baile pt.2

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Kiara

— eu tô com fome! – repito pela milésima vez enquanto Lucca continua me ignorando — EU TO COM FOMEEE

— calminha, calminha prin – diz entrando no quarto com o que parece ser uns pacotes de câncer, mas conhecidos como Chips — toma!

— eu não vou comer isso. – respondo

— então morra de fome! Sua chata – ele diz igual uma criança e eu dou risada

Que tipo de bandido/sequestrador é esse?

— até que enfim te achei! – ouço a voz de uma menina entrando. Muito bonita por sinal — quem é ela? – a menina pergunta ao Lucca

— não é da sua conta. O que tá fazendo aqui? – responde grosso

Penso se devo dizer que estou presa aqui ou se apenas fico quieta esperando a boa vontade deles me soltarem

— quem é você? – ela me pergunta ignorando totalmente o Lucca

— eu me chamo Kiara e você? – forço simpatia devido minha situação, para ela poder me ajudar eu preciso ser ao menos simpática

— eu sou Luana, mas a maioria aqui me chama de Lua

(Foto da Luana na multimídia)

— então... Por que não está no baile? Aquilo lá está lotadasso – lua fala animada

— ela não vai, então vai embora logo garota – diz Lucca grosso, como sempre.

— você não me manda! E não manda nela também. E você aí diz apontando pra mim — vai se arrumar gata, temos um baile pra ir

Fico feliz por saber que irei sair dessa casa e ver mais pessoas além de Ruan e Lucca.

...

Como eu não tinha nenhuma roupa adequada para vestir lua me emprestou uma e agora estamos a caminho do tal baile. Lucca está logo atrás com uma cara nada boa e de braços cruzados.

eu estava vestida mais ou menos assim:

eu estava vestida mais ou menos assim:

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E Luana assim:

Quando chegamos no baile alguns olhares se voltaram diretamente para nós

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Quando chegamos no baile alguns olhares se voltaram diretamente para nós. Como o do Ruan e seus amigos no que parece ser o camarote.

A expressão em seu rosto era de pura surpresa, mas ainda sim consegui sentir seu olhar percorrendo meu corpo de baixo a cima me deixando completamente sem jeito. Mesmo de longe.

— anda vamos! – diz lua me tirando do transe e me puxando para o camarote

— o que tá fazendo aqui? – pergunta baixo me puxando pelo braço. Vocês já sabem quem né?!

— vim comprar pão não tá vendo? Minha amiga Luana me trouxe e caso não tenha gostado avisa ela que eu estou em cárcere privado e que não é pra ela avisar a polícia tá bom? – mando um beijo no ar e saio em direção a Luana

— por favor não me deixa sozinha – falo assim que chego ao seu lado

— por que os garotos estão enchendo seu saco também? – ela ri — uma hora você acostuma. Mas fala ai por que estava na casa do Ruan com meu irmão?

— é... – meu Deus e agora? — é... É que... A é que eu estou apaixonada no Ruan e seu irmão estava me ajudando a conquistar ele

QUE? SERIO ISSO KIARA?

— então tá né, tem gosto pra tudo – rio de nervoso

— pois é. Então vamos dançar? – digo querendo mudar de assunto

— vamos!

— aqui não, vamos lá pra baixo – digo puxando ela. Não quero ficar perto deles me vigiando

Descemos e encontramos umas amigas de Luana

— oi bitch – diz uma loira que com certeza não é natural. Ela me olha de cima abaixo e não expressa nenhuma simpatia

— hi bitchhh – diz lua animada — essa aqui é Kiara, uma amiga minha

— oi... – digo simples

— oi. – responde e sai

Ignoro e apenas começo a dançar com Lua um funk com a letra bem pesada, confesso que achei engraçado mas era uma música bem sensual.

Nunca me imaginei em um baile de favela e olha onde eu estou, e pior ainda me divertindo com uma garota que mal conheço.

— você é uma delicinha em gata – ouço uma voz masculina no meu ouvido. Sinto nojo sem mesmo saber quem é, viro e vejo um garoto com esteriótipo de bandido. Antes de responder olho em volta e minha visão para exatamente em um marrento no camarote me olhando feio

Acabo de mudar de ideia em relação ao cara na minha frente

— a obrigada. – finjo interesse. Olho para o camarote novamente e Ruan ainda está me encarando com a mesma cara feia. Logo lanço uma piscadela e coloco minhas mãos no ombro do carinha — por que não saímos daqui em? – sugiro

— que danadinha você em – minha expressão é de unicamente um ponto de interrogação

que nojo!

Mas apenas o ignoro e ando até a saída. Essa era minha grande chance de fugir daqui.

Saímos e começamos a descer o morro, a rua estava escura e deserta. O tal cara não falava nada e já estava começando a me arrepender de ter saído de lá

— então... escuta! Eu fui sequestrada e preciso que você me tire daqui o mais rápido possível – falo rapidamente com medo de que alguém chegue pra me levar de volta

Ele não expressa nenhuma reação e acho que agora percebi minha burrice

— gata. Esquece isso, vamo pra aquele beco, quero te sentir melhor, se é que me entende – diz me beijando a força

— não!! Era pra você me ajudar. Por favor me tira daqui – digo desesperada

— cala a boca mimadinha do caralho – seu humor muda completamente me deixando assustada. Ele insiste em tentar me beijar, eu tento recuar mas ele me aperta forte

— PARA!!!!!! POR FAVOR PARA! – grito chorando e me debatendo

O cheiro de baseado em seu corpo me deixa enojada mais do que já estava, seus beijos me dão ânsia de vômito e eu só consigo chorar e gritar socorro, mas é em vão.

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