5. Quarto Capítulo

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Acordei exaltada na cama.

Aquele pesadelo, outra vez.

Mas será que só passa de um pesadelo, ou aconteceu mesmo.

Aconteceu, não passou só de um pesadelo.

Aquela semana horrível, aconteceu mesmo.

E isso quer dizer que estou mesmo no hospital.

Penso que sim. Consigo ouvir num tom abafado o bip das máquinas a que me ligaram.

Fui submetida a uma cirurgia e desde esse dia que estava em coma, até hoje.

Olhei em volta, a iluminação era pouca o que me permitia ver nada mais nada menos, que sombras.

Ao lado da minha cama de hospital estava uma cadeira e uma figura masculina nela sentada. Consegui identificar o seu sexo graças ao intenso cheiro a perfume de homem.

Olhei para o lado e vi nada mais nada menos, que ele.

A figura que assombra todos os meus sonhos e pensamentos.

Ele levantou-se e começou a vir na minha direção.

Exaltei-me e comecei a ter um ataque de pânico. Chamei pela infermeira, mas acho que ninguém me conseguia ouvir.

Tentei fugir, mas não havia escapatória alguma.

Fechei os olhos enquanto chorava e implorava que ele me poupasse a vida.

Ouvi a sua voz, soava-me familiar.

Foi então aí que percebi, a figura que me atormentava todas as noites era o meu próprio irmão.

Arregalei os olhos e foi aí que percebi, que o mal tinha sido plantado no lar onde eu nasci.

Gritei o seu nome, tentei chamá-lo à razão, mas nada o fazia perceber o erro que estava a cometer.

Parecia hipnotizado e do nada parou, viu-se um clarão e do nada acordei.

***

Fim de semana. Hoje é o último fim de semana antes das aulas começarem.

O tempo passou a correr e parece que ontem me estava a despedir da Anne que foi para a Áustria durante as férias de Verão. Eu não fui a lado nenhum, pelo menos este ano. Preferi ficar no conforto da minha casa e aproveitar as praias da famosa Califórnia.

Estou a falar com a Laurel ao telemóvel, contei-lhe do sonho que tive esta noite. Não sei se o devia ter feito pois a morena pareceu não levar muito a sério.

Parecia tudo tão real e ainda não sei como mas lembro-me perfeitamente da narração. Quando acordei fiz logo questão de a escrever num papel para não me esquecer. Será que tem algum significado escondido?

O mais estranho é que eu estava no hospital e porque razão estaria lá Dylan? E ele queria matar-me? Ou foi tudo um pesadelo e eu estou a interpretar mal as coisas?

-Sei lá porque é que o Dylan entrava entrava no sonho. Já te disse estou tão confusa quanto tu Laurel. -Bufei ao telemóvel.

-Não achas estranho andares a sonhar com o teu irmão? Ainda por cima algo tão sombrio... Não digo que ele às vezes é um pouco estranho e esquisito contigo mas não ao ponto de te matar ou mandar alguém matar-te.

-Provavelmente tens razão, ele não era capaz disso. Acho eu...

-Não devo, eu tenho.

-Como queiras... E então o rapaz das nudes?

-O que tem ele?

-Quando é que me dizes quem é? Assim vais-me matar. Vou morrer de curiosidade!

-Não sejas tão dramática. -Gargalha. -Até parece que não sabes que eu vou acabar por te contar...



Riu-se e bufei dando assim fim à chamada, despedindo-me da minha melhor amiga.

Verifiquei as horas no cimo do ecrã do telemóvel: 02 da manhã...
Tinha passado as últimas horas em chamada com Laurel e nem dei conta que já era tão tarde, mesmo estando no andar de cima conseguia ouvir Dylan jogar lá em baixo enquanto protestava alto.

Peguei nos meus fones e deslizei os dedos pelo telemóvel tentando encontrar a playlist mais adequada a esta madrugada. Estava cansada mas não demasiado cansada para ir dormir de imediato.

Olhei para o teto enquanto a minha mente viajava por cada palavra da música.
É incrível como parece haver uma música perfeita para cada fase da minha vida.
Senti um nó na garganta e fiz o maior esforço que pude para não chorar.

Na verdade ultimamente não tenho estado bem. Ultimamente sinto-me ainda menos em controlo das minhas emoções. E elas parecem mudar com mais facilidade que o habitual. Estar na presença de Dylan também parece não ajudar, juntamente com o stress de tudo o resto não tem sido tarefa fácil lidar com as emoções.

Ouvi passos no corredor e fiquei bem quieta fingindo estar a dormir. A minha porta transmitiu movimento e a pessoa que a tinha aberto permaneceu quieta junto à mesma. Sussurava algumas palavras que não se ouviam nem percebiam. Esteve ali durante mais uns dois minutos e meio ou talvez menos e acabou por ir embora.

OLÁ!!

ANDAM A GOSTAR?

HUGS & KISSES

• 5SOSLUKEHGIRL •

Re-editing kkkk just having fun and relaxing porque realmente não tenho nada para fazer e sinto que está história tem potencial :)

The Monster // Dylan O'brienOnde histórias criam vida. Descubra agora