Fim

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Os jornalistas estavam amontoados em frente ao prédio do tribunal, onde aconteceria o julgamento de Boo Seungkwan, pela tentativa de assassinato de Lee Chan e pelo assassinato de Lee Jihoon e de Hansol Vernon Chwe. Seungcheol saiu do carro, estacionado a duas ruas dali, e caminhou até a fachada cinza do lugar, ignorando o barulho das câmeras sendo acionadas parra registrar o se momento em que entrou e fazendo várias perguntas sobre o caso, nenhuma delas seria respondida agora. Yoonho caminhava logo atrás de si, seguindo-o para entrar no prédio e caminhando consigo até a sala onde o julgamento ocorreria. Lá dentro estavam Lee Seokmin e Lee Chan, sentados nas cadeiras da acusação, também Minghao e Junhui, sentados nas cadeiras logo atrás dos Lee e curiosamente distantes, Soonyoung estava sentado ao lado do Xu, segurando firmemente a mão deste.

O investigador não pode deixar de notar que tanto Jeonghan quanto Jisoo não estavam ali, talvez fosse demais para o tão sensível Hong, pensou. Alguns minutos depois, Kim Mingyu chegou, sentando-se a uma boa distância do casal de chineses, assim como o doutor Jeon, que ficou perigosamente próximo de onde o Choi estava. Logo o juíz chegou, dando início a tudo.

— Estamos aqui para o julgamento de Boo Seungkwan, acusado da morte de Lee Jihoon. Cedo a palavra para a acusação.

— Eu gostaria de chamar para testemunhar o senhor Boo Seungkwan, meritíssimo. – Seokmin disse, caminhando até em frente ao citado, olhando nos olhos do Boo como quem procurava um motivo.

— Senhor Boo.

Seungkwan levantou-se, seguindo até a cadeira de testemunha, o rosto indiferente, como se sequer estivesse presente. Ele respirou fundo, logo desviando o olhar ao do Lee, as mãos cruzadas no colo, apertando os dedos fortemente em uma tentativa de manter-se calmo.

— Senhor Boo, poderia me dizer exatamente o que aconteceu na noite de aniversário do senhor Lee Jihoon?

— Eu injetei veneno de acônito na rosa do Chan, o objetivo era que ele acabasse morrendo, mas a rosa acabou indo parar nas mãos do Jihoon e ele morreu. Eu vi na hora, ajudei ele quando vomitou e esperei ele terminar de convulsionar. Então ele morreu. – sussurrou a última frase, deixando o olhar vacilar por um momento.

— E por que o senhor fez isso?

— Porque eu queria que ele morresse. Porque ele fez mal pro Jihoon. Porque ele merecia.

Chan desviou o olhar para o chão ao ouvir aquilo, como podia alguém sentir tanto remorso? Ele se arrependia, sim, de se afastar do próprio irmão por algo que não deveria significar mais nada, mas querer sua morte? Seungkwan fora longe demais, era o que pensava.

— E como o senhor se considera? Inocente?

— Não. – deu um riso sem humor, olhando com um sorriso amargo para Seokmin – Eu sou culpado.

— Isso é tudo, meritíssimo.

Seungkwan levantou-se, seguindo de volta para o seu lugar e sentando-se silenciosamente, até mesmo as outras pessoas presentes pareciam sem palavras depois daquilo, como se aquela confissão fosse absurda ao ponto de não haverem palavras que pudessem ser ditas. O julgamento ainda durou uma hora e meia, com os testemunhos de todos os que estavam presentes ali e estiveram na festa, relatando tudo o que aconteceu antes, durante e depois desta. Depois de todos os testemunhos e algumas palavras com o júri, o juiz levantou-se para dar a sentença.

— Pelo tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe, quanto ao senhor Lee Chan, pelo homicídio culposo, quanto ao senhor Lee Jihoon, e pelo homicídio doloso quanto ao senhor Choi Hansol, declaro o senhor Boo Seungkwan culpado e o sentencio a pena de prisão perpétua. Declaro o julgamento encerrado. – terminou, batendo o martelo e dando um olhar de pena ao Boo.

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