Harry abriu os olhos lentamente. A cama da ala hospitalar não eradesconfortável, mas ele podia sentir os lençóis raspando contra ele quandotentou rolar. Parecia que Madame Pomfrey o tinha enrolado o mais forte quepodia, com medo de ele escapar. Harry bufou com o pensamento. Ele estavacansado e tinha uma dor latejante na cabeça. A última coisa que ele queria era irembora.
"Harry. Oh, graças a Merlin."
Sirius apareceu por um momento, olhando para ele, então caiu em uma cadeiraao lado da cama e apertou a mão de Harry na sua. Por um momento, ele tentoudizer algo, mas acabou baixando a cabeça. Harry sentiu um toque nas costas damão, lágrimas e um beijo.
"Oi, Sirius," ele disse, e piscou. Sua garganta não parecia que ele precisavabeber muito, mas sua voz estava pouco mais alta do que um rato arranhandoum poço. "Quanto tempo faz?"
"Uma semana," Sirius sussurrou. "Hoje é dia de Natal." Ele sorriu. "E este é umótimo presente de Natal." Ele bagunçou o cabelo de Harry.
Harry acenou com a cabeça lentamente. "Você pode me pegar um pouco deágua?"
Sirius já tinha uma taça da mesa próxima em sua mão e ajudou Harry a levantaros travesseiros para que ele pudesse beber. Harry ficou irritado ao descobrir quenão conseguia se mover sozinho, mesmo quando tentava. Era o efeito de umasemana de repouso na cama, ele sabia racionalmente, mas não gostava. Eletinha coisas importantes para fazer.
"Alguém mais esteve me visitando?" ele perguntou a Sirius. Muitas coisaspoderiam ter mudado em uma semana, até mesmo seu relacionamento comConnor. Ele tinha que saber para que ele pudesse descobrir o que fazer a seguir.
"Oh, claro," disse Sirius. "Malfoy todos os dias - e ele realmente parece ser seuamigo, Harry, embora Merlin saiba o porquê. Snivellus às vezes." Sirius franziu atesta como se não gostasse disso, mas ainda não tinha surgido com nenhumargumento para refutá-lo. "E Lily e James vieram ontem. O diretor veio pelomenos uma vez por dia para perguntar sobre sua saúde." Ele sorriu, mas seusolhos estavam enevoados. "Estávamos com tanto medo de que você nãoacordasse de novo, especialmente depois do que Sn-Snape nos contou sobre odano à sua mente."
Harry tocou sua cabeça. "Minha cicatriz dói, mas o que ele quer dizer comdano?"
"Aparentemente, durante a - batalha com Tom Riddle, você perdeu algumasmemórias," disse Sirius cuidadosamente. "Sn - Snape achava que deveria serrestrito a lacunas leves, mas ele não podia ter certeza. Quanto mais vocêdormia, mais certeza ele tinha de que havia algum outro dano mais permanentecausado." Ele sorriu, e desta vez parecia mais com o sorriso despreocupado queHarry conhecia. "Ele é um bastardo sombrio. Vou dizer isso a ele."
Harry sorriu de volta, então hesitou. Havia uma pergunta que ele realmentequeria fazer. Mas a resposta era óbvia pelo que Sirius disse.
No final, porém, a pressão, a esperança de que Sirius tivesse esquecido demencionar a resposta de alguma forma, foi demais.
"Connor veio me ver?"
Os olhos de Sirius baixaram. "Não," ele disse calmamente. "Sinto muito, Harry."
Harry inspirou, expirou, inspirou e expirou. Seus olhos fixos na parede. "Por quenão?" ele sussurrou. "Eu sei que ele ficou com vergonha de me encarar, mas eupoderia ter morrido." Então ele estremeceu. Ele estavareclamando. Ele não queria soar como se estivesse choramingando e sabiaagora que não deveria ter feito a pergunta.
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No Mouth But Some Serpent's - Livro II
FanficHarry volta para Hogwarts, determinado a proteger seu irmão Connor, o BoyWhoLived, e ficar nas sombras. Mas no ano passado duas pessoas aprenderam a verdade sobre Harry ... e neste ano, mais duas descobrirão. Este é o segundo ano de Harry em Hogwart...