Algumas coisas não mudam

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Me esquivo atrás da porta, para abrir e ver quem é. Me deparo com o Coringa, com um sorriso envergonhado.
- Oi, desculpa incomodar, venho em outro momento- ele fala ao perceber que estou apenas de toalha.
- Mas queria falar algo?- pergunto o fazendo voltar.
- Na verdade sim, hoje vamos a uma festa, queria saber se quer ir com a gente.
- Quem tanto vai?
- Eu, Crusher, Mob, não sei se a Babi vai querer ir.
- Se ela for eu vou. - ele sorri de canto.
- Então vou ter que obrigar ela a ir. Vai se arrumando aí.
- Ok- digo fechando a porta.

Vou me arrumar para a tal festa, coloco uma blusa de onçinha transparente, uma saia jeans, um tênis, make bem básica e um tênis branco. (Capa do capítulo). Quando estou terminado, escuto batidas na porta. Abro e é o Coringa, ele me olha de cima a baixo.
- Você tá linda demais, na verdade sempre foi.- esses elogios me fizeram corar.
- Muito obrigada, você está lindo também- digo ao analisa-lo, e logo sinto seu perfume, que é perfeito- além de estar muito cheiroso.
- Muito obrigada- dessa vez ele cora- Vamos?
- Claro, vou apenas pegar minha bolsa - enquanto isso ele espera na porta, logo em seguida nós vamos em direção a escada.
Lá em baixo estão Mob e Crusher esperando sentados.
- Cadê a Babi? - pergunta o Coringa.
- Ainda não desceu- disse o Mob.
- Aqui estou eu! - ela fala descendo as escadas logo atrás de nós.

Então fomos rumo a tal festa, durante o trajeto conversamos bastante, inclusive sobre meu anúncio na Loud, que seria realizado depois de amanhã, logo após algumas gravações.
Chegamos na festa e fomos direto ao open bar, onde eu fui a primeira a pegar um drink.
- Então você é das minhas? - Crusher disse sorrindo enquanto pega um drink logo após.
- É claro! - afirmo propondo um brinde a ele que retribuem imediatamente.
No início estava um pouco travada, e meio envergonhada para dançar. Nós estávamos em uma parte mais reservada do local. Tocou um funk e eu não resisti, comecei a rebolar, já estava meio alterada mesmo.
Eu gostava muito de dançar, sabia essa música do começo ao fim, enquanto eu dançava percebi alguns olhares, inclusive o do Coringa. Eu estava gostando muito de tê-lo olhando pra mim.
Em meio a loucura acabo me lembrando do que aconteceu entre a gente quando éramos mais novos, e acabei tentada a repetir o que eu já havia feito antes.
Ainda olhando pra ele, porém disfarçadamente, saiu em direção ao banheiro.
Quando estou próxima a entrada, sinto uma mão em meu pulso. Já sabia de quem eram aquelas mãos quentes. Me virei e lá estava ele, com aquele olhar penetrante de sempre, só que dessa vez mais maduro e malicioso.
- Você sempre soube como me provocar, e dessa vez fez como da primeira - ele fala se aproximando, me fazendo encostar na parede próxima ao banheiro.
- Quer dar continuação a essa lembrança?- eu falo puxando ele pela camisa, colando nossos corpos, quando estava sentindo sua respiração e olhando pra sua boca pronta pra sentir aquele gosto doce, ele se afasta.
- Você não está sóbria, não posso fazer isso de novo - ele fala se afastando e virando pra ir embora.
-Espera! Mas porque não? - seguro sua mão para que ele não fosse.
- Acho que está meio bêbada pra lembrar o que houve após isso.
- Claro que eu lembro, a gente teve nossa primeira vez.
- Tô falando depois, a gente brigou e depois ficamos meio estranhos.-olho pra ele meio confusa, acho que realmente estou bêbada pra não lembrar dessas coisas.
- Tudo bem, amanhã conversamos sobre isso. - ele fala - agora vamos voltar pra galera - ele fala me guiando até onde todos estavam,  com certeza eu não teria conseguido voltar sozinha.

Não era pra ser Onde histórias criam vida. Descubra agora