Capítulo 68

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- Obrigado por vir me buscar fora do seu horário de trabalho, Guilherme.


Eu agradeço ao meu motorista, enquanto adimiro a paisagem pela janela do carro.
Hoje o dia foi extremamente corrido, depois que eu falei com Jo e Emery pelo celular, eu me arrumei e compareci a três reuniões, duas delas referentes a obra que eu vim supervisionar, e outra em relação a um possível cliente que estará se mudando para Londres e gostaria de ter uma casa toda construída pela minha empresa.
E, ao invés de marcar a conversa com esse novo cliente para amanhã de manhã, eu resolvi adiantar tudo para poder chegar hoje mesmo em casa, coisa que deve acontecer em alguns minutos.
Guilherme estaciona o carro na minha vaga na garagem do prédio, e assim que eu pego a minha mala e o urso de pelúcia que eu comprei para Emery, eu dou um dinheiro para Guilherme, como forma de agradecimento, já que são 22:30 e ele já deveria estar em casa a muito tempo.
Eu aperto o botão do elevador, e assim que as portas do mesmo se abrem, eu o adentro e coloco a minha digital no monitor. Em poucos segundos as portas do elevador estão se fechando e eu percebo o quão rápido meu coração está batendo com a expectativa de ver Jo e Emery. Hoje é sexta-feira, então eu sei que as duas devem estar acordadas conversando, já que eu e Jo sempre fazemos isso com a Emery.
As portas do elevador voltam a se abrir, mas desta vez eu tenho a perfeita visão do apartamento de Jo.
Eu coloco minha mala encostada na parede, com o urso de pelúcia de Emery em cima dela, ao mesmo tempo em que tiro o terno e a gravada, e os jogo no sofá.


- Jo, Emery?!


Eu chamo, e quando não escuto nenhum barulho, eu achamo novamente.


- Papai!


Emery grita do alto da escada semicircular, e antes que eu possa chegar até ela, Emery desce as escadas, usando seu pijama de unicórnio, com uma velocidade absurda.
Eu pego minha filha no colo e a abraço apertado enquanto sinto meu coração ficar mais quente e tranquilo, fazendo com que toda a angústia e as lembranças do meu pesadelo de hoje mais cedo desapareçam completamente.



- Hero ?!


Jo diz do alto da escada, e assim que me vê parado no meio da sala e com Emery nos braços, Jo desce as escadas tão rápido quando Emery.
Eu coloco a mesma no chão, mas só para poder abraçar a minha Rainha.
Jo tira seus pés do chão, e eu a abraço apertado enquanto afundo meu rosto em seu pescoço.


- Pensei que Você só fosse vir amanhã!


Jo exclama com um sorriso enorme, e eu a coloco no chão ao mesmo tempo em que pego Emery no colo.



- Esse era o plano, mas eu não podia passar mais uma noite sem as minhas meninas !



Eu digo, e Emery envolve o meu pescoço com seus braços finos e Jo me surpreende quando me beija de forma devassa.
Deus! Como eu senti falta disso!
Eu aperto Jo mais contra mim, e eu juro que consigo sentir a saudade que ela estava de mim em sua língua. Eu e Jo nos afastamos para pegar um pouco de ar, e antes que eu possa fazer qualquer piada sobre ela me excitar enquanto Emery está no meu colo, Jo me abraça novamente e eu acarencio seus cabelos loiros.



- Está tudo bem agora! Eu estou em casa!


Eu digo no ouvido de Jo, que balança a cabeça para cima e para baixo, mas não tira seu rosto do meu pescoço.
Eu sinto o cheiro da minha Rainha e da minha Princesa, e antes que consiga controlar, lágrimas de felicidade escorrem por minha face.


- Eu senti muitas saldades Papai!


Emery diz, ao mesmo tempo em que solta o meu pescoço e me permite ver seu rosto cheio de sardas mas que agora está manchado por lágrimas.
Eu levo minha mão até o rosto de Emery, e enchugo suas lágrimas ao mesmo tempo em que enchugo as minhas.



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