19 - Decisão

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Brunna POV







- Porque deixei um The White Knight entrar em minha casa e me foder no sofá ontem à noite. - Arregalei meus olhos olhando Ludmilla. - Acha que eu não descobriria Brunna?

- Como você... - Pronunciei perdendo a voz e tendo sua ajuda pra completar minha frase.

- Como eu descobri? Ora Brunna, vocês me subestimaram, esqueceram que sou eu a vencedora do prêmio de melhor detetive do país? - Ela colocou seu copo de suco sobre a mesa sem desviar seus olhos esmeraldas do meu. - Aliás, você e seus amiguinhos não são nada discretos.

- Nunca deixamos pistas... - Murmurei.

- De fato, um detetive qualquer não descobriria, mas eu sou Ludmilla Oliveira. - Ludmilla se limitou a dizer, a raiva presente em sua fala.

Ludmilla olhou para as facas no escorredor, segui seus olhos e me dei conta do que aconteceria se eu não agisse rápido

Me levantei da cadeira no mesmo instante que Ludmilla levantou da dela, corri para a porta de saída do apartamento me lembrando do que Ludmilla havia guardado numa gaveta no armário ao lado da porta ontem a noite.

Ao chegar no armário abri a primeira gaveta quando senti um leve corte em minha orelha esquerda, olhei para a parede a minha frente aonde continha um espelho e vi a faca trincar o vidro e ficar presa no mesmo, olhei por entre os cacos o reflexo de Ludmilla com mais facas na mão. Me encarando com ódio.
Peguei o revólver na gaveta e o destravei me virando em sua direção e atirando.

Olhei Ludmilla rolar para o chão desviando de minha bala enquanto atirava outra faca em mim que foi rapidamente desviada por começar a correr tentando me proteger.

Me escondi por trás da parede de um dos quartos, respirei profundamente tentando controlar inutilmente meus batimentos exagerados pela adrenalina presente em meu corpo.
Escutei tiros sendo disparados através da parede aonde eu estava, me abaixei no chão e coloquei as mãos sobre a cabeça tentando me proteger.
Inutilmente.

Quando ela havia pegado outra arma?
Andei agachada por entre os corredores e a procurei, tramando um elemento surpresa, a olhei caminhar para a cozinha.

Atirei em direção de Ludmilla pegando a parede e a bala atravessando a mesma por serem finas e de madeira oca, disparei várias vezes.

Senti meu peito arder pela adrenalina mais forte, ele subia e descia rápido pela respiração agitada e falha que me continha.

Ouvi o silêncio consumir aquele apartamento após o último tiro ser disparado.
- Ainda está viva bebê? - Pronunciei, logo após ouvi um longo suspiro e o barulho de uma arma caindo ao chão.
Eu havia a matado?
Sai de trás da parede e olhei pela cozinha, vi seus pés deitados do lado esquerdo da mesa, eu havia a acertado.


Caminhei até seu corpo e o olhei estendido ao chão. A serenidade no rosto que quem provavelmente já não estava mais viva.
Suspirei e me abaixei perto de seu corpo checando seus batimentos pelo pescoço.

Num gesto rápido e dolorido, Ludmilla abriu os olhos e enroscou suas pernas em minha cintura, segurando meus braços e me distribuindo vários socos pelo estomago e rosto.

Tentei revidar de seus socos dando os meus a ela, nos girei pelo chão, várias vezes até pararmos comigo novamente sobre ela.

Eu sentia o gosto metálico de sangue em minha boca e via em seu subcilio o corte que meu soco havia a feito
Encarei seus olhos esmeraldas escuro em pura fúria, sua boca levemente aberta pela respiração descontrolada.
As esmeraldas percorreram meu corpo e meus lábios se abriram para tomar o ar que me faltou por sua observação calorosa.

Before The TruthOnde histórias criam vida. Descubra agora