11 - Sobrevivendo

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O mundo estava caindo, estava virando de cabeça para baixo, o que antes era normal hoje já não era mais assim.

Para Ludmilla, perder o pai foi um grande baque, a grande tristeza que ocorreu em sua vida, ela sabia que quando a morte chegasse, não poderia fazer nada contra isso, mas queria ter tido o poder de mudar, de ficar o tempo todo ao lado de seu pai, estar presente 24 horas por dia ao seu lado.

Ludmilla já não via mais motivos para continuar sua vida, trabalhando, para comer ou se quer levantar da cama, ela só fazia o necessário quando dava e mesmo depois de 2 meses após a morte de seu pai, Ludmilla ainda não tinha superado sua perda, para ela não seria suportada em tão pouco tempo, mas apesar de tudo, tinha que voltar ao trabalho e a vida que levava, porque ela não poderia mais mudar o que havia acontecido, ela havia perdido seu pai e nada mudaria isso, ele não voltaria para seus braços nunca mais.

Ludmilla levantou de sua cama, ainda com as dores de cabeça insuportáveis de tanto que chorou, cambaleou até o banheiro e se despiu, entrou no box e ligou o chuveiro, deixando que a agua morna passassem por seu corpo nu e frágil, seu corpo necessitava desse banho, e ela sabia disso então deixou que o banho durasse mais alguns minutos do que o normal, lavou seu cabelo que àquela altura não via agua a alguns dias, estava tão sujo e ensebado que parecia ter sido banhado com óleo puro.

Ludmilla sentia seu corpo relaxar depois do banho, os músculos que antes estavam doloridos, agora se acalmaram.

Caminhou até a cozinha e começou seu café da manhã, seu corpo suplicava por alimento, ela estava fraca isso fazia com que seus movimentos e sentidos ficassem lentos.

O barulho da porta se abrindo e batendo em seguida, chamou sua atenção olhou para a mesma e viu Patrícia parada, a olhando com seu melhor sorriso.

Patricia Caminhou até a morena e a abraçou, o abraço mais forte e caloroso que a linda negro poderia à proporcionar. Ludmilla se sentiu segura nos braços de sua melhor amiga, e podia jurar que se existisse mais alguma lágrima dentro de si, ela colocaria para fora sem excitar.

Patricia permaneceu quieta, não sabia o que falar ao ver o estado em que sua amiga se encontrava, Ludmilla agradeceu por isso, pois não estava pronta para conversar novamente e muito menos falar sobre o ocorrido a messes atrás. Era doloroso de mais, e falar sobre o tal seria pior.

Não se sabe ao certo quanto tempo aquele abraçou durou, mais ele reconfortou Ludmilla, isso era o que ela precisava, de apoio depois de sua tão terrível perda. Mas Ludmilla teria que seguir em frente, teria que deixar a dor de lado e seguir sua vida, sua carreira como a melhor detetive de Miami estava em risco se ela continuasse em seu estado de decadência.

Após Ludmilla tomar seu café da manhã, dirigiu até a delegacia, ela precisava voltar ao caso The White Knights, precisava ocupar sua mente para não entrar em colapso novamente e a levar para o fundo do poço.

Ludmilla precisava sobreviver.
Lembrou-se que precisava também voltar ao caso Castro, depois de tudo o que aconteceu, Ludmilla se afastou dele também, ela precisava seguir novamente Brunna, precisava saber o que de fato a latina escondia, mas será que mudaria alguma coisa além de apenas observar Brunna na boate com alguns amigos? Brunna demonstraria sua infidelidade? Ludmilla precisava saber da verdade.
E decidiu que naquela noite ela seguiria Brunna Gonçalves e descobriria a verdadeira história sobre suas saídas noturnas.


lembrou-se da vez em que seguiu Brunna após Caio a ligar numa manhã bem ensolarada.

Flashback On

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