— Então o senhor planejava matar Lee Chan? – ergueu as sobrancelhas, vendo o Boo assentir rapidamente, sem relutância alguma.
— Sim. Eu enchi a rosa dele de acônito. Era breve, prático, não deixaria muitas pistas... Mas o talo era muito pequeno, então a concentração do veneno diluído foi grande, demoraria cerca de duas horas pra que ele finalmente morresse. Eu só não contava com o fato de que quem ia acabar perfurando a mão com os espinhos seria o Jihoon.
— Espere. O senhor viu o momento em que o senhor Lee teve contato com o veneno?
— Tive. Eu quem limpei e arrumei ele na cama. A rosa que ele segurava era a minha.
*
Seungkwan estava com Junhui quando viu Lee Chan sair a passos pesados e rápidos do corredor onde ficavam os quartos da casa, ele parecia irritado, a conversa com Jihoon não havia sido boa. O detalhe crucial que o Boo não percebera naquele momento era que a rosa não estava ali, no bolso do paletó do jovem Lee.
— Junhui-ssi, eu vou ao banheiro, já volto. – disse saindo de perto do Wen e caminhando na direção do corredor que daria nos quartos, a primeira porta a direita era o quarto de Jihoon, e foi neste em que entrou.
— Ji hyung? – murmurou, batendo na porta duas vezes antes de entrar.
A visão que teve foi desesperadora: além da rosa no terno de Jihoon, a rosa de Lee Chan estava fortemente segurada em sua mão, um aperto intenso o suficiente para que sua mão estivesse sendo perfurada por cada um dos espinhos e seu sangue se misturava com a seiva da planta. Não, não era seiva, Seungkwan lembrou-se num estalo, era veneno em uma concentração altíssima. Se aproximou rapidamente de Jihoon, segurando-o pelos ombros e olhando em seus olhos vermelhos e inchados pelo choro.
— Jihoon, por favor, largue a rosa. – sussurrou, as lágrimas descendo por sua própria face – E me conte o que houve.
— O Chan, ele... Ele me odeia, Kwan. – sussurrou, desviando o olhar lentamente do Boo para a rosa em sua mão.
Ele fez careta ao afastar cada um dos dedos, um dos espinhos perfurara fundo seu dedo médio, outros haviam entrado na palma de sua mão. Seungkwan tirou o lenço do bolso de seu terno e enrolou a rosa ensanguentada neste, deixando sobre a cômoda do quarto e voltando a ajudar o Lee. Ele ajudou Jihoon a se levantar e caminhou com este até o banheiro da suíte, ajudando a lavar o ferimento deste e passando lenços de papel depois para secar, o Boo torcia que aquilo fosse o suficiente para que o veneno não tivesse entrado na corrente sanguínea do amigo.
— Kwan, eu não me sinto bem... – Jihoon murmurou, apoiando-se na borda da pia por um momento, a respiração se tornando rápida.
— O que... O que está sentindo?
— Acho que vou vomitar... Minha cabeça dói... – murmurou grogue antes de se virar para o vaso sanitário e pôr tudo o que ainda lhe restava no estômago para fora.
Seungkwan sentiu um bolo se formar em sua garganta, aquilo não podia estar acontecendo, não podia! Ele respirou fundo, a adrenalina correndo solta por suas veias enquanto sua mente trabalhava a mil. Não podia chamar uma ambulância, era muito arriscado e descobririam fácil o que havia acontecido, o que ele havia tentado fazer, deixou que uma esperança tola tomasse conta de si, dizendo para si mesmo que Jihoon só precisava dormir um pouco. Sendo assim, ajudou o outro a lavar a boca, sustentando-o pelo braço para que fosse até a cama e ficasse ali.
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Máscaras
Fanfiction12 homens mascarados em uma foto. 11 eram suspeitos de assassinato. 1 era apenas mais um corpo no necrotério. Choi Seungcheol tinha a missão de descobrir o assassino. #996 - seventeen 26.02.2022 #125 - jeongcheol 02.03.2022 #925 - seventeen 19.03.20...