6 - E... Ação!

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"Companheiros sem saída, as vezes pensamos que conhecemos bem o nosso companheiro de amor, mas você acaba descobrindo que não.
Em alguns casos algo dessa pessoa tem um passado obscuro, muitas das vezes ela não consegue se desligar dele.
A pessoa pode até ter deixado o passado para trás e nunca ter contado ao seu companheiro, mas ele vem, sempre vem à tona e muitas das vezes é o pior que acontece, muito das vezes por você ter escondido tal coisa, as pessoas não te perdoam.
E ultimamente o que mais tem sumido em nosso cotidiano é a palavra perdão.
Não esconda assuntos obscuros de seu companheiro, os conte, se abra a ele porque assim ele vai se sentir seguro em se abrir pra você também, aprenda a falar mais sobre isso, a perdoar e acima de tudo, aprenda a amar"



Caio POV





O contrato com a detetive Oliveira não deixou que eu dormisse direito essa madrugada, e por isso Brunna dormiu profundamente a noite toda.
Saber que Brunna estava provavelmente me traindo, me doía, mas doeria ainda mais se eu tiver a certeza de seu ato de infidelidade.
Apesar do nosso casamento ter sido planejado por nossos pais, eu aprendi a gostar dela, afinal, Brunna era uma latina linda e também gostosa, sim ela era.

Ultimamente eu parei para pensar se ela estava me traindo porque eu não era um bom marido, e isso fez que eu abrisse os olhos ao seu respeito. E foi quando descobri suas saídas noturnas.

Saídas que me fizeram contratar a detetive Oliveira.
- Oi querida. - Vi Brunna se aproximar e se sentar para tomar o café da manhã, selei seus lábios que a mesma retribuiu.

- Oi. - Ela se serviu de seu suco preferido e tomou um gole. - Não conseguiu dormir direito essa noite? Você se remexeu a noite toda.

- É, estou com milhões de coisas na cabeça e não consegui dormir por consequência disso.

- Você tem que parar de se preocupar com certas coisas, principalmente com coisas da empresa, você vai acabar pirando. - Tomou outro gole de seu suco e começou a comer seu pedaço de bolo, meus olhos não conseguiam desviar da latina.


Certas coisas? O que ela quis dizer com isso? Ela estava me traindo e eu é  que iria pirar?
Ela se rebaixava a um nível tão baixo assim, de dormir ao meu lado mesmo depois de ter tido uma transa com um cara qualquer?
Isso me consumiu por dentro.
Talvez eu não seja um bom marido, um bom amigo, e um bom amante.
Talvez para ela eu não seja nada, nada além de um cara que seus pais a obrigaram a se casar sem amor, sem carinho e sem amizade.
Mais que também, sem compromisso de fidelidade, porque até então aonde eu desconfiava, ela havia quebrado esse vínculo.

- Você vai hoje na boate com a Larissa? - perguntei e novamente tirei meus olhos dela e pus ao bolo em minha frente, voltando a come-lo.

- Sim! - Ela disse rápido. - Temos que resolver umas coisas lá hoje à noite. A inauguração do novo estilo da boate é amanhã. - Completou.


À noite? O que ela faria a noite na boate fechada pra reforma? talvez essa seja sua desculpa pra encontrar com seu amante. Tudo bem que a inauguração seria amanhã, mas o que ela poderia fazer a noite que não poderia ser resolvido durante o dia?
E não adiantaria perguntar pra Larissa sobre esse tal encontro das duas, porque provavelmente ela mentiria para encobrir a amiga, o que me deixa mais furioso ainda.

- Ótimo. - falei por fim e me levantei. - Tenho que trabalhar, tenha um bom dia. - Selei nossos lábios novamente e sai de lá em seguida.


Eu precisava contar a agente Oliveira o que ela estaria aprontando essa noite, suas desculpas para mim já não colavam mais, eram lacunas inexistentes em meio a uma história sem sentido que ela contava todos os dias ao ser perguntada sobre sua ausência pela madrugada.

Before The TruthOnde histórias criam vida. Descubra agora