12 - Sorria, você está sendo... Fotografada

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O calor de Miami estava pior essa semana, já não ventava mais como antes, o ar estava tão parado e lento que provavelmente uma lesma o ultrapassaria.

O suor de meu corpo escorria tão lentamente e delicado, ele o moldava de forma densa e pegajosa.
O sol havia se pronunciado depois que me escondi dele por meses, de alguma forma havia ficado bravo comigo, e agora estava me dando seu castigo.

Olhei para meu celular 5:00 PM marcava as horas, eu estava esperando, hora ou outra eu saia do carro e sentava na calçada, mas eu não poderia correr o risco de ser descoberta, então eu voltava para dentro do carro.

Ela estava demorando, de acordo com os horários que Caio havia me entregado, a latina sairia as 4 PM da mansão, mas até agora ela permanecia lá, provavelmente agora ela estava tomando um ganho relaxante e gelado pra conter seu corpo nesse calor, seu corpo lindo e esbelto.

Perfeito para uma simples mulher, mas Brunna não se adaptava a simplicidade, ela era mais que isso, Brunna Gonçalves era uma fada, Uma fada cubana.
Tao linda, tão perfeita, tão delicada e tão poderosa.
Eu não podia esconder de mim mesma o desejo de beija-la, toca-la, senti-la.

ESPERA...
O QUE EU TO PENSANDO?
MEU DEUS...
NÃO!.

Acordei de meus pensamentos impróprios da esposa de meu cliente, eu não posso me dar ao luxo de pensar em ficar com Brunna, ela era casada e fui paga para vigia-la, nada a mais que isso.
Tenho que conter meus pensamentos sujos pela latina.

Olhei novamente para o portão da mansão Castro e ele estava abrindo, ela estava saindo, reconheci sua Ferrari preta logo quando a vi.
Liguei meu carro e a segui, o transito estava propicio para aquele horário, e novamente a latina havia dirigido até a boate e entrado pela mesma porta de emergência que da outra vez que a segui. Sai de meu carro e dessa vez trouxe meu kit de abrir fechaduras.
Corri até as escadas de incêndio até chegar a porta no alto dela olhei ao redor para certificar que ninguém havia me visto.


Abri meu kit e peguei duas pinchas com as pontas curvadas, adentrei as pontas dentro da fechadura que em segundos ouvi um clique, girei a maçaneta e não pude conter meu sorriso ao perceber que eu havia conseguido.
Abri a porta e encostei a mesma, devagar e silenciosa, olhei ao redor e vi que havia parado perto de uma sala ao alto das escadas dos camarotes, provavelmente eu estava perto da sala das donas da boate.

Caminhei minuciosamente pelas escadas até ouvir vozes, incluindo a voz de Brunna, olhei para onde elas vinham.

Brunna, Larissa e Fernanda.

Elas estavam sozinhas, perto de uma mesa com alguns papeis sobre ela.
Tentei ver o que continha nos papeis mais Larissa sempre ficava na frente, impossibilitando minha visão.
Meu primeiro questionamento sobre a situação foi.


O que Fernanda fazia com Brunna? Elas eram amigas?
O que ela estava fazendo na boate junto com elas?.
Porque Brunna veio se encontrar na boate vazia com Fernanda e Larissa?
O que era tão importante que elas não podiam tratar em um lugar publico e cheio?
O que era tão sigiloso?
- Temos que fazer Brunna. - Ouvi a voz de Larissa ressurgir ao imenso Club.

- Ainda não esta na hora Larissa, não estamos preparados pra isso tudo, é muito grande. - Brunna suspirou, olhou novamente para os papeis e em seguida para Larissa. - Não podemos arriscar.

Não estavam preparados? Para o que elas não estavam?
Tateei minha câmera, desliguei o flash e a posicionei em direção as belas mulheres a baixo de mim, apertei o botão e ouvi o tão barulhento clique.
Merda, eu havia esquecido de coloca-la em modo silencioso.

Before The TruthOnde histórias criam vida. Descubra agora