Ômega

capítulo 07

   
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Em espanto olho para ele na esperança de decifrar o que se passava em sua mente. Minhas bochechas ardiam muito, pois a vergonha era imensa. Olho para sua mão em meu seio e a vejo apertar duas vezes o mesmo, ouço sua voz imitar uma buzina ( Fon-Fon). Aquilo era broxante, olhei para ele com incredulidade e ambos caímos na gargalhada. O clima tenso se desfez tão rápido que não me importei que ele ainda estivesse com dia mão em meu seio. Rimos até as nossas barrigas começarem a doer.
     Ao recuperar meu fôlego olhar para sua roupa molhada, lembro-me que em menos de uma hora ele terá de receber alguns convidados em Neverland e que não poderia se atrasar. Me levanto rapidamente e acabo caindo novamente, desta vez entre suas pernas e literalmente de boca em seu membro. Michael não conseguia parar de rir, eu comecei a rir novamente mas o motivo era a vergonha.

Michael: calma querida... Não se apresse, faremos isto mais tarde.- fala brincando.

Karol: Para de ser bobo- falo envergonhada- me ajude a levantar.

    Apoiando sua mão sobre a pia do banheiro ele levanta, logo em seguida me estende a mão. Quando ambos já estão em pé ouvimos o som de alguém a bater na porta. Michael ligeiramente vai até a porta e abre uma pequena fresta e a partir daquele momento só consegui ouvir alguns cochichos. Enrolo meu corpo novamente na toalha e saio do banheiro. Sobre a cama estava um vestido lindo com algumas joias que pareciam ser caras. Me aproximo da cama e apanho as jóias, eram pequenas esmeraldas nos detalhes dos brincos e do colar. Eu estava deslumbrada com a beleza das joias que nem se quer notei que Michael se aproximava.

Michael: eu quero que você as use hoje. Quando vi essas peças no mostruário logo lembrei de você.

Karol: Mas, são muito caras... Não sei se devo aceitar.

Michael: deixa de luxo e aceite.

Karol: está bem - sorrio- obrigada.

Michael: isso é o mínimo que eu posso fazer para te ver feliz. - ele beija minha testa enquanto tira sua camisa.

    Ele se afasta para trocar de roupa, assim que ele tira a camisa consigo enxergar melhor as pequenas manchinhas de sua doença (vitiligo). Ele percebe que estou a olha-lo e veste outra camisa rapidamente. Ele parecia preocupado e procurava esconder seu corpo com as roupas antes que eu tivesse tempo de voltar a olhar para elas (as manchas).  Após notar seu nervosismo desvio o olhar e tento conter a minha curiosidade. Eu queria muito perguntar o motivo pelo qual ele queria esconder isto, mas se eu perguntar, talvez eu não iria adquirir uma resposta, mas sim algumas desculpas esfarrapadas e sem sentido.

Michael: Eu preciso sempre estar bonito.

Dizendo isto  ele  se aproxima de uma cômoda e abre uma das gavetas, de onde estou e olhando de relance, consigo notar a grande quantidade de maquiagem e pincéis. Ele apanha um pincel, uma base e corretivo, em seguida aplica isto sobre seu peito, onde haviam algumas "manchinhas". Aquilo me incomodava, eu não achava necessário esconder quem ele realmente é, mas acredito que ele tem os seus motivos para tanto. Enquanto ele terminava de se aprontar, eu colocava cuidadosamente o vestido e os adornos que ele havia me dado.

Karol: Foi por este motivo que ontem você escureceu todo o quarto? Para que eu não notasse os sinais do vitiligo?

Michael: Procure entender...- fala ainda de costas para mim- é difícil para mim e...

Karol: eu entendo... desculpe, foi mais forte do que eu.

Neste momento ele largou as maquiagens sobre a cômoda, virou -se de frente para mim e se encostou  na mesma. Ele parecia estar perdido em pensamentos, deve ter lembrado de algo, talvez este seja um assunto doloroso para ele. Me aproximo dele e coloco minhas mãos em sua cintura.

Karol: Eu estava pensando... Você gostaria de me maquiar?

Michael: sério?

Karol: sim- sorrio gentilmente.

Ele abre novamente sua gaveta de maquiagem e eu me sento na cama, ele parece estar tão concentrado e feliz ao mesmo tempo. Mas eu ainda não conseguia afastar aqueles pensamentos. Demorou um pouco para ele terminar o serviço, mas quando me olhei no espelho consegui notar que nem mesmo eu poderia ter feito um trabalho melhor do que o dele. Não vou ser modesta, eu realmente estava linda.  Ele me abraçou por trás enquanto eu me admirava no espelho, ouvi ele dizer "vou esperar por você lá embaixo". Assim que ele sai eu dou "um jeito" no meu cabelo e em alguns minutos estou pronta. Ao descer as escadas vejo ele parado no final da mesma me esperando e sorrindo lindamente. Daquele momento em diante eu era reconhecida não somente como a assistente pessoal dele, mas também como a namorada. Não demorou muito para os paparazzi chegarem na porta da mansão e começarem com todos aquelas luzes e falas misturadas. Michael apenas sorria e acenava para eles, em seguida os seguranças os afastaram. No decorrer do dia tudo saiu como o planejado, nos juntamos as crianças e tudo mais. No final da tarde eu realmente estava exausta e os sapatos estavam me matando. Entrei na mansão o mais rápido possível e relaxei. Ao passar pela sala noto uma silhueta parada em frente à grande janela, a luz do por do sol passava pela mesma e não foi difícil de notar alguém ali. Voltei calmamente até a sala e percebi que era o Michael.

Karol: Michael?! Está tudo bem?

Michael: Eu estava esperando por você.

Karol: isso até parece uma fala de fanfic- começo a gargalhar.

Michael: Eu li isso em algum lugar- ele ri.

Karol: Pois bem, estou aqui.- vejo ele de ajoelhar diante de mim e eu fico completamente envergonhada.

Michael: Vamos recomeçar isso. SR. Karol, quer namorar comigo?- ele pega um pequeno estojo e o abre fazendo as alianças de compromisso brilharem.

Karol: ah meu Deus- cubro meus olhos com as minhas mãos e espio entre as frestas dos dedos- Lógico que sim.