Tons de Marrom

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Caminho por aí, ainda que permaneça aqui.
Gelado vento, congeladas palavras,
parado momento, como aflição em garrafa.

Encho-me até que transbordo.
Corro e pulo, saltito correndo.
Tons de marrom, amarelo e vermelho.

Sou tão preenchida que vivo vazia.
Sou tao grandiosa que me torno pequena.
Eu sou eu mesma, coisa óbvia a se dizer.
Eu sou eu mesma, complicada de ser.

Borboletas pairam no ar
como se estivessem a anunciar
algo tão belo e incompreendido,
a morte de algo querido.

Deseja-se tanto que se perde no tempo,
este de fato mal interpretado.
Tons de marrom e rosa.
Sou como o tempo: imortal prosa.

AlmardenteOnde histórias criam vida. Descubra agora