus de vocês. Ele não se importa com meros mortais se é que realmente existe, o louco aqui é você e essa menina por acreditar Nele. - Fala Revoltado com minha resposta
___ Veremos do que seu Deus é capaz de fazer pelos seus filhos - Fala sacando sua arma apontando para mim.
___ Vamos ver se Ele te livra dessa
___ Minha vida é Dele, eu sou Dele - Falo convicto que sou inteiramente do Pai eterno

Ele aperta o gatilho duas vezes mas a arma não dispara. Ele se espanta com o que acaba de acontecer.

___ Impossível! - Fala com ódio e as tenta mais uma vez e nada, a arma não dispara.
___ O Deus a quem eu sirvo é o Deus do impossível. Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus. Você acaba de comprovar a magnitude e fidelidade de Deus para com seu filho. Ainda assim não quer acreditar que Ele sempre existiu, sempre esteve ao seu alcance, só você que não quis ser amado por Ele.
___ CALA A BOCA SE NÃO O MATO.
___ Morrer para mim é lucro pois mim encontrarei com meu Salvador.
___ Morrerá aqui mesmo junto com essa pirralha. - Fala e percebo fumaça entrando por debaixo da porta.
___ Minha amiga já fez o que pedi a ela, hora de ir. - Se vira para ir embora. O agarro por trás o impedindo de sair.

Ele não irá fugir

___Você não irá fugir - Ele me empurra contra a parede mas não o solto, ele me acerta com o cotovelo em minhas costelas com força fazendo eu arquejá com o impacto diminuindo a força do aperto involuntariamente. Ele se solta de mim e tenta acerta um soco que consigo desviar a tempo me abaixando. Dou uma rasteira nele o derrubando no chão o prendo em um golpe fazendo ele perder a consciência.   Me recupero tomando fôlego.

Preciso agora rápido

   Vou até Ana que está encolhida no canto, a pego em meus braços, analiso o meu estado atual, o local. Ana não conseguirá sair pela a janela, mesmo eu ajudando ela precisa usar as pernas para pular, não iria tentar passar com ela pois não teria espaço suficiente para nós dois ao mesmo tempo.

___ Meu Deus nos tira daqui - Peço

Saia para fora

Escuto uma voz ordenar, logo obedeço sabendo que Deus estava me guiando para fora dali.

  Abro a porta avistando um amplo corredor, congelo ao ver o que me esperava a frente. Uma sala em chamas, a porta da cabana mais a frente. Aperto Ana em meus braços que tosse por causa da fumaça.

   Siga em frente! Se passares pelo fogo não te queimará, nem a chama arderá em ti. Porque Eu sou o Senhor teu Deus.

Escuto a voz do meu Senhor
___ Se irá comigo Pai, eu irei.

Sigo até o final do corredor chegando na sala respiro fundo mesmo com a fumaça queimando em minhas narinas e avanço até chegar na porta, a chuto fazendo ela abrir em um baque.

   Caminho para o lado de fora saindo da cabana em chamas, olho para frente vendo os policiais, meus amigos e... Meu pai.

   Pegam Ana de meus braços que chorava me chamando, vejo Leandro e Caleb se aproximando de mim, porém minhas forças estavam poucas, desabo sem conseguir me manter em pé e sou amparado por meus amigos

  Respiro o ar fresco, tento me levantar mais mais não consigo e Caleb me auxilia me impulsionando para cima me colocando em pé.

___ Calma Lucas - Caleb segura me de lado.
___ Que bom que está bem meu amigo - Leandro diz ao meu lado.
___ Não iram se livrar de mim tão cedo.
___ Filho! - Reconheço essa voz
___ Pai - falo baixo o encarando

Antes que ele fale mais alguma coisa, se virá engatilhando sua arma.

  Olho para frente vendo todos apontarem as armas para Rodrigo que estava de frente para Cristal.

Ela tenta argumentar com ele, tentando o convencer de não fazer nada.

Só escuto sua última frase antes de sentir uma queimação  em meu peito.