vingança

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Ruan

Depois que ela desmaiou eu tive que a pegar no colo e carregar até o carro, os caras já estavam me esperando lá, então quando cheguei apenas coloquei ela no porta malas e partimos para o morro

Colocamos ela em uma sala no Caixa forte e trancamos. Depois cada um foi pra sua casa porque no dia seguinte seria um dia cheio.

...

Acordo com a ligação do chefe dizendo que já estava com o cara que nos traiu e que estava esperando eu chegar para decidirmos o que iríamos fazer com ele.

A morte era certa, mas precisamos elaborar algo bem doloroso, além de claro mandar um recado para todos aqueles que acham que podem contra nós.

Subo de moto até o caixa forte e assim que chego vejo fp na recepção vendendo umas drogas para uns usuários do morro

— qual foi fp?

— e aí meu mano? – ele responde

— como tá a Paty? – resolvo chamá-la assim porque ainda não sei seu nome e nem tô afim de saber

— ainda não fui ver, mas pelo silêncio ainda está inconsciente

— e o cara? Quem é? – fp entende do que eu tô falando e logo responde

— tá na sala 2. Chefe tá com ele – diz apontando um corredor com várias salas

— suave

Sigo até a sala dois e quando entro vejo Jonas amarrado em uma cadeira com uma mordaça na boca

Abro um sorriso com aquela cena. Nunca fui muito com a cara desse maluco

— e aí chefe! Já decidiu o que quer que faça com ele? – chefe não gosta de matar as pessoas com as próprias mãos, então eu faço isso

E amo

— ele já disse tudo que eu precisava saber, agora faça ele sofrer bastante antes de mata-lo. E lembra que temos que mandar um presentinho para a delegacia de polícias que fez a operação – diz e sai

— bom. Parece que agora somos só eu e você – ele tenta falar algo mas a mordaça o impede

Da para ver o medo em seu olhar, confesso que me divirto com isso.

— que? Não tô te ouvindo – falo zoando com a cara dele e o mesmo se desespera tentando falar mas não consegue — por acaso você disse pra eu enfiar essa faca na sua perna? – faço uma pausa, mas não obtenho resposta — Então tá

Enfio a faca três vezes seguidas na sua coxa e o mesmo grita de dor, seus olhos lacrimejam e ele se desespera mais ainda

Abro a gaveta que tem em um dos armários da sala que tem uns brinquedinhos de tortura, pego um spray que ao invés de ter algum produto, tem ácido. Nós mesmos que colocamos.

Volto para a frente de Jonas e espirro todo ácido em cima do corte, fazendo o mesmo urrar de tanta dor

— meu amigo, essa eu senti por você – faço uma cara de nojo quando sangue começa a pingar no chão — a naoooo, sujou o tapete. Isso custou caro mano – digo decepcionado

— então... Você quer dizer algo, antes de morrer? Sabe, eu queria brincar mais com você, mas eu tô com pressa então vou agilizar as coisas aqui – digo isso e retiro a mordaça de sua boca

— VAI PRO INFERNOO!! – grita Jonas, bem na minha cara

Solto uma gargalhada psicopata

— não antes de você. – logo em seguido corto sua cabeça fora

É, Acho que vamos ter que comprar outro tapete

Saio da sala e passo radin pro Luca

— desce aqui e embala o presente – Luca já entende o recado e apenas responde

— Jae

Agora vou em direção a sala que a paty está. Entro e me deparo com ela ainda dormindo no sofá

A filha da puta consegue ser gata até dormindo, pena que é uma patricinha de merda

— acorda! – grito e a mesma acorda assutada

Ela fica uns segundos raciocinando o porque dela estar aqui ou pelo menos eu acho que é isso

— Que lugar é esse? Por que eu tô aqui?

Bingo!

— sem perguntas. – respondo ríspido

— como assim sem perguntas, você me trouxe aqui sem minha permissão! Tem como você me levar para casa??? – ela se levanta e fica parada bem na minha frente

Aproximo bem meu rosto do seu e digo um simples — não.

— não??? ME LEVA PRA CASA AGORA!! – grita como uma verdadeira filhinha de papai insuportável

— SENTA E CALA A PORRA DA BOCA! OU SERÁ QUE VOU TER QUE TE BATER PRA VOCÊ FICAR QUIETA?? – grito e a mesma recua assustada

Bom.

— por que tá fazendo isso comigo? – a mesma começa a chorar — eu nem te conheço, não fiz nada pra você – o choro intensifica 

— você não. Mas seu pai fez – digo sem demonstrar meu incomodo em vê-la chorando

— pode me dizer o que ele fez de tão grave pra estar aqui nesse lugar imundo! – diz rancorosa

Que garota mimada!!!

— olha aqui garota, acho bom você começar a rever as coisas que você fala! Ou você não quer mais voltar para casa? – pego no seu braço e a expressão da mesma muda

— idiota. – resmunga alto, para que eu possa escutar.

Corajosa, eu diria

— será que você tem noção de que eu posso matar você??

— se você quer me matar então por quê não fez ainda? – diz me desafiando

Pela primeira vez uma mulher teve coragem de me fazer tal afronta, ela é muito corajosa para uma patricinha filhinha de papai. Confesso que me balançou o jeito que ela me desafiou, mas não vai ser por isso que eu vou deixar barato

— eu só não te matei ainda porque preciso que seu pai esteja presente no momento que eu fizer isso. – a mesma não expressa nenhuma reação, apenas me olha como se tivesse tentando me decifrar

Seu olhar é diferente do de todas as mulheres que já tive. Não tem desejo nem malícia, pelo contrário, parece que precisa de proteção, mesmo que ela não demonstre isso.

— se você vai me matar, pode pelo menos me dizer o motivo? – pergunta quebrando o silêncio

A ideia de mata-la não havia passado pela minha cabeça nem por um segundo, só queria deixar ela com medo

— seu pai tentou invadir o morro e matou um de nossos homens – digo e a mesma nega

— meu pai nunca subiria em um morro para matar alguém, ele não é um assassino! – diz com certeza. Essa aí não conhece o pai que tem

— pelo visto você não conhece seu pai. Você sabe com o que ele trabalha?

— ele é ministro da justiça

— e você sabia que ele tem negócios milionários com os traficantes do rio de janeiro? – sua expressão de surpresa é nítida

— é mentira. Você tá mentindo! 

— você queria saber o motivo de estar aqui. Eu estou te dizendo.

— não quero mais saber de nada, eu quero ir pra casa agora! – ela levanta e anda rápido em direção a porta

Pego seu braço e a puxa em minha direção

Um centímetro de distância era o que ela estava de mim

— você não vai sair daqui entendeu? – falo calmo

Em outra situação com outra pessoa eu já teria gritado e batido. Mas com ela eu tive a necessidade de falar assim, não sei o que está acontecendo e não estou gostando.

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