14 - Galpão

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- Parado! Se não eu atiro.


Olhei o encapuzado de costas para mim, erguer suas mãos para o alto em sinal de rendição
A adrenalina em meu corpo estava em êxtase, olhei pelo canto de meu olho e avistei Patrícia caminhar em sua direção com uma algema, mas distrações fizeram sua atenção pular do cavalheiro para as maquinas velhas e enferrujadas funcionarem novamente.

Ouvi um grito ao longo do galpão chamando dessa vez a minha atenção, olhei para aonde o grito havia vindo mas não havia nada, voltei minha atenção para a minha frente mas o cavalheiro havia sumido, desaparecido completamente, olhei ao redor e comecei a procurar com Patrícia para aonde o cavalheiro tinha ido, mas erA em vão, ele havia desaparecido em segundos, ele não estava mais no galpão e a mínima chance que tínhamos de descobrir a verdade dos cavalheiros havia sumido com ele.

Suspirei e olhei Patrícia que assim como eu estava frustrada.

- Os perdemos Paty.

- Percebi. como que alguém some do nada assim? - Ela guardou sua arma no coldre e agora me encarava.

- Não tem explicação. - Guardei minha arma também e andei novamente pelo galpão a procura de alguma pista que o cavalheiro havia deixado para trás, provavelmente eles não voltariam mais naquele velho galpão.

O descuido de segundos nos fez estarmos novamente não sabendo nada dos cavalheiros.
As únicas pistas que tínhamos não serviam para investigar nenhum suspeito.

As sacolas de dinheiro totalizando 5 prováveis ladrões, o gás nitrogênio não levaram a lugar nenhum, investigamos todos que havia comprado algum nos últimos 6 meses, mas nenhum se encaixava no quesito ladrão e todos tinham provado para o que usaram.

O perfume invicta masculino que Patrícia havia descoberto também não deu em nada pois a quantidade de pessoas que compraram esse perfume era imensa e também um dos guardas do branco usava-o, esta pista foi descartada pelo delegada Daiane também usava esse tipo de perfume, mas até então ele não tinha descoberto nenhuma pista sem a gente.

Caminhei até a van azul marinho estacionada perto da porta e abri suas portas traseiras, lá estava as 5 sacolas de dinheiro usadas hoje, o interior com algumas notas espalhadas deixava a pista mais quente.

- Paty... liga pra Daiane, chama ela pra cá. - A olhei e vi a mesma afirmar e pegar seu celular dando alguns passos para longe de mim.

Peguei uma luva de látex descartável e a coloquei. Entrei na van e vi uma das armas usadas hoje, uma submetralhadora MT 40.

Eu conhecia bem aquele tipo de arma, militar de artilharia pesada, definitivamente? Era uma das minhas preferidas.
Os ladrões sabiam o que faziam, eram experientes em entrar e sair, sua artilharia pesada era uma forma de se protegerem, já que a polícia não conseguiu confronta-los, com a certeza de que alguém do grupo ou todos tinham contato com algum militar ou ex militar, ou algum dos ladrões era um ex ou ativo.

Já era uma pista a mais que conseguimos.
Olhei novamente para a arma e procurei pelo seu número de série, estava meio apagado, mas eu sabia como vê-lo mesmo estando raspado com os pigmentos certos no laboratório da polícia tudo era quase possível.


Olhei Patrícia agora se aproximando da van.
- Eles estão vindo. - Ela olhou a arma em minha mão e a analisou. - Uma submetralhadora MT 40?
Sorri de sua análise.

- Exato, você aprendeu bem. -Coloquei a arma no lugar.

- Eu tive uma boa professora. - Dessa foi ela que sorriu e eu não pude conter meu riso.

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