— Hansol? Posso entrar? – perguntou receoso, vendo o dono da casa assentir confuso, enquanto lhe dava espaço para entrar. Deixou os sapatos no espaço reservados para esse ao lado da porta, seguindo apenas de meias até a sala, o Chwe estava sentado no sofá esperando-o.
— O que houve? Você não vem aqui sem avisar exceto se algo de ruim acontecer.
— Fui eu. – murmurou baixo, sentando-se a alguns centímetros de distância do mais novo – Fui eu quem deixou as máscaras na casa do Chan.
— Espera. As máscaras estavam na casa dele? O quê..? – a feição confusa deste seria quase cômica, se não fosse pela situação, com certeza estaria rindo da fofura alheia.
— Eu deixei as máscaras na casa dele pra que parecesse suspeito, pra que o Chan fosse indiciado e colocado como principal suspeito. – desviou o olhar para as mãos, mexendo no anel em seu anelar esquerdo, em seguida na pulseira que usava.
— Isso quer dizer... – ofegou surpreso ao raciocinar até o fim, mas se negava a proferir aquilo em voz alta.
— Quer dizer que eu quem fiz aquilo com o Jihoon. – fungou baixo, as lágrimas vindo aos montes antes que conseguisse contê-las – Mas eu não fiz por mal! Não era pra ser o Jihoon! Mas ele me convenceu de que eu tinha que fazer aquilo, me disse o que eu sempre quis ouvir! Disse que o Chan não merecia a vida boa que levava às custas da boa administração do irmão!
— Ele quem?! – Hansol estava quase desesperado com a informação, segurou os ombros do amigo e apertou-lhe firme naquela região, em uma tentativa de passar um mínimo apoio. O conhecia o suficiente para ter certeza de que ele não faria aquilo com alguém, ou pensava dessa forma.
No dia seguinte, o despertador de Seungcheol tocou no horário errado, fazendo-o acordar uma hora antes do usual. Usou esse tempo que sobrou antes do horário de seu expediente para caminhar, desviando algumas vezes do rumo da delegacia para gastar a hora ainda mais. Começou a pensar no caso que estava investigando, a mente automaticamente formando linhas sobre o possível ocorrido.
Estava tão concentrado, que quase não percebeu a pessoa que alguém caminhava a alguns metros de si, mas em determinado momento teve a sensação de estar sendo observado, e o viu, escondido atrás de uma barraquinha de lanches. O mesmo casaco cinza com capuz erguido, uma máscara escondendo parte do rosto, era a mesma pessoa que foi até seu apartamento deixar a rosa. A vontade do Choi era de correr até ele, mas não conseguiria alcançá-lo estando tão longe e não podia atirar em um civil sem um bom motivo, optou por continuar andando e tendo-o em seu encalço.
Caminhou até a curva de uma rua sem saída, escondendo-se atrás de algumas caixas e latas de lixo do lugar e esperando que quem o seguia entrasse ali. Demorou aproximadamente dois minutos até que acontecesse, mas ele parou logo na entrada da rua e ficou parado ali, Seungcheol se afastou de onde estava abaixado e olhou diretamente para o rosto coberto do desconhecido.
— Quem é você?
Sem responder, ele ergueu uma rosa vermelha, soltando no chão e correndo dali rapidamente. O Choi correu logo em seguida, mas não pôde alcançá-lo e sequer viu para onde o desconhecido fora em meio a tantos carros e pessoas. Voltou bufando para o lugar e inclinou-se para pegar a rosa, enrolando-a cuidadosamente no casaco para não tocar numa possível prova.
— Você tem certeza que quer terminar hoje sozinho? Eu posso deixar isso com o pessoal do laboratório e ficar pra te ajudar, Cheol hyung. – Yoonho disse segurando o saco plástico vedado onde a rosa se encontrava atualmente, mas o Choi parecia irredutível quanto sua decisão.
— Quanto antes terminar, antes você volta. Pode levar isso, aproveite e chame o senhor Seo Myungho, é o horário dele depôr. – murmurou irritado, arrumando os papéis em sua mesa.
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Máscaras
Fanfiction12 homens mascarados em uma foto. 11 eram suspeitos de assassinato. 1 era apenas mais um corpo no necrotério. Choi Seungcheol tinha a missão de descobrir o assassino. #996 - seventeen 26.02.2022 #125 - jeongcheol 02.03.2022 #925 - seventeen 19.03.20...