capítulo 08

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Já se completaram alguns meses desde que o Michael me pediu em namoro, no primeiro mês tudo estava ótimo, tipo filme de romance, aqueles de colegiais. Lembro me que certa vez decidimos ver um filme. Era lançamento de um filme de terror, sempre preferi o gênero terror, nunca fui muito de "curtir " essas coisas românticas. Esperei muito tempo até que ele estivesse pronto. Não era novidade ele sair disfarçado. Ao chegar no cinema compramos as entradas e a pipoca, ficamos no local mais distante de todos. Sabem como é né! Casal novo sempre gosta de "dar uns amassos"... Quando já estava na hora de para casa  fomos reconhecidos, rapidamente  seguranças surgiram "do nada", não sei onde eles estavam e também de onde surgiram. Michael segurou minha mão e correu para a saída de emergência. Eu fiquei tomada pelo ódio e soltei da mão dele.

Karol: Eu não vou mais sair pelos fundos ou pelas saídas de emergência.-dizendo isto, dei as costas para ele e voltei até a porta principal.

Michael: Não ... Karol eles vão matar você...

A medida em que me afastava suas súplicas ficavam difíceis de ouvir. Eu sabia que os fãs estavam ali por ele, e obviamente não por mim. Então a passagem seria tranquila. E assim foi, continuei caminhando pela rua principal até que o carro dele estacionou ao meu lado, a porta se abriu e eu entrei no veículo. Nem tive tempo de colocar o cinto de segurança pois o Michael me abraçou forte.

Michael: eles poderiam ter devorado você viva - falou entre os soluços.

Karol: Não exagere, eles não são canibais.- falo rindo.

Michael: Foi apenas uma expressão.

Depois daquele dia as coisas só se complicaram, passei a ver ele apenas duas vezes ao mês. Ele havia iniciado uma turnê e as vezes que nos encontramos foram as que eu fui até ele. Isso sem mencionar os programas e entrevistas. O que nos leva ao estado atual, não tenho notícias dele faz um bom tempo. Minha rotina tem sido apenas a de monitorar o trabalho dos funcionários de neverland e também cuidar da agenda de horários, após isto retornar para a minha casa. Já está tarde então me levantei da cadeira e caminhei em direção a porta, no corredor se ouvia apenas o barulhos que eram provocados por meus calçados de salto alto. Estava escuro, os funcionários todos já estavam dormindo, com a exceção de alguns seguranças. No final do corredor se encontra uma pequena estante com algumas fotos. Ao passar por ela esbarro em algo, parecia ser pesado, aprecei-me a junta-lo do chão. Eu estava exausta e não queria voltar para o escritório apenas para guardar o que quer que fosse aquilo. Então subi as escadas em direção ao quarto  dele. Tomei um banho demorado e coloquei uma de suas camisas. Ao voltar para a cama olho para a tal coisa que deixei cair, era um álbum de recordações. Dentro dele estavam algumas cartas e fotos das crianças que visitavam Neverland. Em todas as fotos ele estava tão animado... deixei o álbum sobre o lado esquerdo da cama e adormeci. Quando me acordei  já era passado de meio dia. Respirei fundo e levantei da cama. Desci as escadas e fui para a área de lanche dos funcionários, lá estava Erick terminando seu almoço.

Erick : trabalhou até tarde não é mesmo senhorita Karol?

Karol: Ei... Não precisamos de tanta formalidade- dou um soco leve em seu ombro- somos amigos agora- sorrio.

Erick: Me desculpe, ainda não me acostumei. Enfim, sente-se e coma alguma coisa.

Karol: Eu quero um belo café bem forte- vou até a cafeteira- quem sabe assim eu consiga ficar acordada o dia inteiro- levo até a boca a caneca com o café amargo, o que me  leva a fazer careta.

Erick: Não precisa exagerar- Ele começa a rir.

