No Mouth But Some Serpent's - Livro II

O Coração da Tempestade

Snape franziu a testa. Ele podia sentir uma sensação estranha de atração em sua mente, o desejo de sair do escritório do diretor e - fazer algo. Ele não conseguia entender o que queria fazer, se preparar uma poção ou ir para a ala hospitalar para checar Draco, mas ele sabia que queria ir embora.

Ainda assim, como ele poderia, quando Connor Potter estava na sua frente, ainda ouvindo Dumbledore enquanto o Diretor lhe contava que história maravilhosa era sua história, e como isso inspiraria os outros alunos quando eles a ouvissem no Banquete de Partida?

Snape fez uma careta. Ele poderia traduzir as palavras de Dumbledore. A Grifinória acaba de ganhar a Copa das Casas. Novamente.

Ele desviou o olhar do insuportável pirralho, mas percebeu que seus olhos estavam voltando. Por alguma razão, o odeie ou ame, Connor Potter era o centro desta sala.

Isso deixou Snape desconfiado. Isso o lembrou dos efeitos de um feitiço. Ele se lembraria do nome do feitiço em um momento, ele tinha certeza. Estava na ponta da língua e ele não conseguia segurá-lo. Ele fechou os olhos e esfregou a cabeça com uma das mãos.

"Severus?"

Snape ergueu os olhos. Dumbledore percebeu sua distração e estava sorrindo para ele gentilmente.

"Se você gostaria de ver o jovem Sr. Malfoy," ele disse gentilmente, "tenho certeza que ele ficaria feliz em vê-lo, como seu chefe de casa."

Snape acenou com a cabeça rigidamente. Ele não conseguia se lembrar por que tinha ido ao escritório do diretor em primeiro lugar, ele pensou enquanto saía. Claro que havia o aluno petrificado - algum lufa-lufa - e uma mensagem sobre Potter entrando na Câmara Secreta para derrotar Riddle, mas ele não sabia que Draco tinha ido junto. E por que ele deveria ter? Ele dificilmente era amigo de Potter -

Ele saiu do escritório e da vizinhança imediata de Potter, e a compreensão o atingiu como um golpe.

Atormentar.

Snape começou a correr.

Ele havia mirado nas portas da frente de Hogwarts, imaginando que Harry não teria ido para a ala hospitalar ou voltado para a sala comunal da Sonserina. Mas talvez, ele pensou, enquanto se curvava contra as portas e olhava para o que via à sua frente, ele instintivamente sentiu o chamado da magia que Harry estava projetando.

Era noite. As estrelas e a lua estavam brilhando em algum lugar. Esse lugar não era sobre Hogwarts.

Em vez disso, uma longa cauda de escuridão, preta o suficiente para fazer os olhos de Snape doerem, surgiu perto da Floresta Proibida e fez círculos preguiçosos no ar, crescendo em velocidade e poder enquanto Snape observava. Formou uma parede sólida de vento negro rodopiante e trouxe o inverno. Ele podia sentir o frio daqui. Já ardeu sua garganta e o interior de suas narinas, e ele pensou que a neve provavelmente cobria o gramado dentro da própria tempestade - presumindo que ainda houvesse gramado lá. O vento soprava ao longo de galhos e ripas de madeira que poderiam ter vindo do galpão usado para guardar o equipamento de Quadribol, e uma vez Snape pensou ter visto uma árvore inteira. E a tempestade estava se expandindo, lentamente, mas com determinação. Ele não tinha dúvidas de que isso destruiria as proteções de Hogwarts em breve.

Pior do que o poder físico, porém, era o mágico. Ele podia sentir isso transbordando dos escudos que Lucius o treinou para levantar, vazando para cada canto desocupado de seu corpo e mente e exigindo sua atenção. Era como o poder do Lorde das Trevas, e Snape de fato sentiu um toque de familiaridade que o fez se perguntar se era Tom Riddle e não Harry no coração da tempestade, afinal. Mas não; se fosse, então o poder teria aquela familiar ponta cruel que Snape sentiu noite após noite quando ele ainda servia entre os Comensais da Morte. Este era um poder selvagem, com uma corrente de raiva honesta. Estava tão ocupado exultando com sua liberdade que ainda não tinha atacado mais ninguém. Snape supôs que poderia ser grato a Merlin por pequenos favores.