O Jogo de Quadribol

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Chego no campo bem a tempo de ouvir o discurso motivacional de Dylan, o qual eu ignorei completamente porque estou com a cabeça em outro lugar. Não me culpe por ficar surpresa com algo q não seja uma ofensa saindo da boca de Jason.

Quando entro em campo e alço voo, tudo que não é o jogo foge da minha cabeça. Depois de 10 minutos de jogo Sonserina está ganhando de 50 a 10 e as coisas vão cada vez pior, as vassouras deles são mais rápidas e seus jogadores mais maldosos.

Avisto um ponto dourado a alguns metros de mim e me ponho a voar em sua direção, sinto o vento frio bater no rosto e a capa esvoaçando atrás de mim. Com os olhos fixos no pomo descrevo curvas fechadas cada vez q ele muda sua direção e chego perto de pega-lo diversas vezes. O apanhador da sonserina está bem atrás de mim e se aproximando, é hora de uma abordagem mais ofensiva.

Quando o pomo está perto o suficiente das torres da arquibancada e não alto demais, faço um movimento súbito para a direita entrando na frente do apanhador da sonserina e forçando-o a jogar a vassoura para o lado e bater em cheio na arquibancada. Ele cai da vassoura e rola na grama, me dando tempo suficiente pra fazer minha jogada arriscada.

O pomo está a poucos metros de mim, e cada vez mais perto. Mas toda vez que eu estou quase alcançando, ele vai um pouco mais pra frente. Prendo os pés no cabo da vassoura para não cair e movo meu corpo o mais pra frente que pude e mantenho o braço esticado a minha frente. Estou quase alcançando mas ainda faltam alguns centímetros, então me arrisco e me inclino um pouco mais.

Peguei!

Mal tenho tempo de comemorar antes de sentir uma forte pancada na parte de trás da cabeça. Minha visão escurece e apago.

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Acordo desnorteada e sem saber onde estou. Quando minha visão foca vejo Emily e o time da grifinória aglomerados na base da minha cama.

-Ela está acordando! - Emily exclama aliviada.

- Que porra aconteceu? - eu pergunto confusa e irritada.

- Você levou um balaço na cabeça e desmaiou. Faz algumas horas, mas Madame Pomfrey já administrou os cuidados necessários.

- Desculpa Anna, não consegui evitar. - Dylan diz com um olhar culpado.

- Não é culpa sua Dylan. - eu digo para acalma-lo - Mas eu tenho algumas contas pra acertar.

Saio que nem um furacão da enfermaria, deixando Madame Pomfrey louca. Não acredito que ele fez isso, sabia que ele jogava sujo mas não tanto. O ódio me consome da cabeça aos pés, me sinto usada. Ele usou meu momento de fragilidade contra mim pra me distrair. Não acredito que esqueci da ameaça que a sonserina era. Por um segundo pensei que poderia confiar nisso e olha onde isso me trouxe. Um balaço na cabeça quando eu estava a vários metros do chão depois de ter sido tão gentil comigo. Falso. Eu poderia ter morrido, porra! Ele nunca quis me ajudar de verdade, viu uma oportunidade de me distrair e usou-a. Cretino!

Só paro de andar quando estou à porta do salão comunal da sonserina. Bato na porta forte e freneticamente, só paro quando alguém abre a abre.

- O que diabos você está fazendo?! - Jason me olha como se eu fosse louca. Ele está com os cabelos molhados e cheira a sabonete, acabou de sair do banho.

- O que você acha?! Eu não acredito que você fez isso! Eu sabia que você jogava sujo mas não sabia que podia ser tão babaca, Delacrox - eu começo a gritar apontando o dedo para seu rosto. - Eu pensei por um segundo que você poderia ser algo além de um idiota, mas me enganei completamente

- Tira esse dedo da minha cara, Young. - ele rosna e segura meu pulso. - Eu não faço ideia do que você tá falando. Dessa vez eu realmente não sei o motivo da briga.

- Não se faça de burro, Jason! Você pode ser muitas coisas mas não é burro. Como você pôde ser tão baixo? Eu sinto nojo de você. - eu digo com a raiva me consumindo - Eu não consigo nem olhar pra você! - eu digo com desprezo e viro as costas pra sair dali.

- Não dê as costas pra mim! - ele diz com raiva e segura meu pulso me impedindo de continuar. Tento me libertar mas sem sucesso - Você não pode entrar no meu salão comunal e começar a me ofender sem que eu ao menos saiba o motivo! Será que dá pra você se acalmar e agir como uma pessoa normal?

Uma pessoa normal? O que diabos isso deveria significar? A raiva toma conta de mim e perco a razão. Me viro e olho em seus olhos antes de acertar um soco bem no meio do seu rosto. Ele geme de dor e solta meu pulso para levar as mãos ao rosto.

- Vai pro inferno. - eu digo e me retiro da sala com todos me encarando. Não tinha me tocado que o salão estava cheio.

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Uma História em HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora