Meu Supremo Alfa

♡Capítulo 3♡

Alyssa On

Acordo e a primeira coisa que eu vejo é uma grande esfera branca e extremamente brilhante para os meus olhos que acabaram de sair de uma intensa escuridão. A lua.

Desvio o olhar para o meu relógio no criado-mudo. Três e pouco da madrugada. Por que eu nunca consigo dormir e acordar tarde nos meus dias livres?

Fecho os olhos para voltar a dormir, mas ao engolir minha própria saliva, ela desce raspando. Água. Preciso de água. Com muita relutância do meu corpo sedentário e preguiçoso, me sento na cama e coloco os pés no chão. Que frio!

Levanto contra a vontade do meu corpo e da minha alma. Estou deixando meu amor. Minha cama. Ah, minha doce e maravilhosa cama. Espero que nosso relacionamento dure uma eternidade.

Rio mentalmente pelo drama que estou fazendo e vou para a cozinha beber algo. Pego um copo de água e o bebo, logo indo comer um iogurte. Esse é do estilo mais durinho, então precisava de uma colher. Nossa, como eu amo iogurtes!

Estava encostada na geladeira, comendo meu doce quando olho para o sofá e o encontro.

Aaron.

Ele dorme tão tranquilamente, como um anjo. Sorrio com meu comentário. Na vida real, essa é a última coisa com a qual ele se parece. Mas mesmo assim, ele não deixa de ser lindo.
Assustadoramente lindo demais para um ser humano. É como se algo me atraísse como um imã. Como Ícaro em direção ao sol. Ele se queima no final da história e acho que não serei tão diferente.

Presto atenção em como ele está deitado. Esparramado no sofá, igualzinho a mim ao voltar da faculdade em dias de prova. Sua camisa social está com alguns botões abertos, mostrando o começo de um peitoral moreno e...

Não continue, Lyssa. Sua dignidade vale mais.

Continuando...

Ele ainda está com seus sapatos sociais e seu paletó jogado no chão. Ele está descoberto e sem travesseiro. Caramba, eu sou uma péssima anfitriã. Esqueci de cuidar das visitas. Deveria ter dormido no sofá e deixado ele na cama. Aaron parece ter trabalhado o dia inteiro. Droga, agora me sinto mal...

Vou para o meu quarto, pego meu cobertor, meu travesseiro e vou até ele.

- Desculpa, eu nem me toquei. - sussurro e o cubro com o cobertor. Quando fui cobrir o pé, vi os sapatos. Presto atenção em sua respiração e ele está dormindo. Certo. Ele não irá acordar, eu acho.

Devagarinho, vou tirando seus sapatos e os colocando delicadamente no chão. Vou até a sua cabeça, a levanto um pouco, a colocando sobre ele. Eu o vejo se ajeitar e eu não consigo segurar o sorriso e sinto meu coração disparar.

Coração traidor! Vá bombear meu sangue e deixe meus sentimentos em paz. Eu não sinto nada por ele. Não mesmo. Não faz nem um dia que o conheço.

Sem que eu perceba, estou acariciando seus fios de cabelo fora do lugar, que são incrivelmente macios. Bem mais que os meus. Caramba, porque eles são tão macios? Eu faço uma hidratação por semana e eles não ficam assim.

Okay... Vamos parar de mexer no cabelo dele.

Tiro minhas mãos da sua cabeça e me assusto ao ver seus olhos me encarando com um sorriso enorme em sua face. Não... QUE VERGONHA! EU ESTAVA ABUSANDO DELE ENQUANTO DORMIA E NEM REPAREI!

- Você está dormindo... Nada disso é real... - sussurro, me virando para sair, mas ele segura minha mão e eu estremeço. Seu toque ainda me causa arrepios.

Aaron: Não precisa sentir vergonha. Você pode fazer o que quiser comigo, meu amor.

Batum!