Amassos no carro

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Começo a observar o Victor dirigir, ele é lindo demais. As suas mãos estavam sobre o volante, mas eu só conseguia imaginar elas batendo na minha bunda.
- Tá pensando em que? - ele pergunta ainda olhando pra frente, mas tenho quase certeza que sabia que eu estava o observando.
- Melhor você não saber - digo me virando para a janela.
- Eu adoraria saber se é o mesmo que eu - ele me encara nesse momento, consigo sentir meu corpo esquentando a cada vez mais, a vontade de tê-lo só aumentava.

Fico calada, pensando se eu deveria pular nele agora e beijar aquela boca gostosa. Acabo amarelando, não é uma boa ideia, não posso misturar as coisas. Estamos chegando em casa, já estávamos dentro do condomínio. Quando avistei a casa não resisti.
- Para o carro, agora. - ele olha fixamente pra mim e obedece.
Imediatamente começamos a nos beijar, as mãos correm pelos corpos. Estava louca pra sentir seu gosto, e lá estava eu, o beijando loucamente. Entre as mãos bobas o desejo vai aumentando. Subo em seu colo e posso sentir sua ereção em minha intimidade, ele segura minha bunda com as duas mãos e a aperta para mais perto do seu corpo. Estava a ponto de tirar minha camisa, quando escuto meu celular tocando no banco do carona, eu não atenderia de não tivesse visto o nome da minha mãe na chamada.
- Espera- falo pegando o celular e saindo de cima dele- deve ser algo muito importante pra ela me ligar a essa hora, desculpa.
- Tudo bem, entendo completamente- ele fala com um sorriso de canto enquanto se arruma no banco, atendo o celular.
- Oi mãe, aconteceu algo???- falo demonstrando minha preocupação.
- Oi Isa, é o Pedro.
- Oi meu amor, aconteceu alguma coisa, cadê a mamãe?
- Ela tá dormindo, peguei o celular escondido porque tô com muita saudade de você - ele fala com a voz meio falhada como se estivesse a ponto de chorar, partiu meu coração.
- Ô meu neném, também tô com muita saudade, não se preocupa que logo logo vou ver você, eu prometo! Que tal conversarmos amanhã, a gente devia dormir agora. - olho pro Victor e ele ri.
- Tá bom, me liga amanhã, tá?
- Vou ligar, boa noite. Amo você. - desligo o celular.
- Ele só estava com muita saudade, meu coração tá doendo agora - digo pro Victor.
- Imagino, é muito difícil no começo, ainda mais pra ele que é pequeno.
- Tem razão - olho para o relógio e faltam quinze minutos pras quatro - meu Deus! Tá muito tarde.
- Verdade, melhor a gente entrar, né? - ele fala enquanto liga o carro - amanhã a gente tem que acordar bem cedo.

Fomos pra casa, ele colocou o carro na garagem e subimos as escadas, ele me leva até a porta do meu quarto.
- Então... Boa noite - digo olhando em seus olhos.
- Boa noite - ele fala se aproximando, estávamos a ponto de nos beijar quando ouvimos o barulho da porta da Babi se abrindo, nos afastamos imediatamente.
- Oi - ela fala com uma expressão de curiosidade enquanto aparece na porta.
- Oi, Babi. A gente saiu pra comer - respondo rapidamente e o Victor confirma com a cabeça.
- Ah sim, eu sei bem como é a fome da madrugada. Devia tá bem gostoso, né Coringa?- ela fala com um tom malicioso e sorri.
- Você é tão engraçada - diz o Coringa ironicamente - Então, boa noite Isa. Amanhã a gente se fala - diz olhando fixamente pra mim e logo após sai em direção a seu quarto. Quando passa pela Babi ele bagunça o cabelo dela. Quando ele some no corredor ela vem em minha direção.
- E aí? Como foi?? - ela pergunta bem empolgada.
- Nada demais, a gente só comeu mesmo.
- Tá na cara que não foi só isso, mas eu entendo você não confiar em mim ainda - ela fala gentilmente.
- Você tá certa, eu tenho mesmo dificuldade em me abrir pras pessoas. Mas sei se isso vai mudar - digo e dou um sorriso de canto.
- Entendo totalmente, agora é melhor a gente ir dormir. Boa noite. - ela entra em seu quarto e eu no meu.
Me jogo na minha cama. Estou exausta, mas foi uma noite maravilhosa. Não consigo parar de pensar em tudo que aconteceu no carro, e solto sorrisos bobos ao lembrar. Vou para o banheiro, tomo um banho e me deito. Amanhã é o lançamento do vídeo da minha chegada na casa, estou tão ansiosa, mas isso não vai me impedir de dormir. Estou com muito sono.

Não era pra ser Onde histórias criam vida. Descubra agora