Os segundos depois

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*sugestão de música: Sign of the times - Harry Styles

O bebê Harry olhava a mãe no chão, sua mãozinha a chamava, sua voz emitia um leve "mamã" que saia quase como um sussurro. O que aconteceu?

O homem encapuzada já estava na frente do berço, apontado a varinha para Harry, que nem sequer entendia alguma coisa, um sorriso triunfante e frio preenchia seu rosto que outrora já fora bonito.

E pela última vez naquela noite, Voldemort lançou a maldição da morte e ali, naquele momento, escreveu sua própria derrota.

Uma grande explosão ocorreu, uma parte do quarto explodiu pelos ares, levando lembranças de noites tranquilas junto consigo. O berço ainda estava intacto, apesar dos pequenos escombros que caíram dentro dele, o corpo de Lily continuava estirado no chão.

Harry, que até agora estava quieto, começou a chorar, sua testa ardia e todo aquele barulho e luz foi demais. Ele era novo demais para compreender algo; novo demais para entender que sua mãe nunca mais se levantaria e sorriria para ele; ou que seu pai nunca mais o rodaria em seus braços; ou para saber que pela primeira vez, acabara de escapar do maior bruxo das trevas que já caminhara naquele mundo.

Perto dali um homem baixo, gordo e de cabelos loiro escuro se aproximava curioso da casa, e assim que percebeu o que ocorreu, entrou correndo no quarto só para pegar uma coisa que estava no chão — a varinha de voldemort.

Peter Pettigrew havia e entrado e saído da casa rápido o suficiente para que não esbarrasse em outra pessoa que se encaminhava para lá. 

Esse homem, ao contrário do outro, era alto e magro, feições sérias demais para alguém de vinte anos, vestindo longas vestes pretas, ele entrou no quarto e abraçou Lily, por alguns minutos ficou assim, chorando e se lamentando, sem sequer olhar para o bebê que berrava no berço.

Não muito longe dali, Sirius Black procurava Peter em sua casa, mas logo entendeu o que havia acontecido; a casa vazia, sem sinais de luta, Pettigrew sumido sem dar notícias... "Não... ele não fez isso".

Sirius saiu correndo para a casa dos Potter, onde agora um grande homem entrava, parecia ter uns dois ou três metros de altura, talvez até mais. Ele se aproximou devagar do berço e pegou Harry, comparado ao homem, o bebê que ao poucos parava de chorar, parecia uma pequena formiguinha. 

Já saindo do local, ele viu o jovem se aproximar correndo, o rapaz tinha cabelos pretos que batiam em seu ombro, Hagrid o reconheceu como Sirius Black.

— O QUE ACONTECEU? — Ele olhou Harry e em seguida desviou o olhar para a casa, prestando atenção no quarto explodido.

— Você-sabe-quem, Sirius... preciso levar o Harry para Dumbledore.

— Levar Harry? — os pontos começavam a se ligar em sua mente, seu coração parecia querer parar e a cada segundo ficava mais difícil segurar o peso do seu próprio corpo, nada daquilo parecia real.

— Ordens de Dumbledore — o meio gigante esperou um pouco e completou — pode me emprestar sua moto para levá-lo?

— Minha moto? — ele tentou se concentrar na pergunta, sua cabeça não parava de girar — Sim, sim, pode, pegue minha moto. Leve Harry, ele... — ele olhou seu afilhado mais uma vez, os olhinhos ainda vermelhos por causa do choro — ele vai ficar bem?

— Dumbledore sabe o que fazer, Sirius.

E depois de ver o jovem acenar com a cabeça e entrar na casa, Hagrid caminhou até a moto e subiu nela, levando a pequena criança que logo ficaria conhecida como "O menino que sobreviveu" para um lugar muito longe dali, já muito conhecido por nós: A rua dos Alfeneiros, n°4.








Esse é um capítulo "bônus", não mostra nenhuma morte mas é um pedaço muito importante da história.

Passei muita raiva escrevendo ele, e fico com mais raiva ainda pensando que logo depois, Sirius, levado pelo sentimento de raiva e vingança, tentaria matar Peter, que criaria uma cena ridícula em público e assim incriminaria Black por um crime que ele nunca cometeu.

O que estão achando? Espero que estejam gostando, até o próximo capítulo!

(estou postando pela ordem das mortes)

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