Conversamos durante um bom tempo, ele contou todas as histórias engraçadas que aconteceram dentro do rancho. Enquanto conversávamos escutamos a campainha tocar, e alguns resmungos de conversa após abrirem a porta, logo ouvi:

Michael: Karol, cheguei-gritou de onde estava.

Karol: Michael?!- olho intrigada para o Erick- Meu Deus... Michael.

Sem pensar duas vezes vou correndo até a porta onde ele me esperava com um lindo sorriso nos lábios. Pulei em seu colo o que quase fez ambos caírem. Eu estava morrendo de saudades e não conseguia acreditar que ele realmente estava ali. Mas se aquilo era um sonho, então eu me recusaria a acordar. Ele acariciava o meu cabelo e beijava o meu ombro.

Michael: Eu também estava com saudades!

Subimos para o seu quarto, lá ele me contou como a turnê estava sendo cansativa para ele. Ele havia vindo passar uns dias para uma entrevista e também pelas visitas das crianças em Neverland. Ele entrou no banho e logo em seguida o Erick trouxe as malas dele. Eu queria ter tempo para falar com ele então decidi eu mesma desfazer as malas. Entre uma peça e outra se encontrava algumas coisas amarrotadas, mas isso não me incomodava, o que realmente me chocou foi encontrar uma de suas camisas com uma marca de batom, certamente não era meu. Mais ao fundo em meio a uma calça que havia sido embolada estava uma calcinha de seda. Meu chão caiu, eu me recusava a acreditar no que eu havia pensado.
"Talvez alguma fã assanhada tenha feito isso na camisa e quem sabe essa calcinha seja um dos presentes dos fãs". Termino tudo e escondo a calcinha e a camisa dentro da minha bolsa. Ele sai do banho e eu finjo não desconfiar de nada. Durante o dia fiquei presa no escritório trabalhando, quando um dos empregados abre a porta e deixa sobre a mesa uma pequena caixa com o meu nome. Após o funcionário se retirar da sala eu abri a mesma e encontrei um relógio que era do Michael e juntamente com isto uma fita de vídeo. Ele sempre usava este relógio quando estava comigo. Fiquei curiosa em relação a fita, então fui logo assisti-lá. No escritório havia uma pequena TV e foi la mesmo que eu assisti. No início havia uma frase " quem avisa amigo é ", em seguida vieram cenas dignas de um filme pornográfico. Era como se a câmera estivesse escondida, mas de todo modo era possível identificar o Michael, neste momento era impossível controlar as lágrimas. Ele estava tocando e beijando ela, ele gemia alto, tão alto que chamou a atenção dos funcionários que passaram por perto do escritório. Era ele, mas era impossível ver o rosto da mulher. Não demorou muito o Michael entrou na sala me perguntando o que era todo aquele barulho. Ao me ver chorando ele se aproximou da TV.

Michael: olha... Eu posso explicar.

Karol: explicar o que exatamente? Como realizar aquelas posições? Ou como você conseguiu mentir pra mim?

Michael: Você está nervosa..

Karol: como você espera que eu esteja? Eu não sou suficiente e acho que nunca fui não é mesmo ?- pego a bolsa e caminho até a porta.

Michael: Karol espera...- ele segura o meu braço.

Karol: Não toca em mim- grito- só nunca mais encoste seus dedos em mim- abro a bolsa e pego a camisa com a calcinha e jogo em seu rosto- tá aqui, fica com as lembranças dessa vagabunda.

Michael: Não faz isso, eu amo você.

Karol: vá pro inferno você e o seu amor.

Inconsolada saio de lá e vou até a porta, no caminho encontro o Erick que educadamente se oferece para me levar até a minha casa. O que eu vi era impossível de esquecer. Ele me deixa em frente ao condomínio onde eu moro e em seguida volta para a mansão. Ao entrar na minha casa vejo a Tuanne em frente ao computador.

Tuanne: olha quem resolveu aparecer.- ela se aproxima de mim- Ei, você está bem ?

Karol: Não...- volto a chorar e ela me abraça.

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