- Isso é totalmente ridículo, minha mãe vai me matar, quer que eu morra?- Pergunto a minha tia que puxa as minhas cobertas - Vamos lá, são quase 1:00 da manhã, está óbvio que ele não te chamou para surfar, eu me recuso a ir.
- Falta quanto tempo para chegarmos? - Pergunto enquanto minha tia me arrasta pela areia.
- falta pouco, preguiçosa.
- Por favor, eu estou cansada e com sede - faço drama para que ela pare de me arrastar por um segundo, mas missão falha.
- Plabo? - Ela fala puxando um garoto que está de costas e para minha surpresa não é o mesmo Pablo, não é o garoto da sorveteria, não sei explicar o alívio enorme que sinto.
- Achei que não viria - Ele a responde sorrindo e pousa sem olhar em mim - Essa deve ser a garota de quem tanto fala.
- Sim, a minha sobrinha - Sorrio para ele e ele sorri de volta
- Bom, na verdade não vamos surfar - Ele fala e eu Isabel respondemos um "Não?" Como se estivéssemos surpresas, em uníssono - gostaria de te levar a um lugar. - ele propõe e é nítido o olhar "apaixonado" da minha tia - e antes que diga que não pode por causa da sua sobrinha, eu dei um jeito nisso - Ele fala como se eu fosse uma garotinha de 5 anos e não estivesse ali.
- Eu estou ouvindo tudo, não precisa me tratar como se eu fosse uma criança que você tem que se livrar para transar com a minha tia - Respondo sem hesitar.
- A criança tem a língua afiada - Ouço uma voz rouca e me viro para saber de onde vem.É ele. O garoto pelo qual procuro a dias, está bem na minha frente.
- Bom, esse é o Caleb, ele é o jeito que dei - Pablo fala ainda sem graça pela minha resposta.
- Me desculpa pelo jeito que falei, foi sem pensar, sinto muito.
- Está tudo bem, não deveria ter falado dessa forma - Ele acrescenta e eu apenas assinto. - Ele pode ficar com você até nós voltarmos?
- Não preciso de uma babá, mas é melhor do que ficar sozinha - Por fora foi o que eu disse, mas por dentro, eu gritava "É claro que pode"Faz quase 30 minutos desde que Pablo e Isabel saíram, e Caleb e eu estamos em completo silêncio, mas graças as músicas que tocam em seu celular, isso não se tornou horrível
- Ok, vou ser responsável por quebrar esse silêncio, garota da sorveteria - Ele fala e eu o encaro surpresa por ter lembrado. - Vamos esperar na minha casa, está tarde - ele sugere e em seguida diz que Pablo pediu para que ele me levasse.
- Seria muito melhor se não lembrasse de mim - sorrio e cubro meu rosto com as mãos. - Fica muito longe daqui? - pergunto me referindo a sua casa
- Não, chegaremos em menos de 5 minutos. - concordo e o sigo - É claro que me lembro, você se confundiu toda quando me viu - Ele responde enquanto caminhamos até sua casa.
- Então você trabalha lá? Depois daquele dia fui lá algumas vezes e não te vi - tento acobertar o fato de ter ido todos os dias da semana, pelo menos 2 vezes ao dia.
- Então anda me procurando? - Ele pergunta me deixando sem graça.
- Não, vou lá porque é a mais perto do meu hotel - Respondo tentando ser verdadeira.
- Algo me diz que não é verdade - Ele sorri - mas respondendo a sua pergunta, eu não trabalho lá, estava dando uma ajuda ao Pablo
- Isso explica o nome no crachá - Digo rapidamente
- Só fiquei alguns segundos na sua mesa e reparou até nisso?
- Reparei em tudo - respondo, mas me repreendo por estar contando detalhes - você estava na minha frente - concerto.
- Eu também reparei em você, inclusive, reparo melhor quando te vejo correr pela praia - O que???
- Você anda me vigiando? - Pergunto me aproximando ainda mais.
- Chegamos - Ele diz, e aproveita a deixa para mudar de assunto - Você tem quantos anos, criança?
- Criança?- Pergunto revirando os olhos - tenho 16, em breve 17
- Uma criança - Ele me olha como quem confirma sua suspeita.
- E você senhor adulto, quantos anos tem?
- 20, em breve 21 - Ele responde da mesma forma que eu, e nego sorrindo -
Sim, sou o senhor adulto - Ele retribui o sorriso.
- É só idade - O provoco, enquanto vejo o mesmo se jogar em sua cama.
- E a prisão é só uma cela - ele fala tentando se afastar
- Não estou dando em cima de você, relaxa - Rio da sua atitude - Não precisa se afastar - Digo e observo o lugar - É lindo
- Sou mesmo - Ele não perde a deixa, mesmo sabendo que eu me referia a casa.
- É uma cabana, eu o Pablo construímos. - Ele me conta e fico encantada. - Sempre quis ser livre e morar aqui, me faz sentir isso.
- Gostaria de morar aqui - comento e ele me olha novamente.
- Vem morar comigo - Ele parece sério, mas em seguida sorri como cá se estivesse brincando.
- Eu adoraria - Entro em sua brincadeira." E foi assim que tudo realmente começou, tivemos um caso durante todas as minhas férias, mas tudo que é bom, acaba, e eu como sabe, tive que voltar a minha realidade. Me sentia uma mulher com ele, me entende diário?"
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3:15 am
De TodoAos 18 anos, Teodora Albuquerque foi condenada por assassinato, enquanto sua (ex) melhor amiga, que ela jurava ser a culpada foi inocentada. Durante 10 anos de sua vida, a cela era seu quarto, as prisioneiras suas amigas, o refeitório o pior restaur...