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7º Capítulo

- Jura que não me viu sentando ao seu lado? - Lucas pergunta me olhando estranho - e se eu fosse um ladrão?
- Para com esse "e se", você não é um ladrão, eu só estava distraída - digo tranquilizando o garoto eufórico ao meu lado - Mas o que estava dizendo? - pergunto me referindo a o que ele havia falado quando me assustei com a sua presença.
- Perguntei se queria conhecer minha casa - Fala segurando meu rosto.
Eu poderia morar nesse sorriso e isso nem é poesia.
- Quando? - Pergunto surpresa e ainda fascinada naquele sorriso tãoo certinho.
- Hoje, meus pais vão a um jantar, então não precisa dar de novo a desculpa que tem vergonha.
- Você é lindo no Sol.
- Uhm, não mude de assunto - Ele faz pouco caso, me fazendo rir alto.
- Quero, gatinho, claro que quero.
- Você é perfeita no Sol - Ele solta e nós dois caímos na risada, é incrível cada momento com ele, é incrível o jeito que ele me fez me sentir viva, feliz.

Já passava das 19:00 e nem sinal de Lucas, seu celular estava desligado, minhas mensagens não eram entregues.
Com quem eu deveria falar?
Não conheço seus amigos ou seus parentes, estava realmente preocupada.

- Boa noite.
Por que está tão arrumada, vai sair? - Bel pergunta sentando se ao meu lado.
- Esse era o plano, mas acho que Lucas me deu um bolo, eu nunca tinha levado um, que sensação ruim.
- Acabei de ver Lucas no quiosque. - Ela fala simples e liga a Tv que está na nossa frente.
- Como assim viu ele no quiosque? Qual quiosque? - Pergunto eufórica - ele te viu?
- Não, não me viu. Passei apressada por lá, não queria ter que cumprimentaram Caleb e o seu novo casinho.
- Eu vou até lá, porque Lucas está trabalhando até agora?
- Vai sozinha? - Minha tia pergunta, mas em momento algum se oferece para ir comigo.
- Sim; não precisa se preocupar tanto. - Digo com ironia e ela sorri.

Caminho em passos largos em direção ao quiosque daquele loiro mal amado, e é aparente o meu semblante de raiva.

- O que está fazendo aqui? Porque não me ligou ou mandou uma mensagem? Estava preocupada com você, seu idiota. - Encho Lucas de perguntas assim que o vejo limpando as mesas espalhadas pela areia.
- Me perdoa, de verdade. - O mesmo pede ainda se recuperando do susto que levou com a minha chegada surpresa. - Caleb me prendeu aqui, disse que Fred está doente e que eu não poderia sair até que o último cliente fosse embora.
- Mas não está no seu horário de trabalho, isso é exploração.
- Tecnicamente não, pedi para que Fred me cobrisse essa noite, então já que ele não pode estar aqui, tive que me cobrir - O garoto a minha frente fala calmo segurando meu rosto. - Como vê só tem eu aqui, não pude sair nem para buscar um carregador, sério, me desculpa.
Preciso me despedir, eu não aguento mais isso, parece que desde que te conheci, Caleb passou a me odiar, está cada vez mais impossível lidar com o temperamento forte dele. - Olho com certa dó para ele, sei que a culpa é minha, assim como sei que Caleb acha que pode ter posse sobre as pessoas.
- Vá tirar esse avental e arrumar suas coisas, enquanto isso vou ter uma conversa com o babaca do seu chefe.

- Quem você acha que é? - Pergunto fazendo com que a garota que está sentada ao seu lado se assuste - Sei que Fred não está doente, seu imbecil. Vi o garoto tem pouco tempo.
Porque está fazendo isso com Lucas? - Grito enquanto ele me olha com desdém.
- Lucas trabalha para mim, esquentadinha. - Ele responde me provocando.
- Ele trabalhava para você, vou garantir que ele nunca mais receba ordens suas.
- E como acha que o pai dele vai reagir quando souber disso? - Pergunta
- Vou garantir também que ele arrume um novo emprego. - Digo tudo que queria dizer, mas quando penso em dar as costas para ele, decido falar o que está engasgado.
- Você se tornou uma pessoa horrível, sem coração. Se você acha que pode ter posse sobre as pessoas, está enganado.
Eu deixei de ser sua, e não foi uma escolha minha, então me deixe viver a minha vida com quem eu escolhi para tentar ter algo que jamais teria a chance de ter com você, você foi só uma caso de férias, só isso Caleb, e são palavras suas. - respiro fundo, e encaro a garota ao seu lado, estava escuro e se a visse na luz do manhã, não a reconheceria. - Tenho certeza que é capaz de encontrar alguém melhor.