Capítulo 11

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- Então é isso?

Caminhávamos pelas calçadas da rua, iluminada e muito movimentada no centro da cidade. O barulho fez com que a nossa comunicação fosse mais alta possível, então Eren praticamente gritou pra mim.

E eu sorri.

- Sim.

Ele sorriu também.

Contei a ele sobre minha participação no projeto de Levi Ackerman. Obviamente, ele quis saber de todos os detalhes e demonstrou todas as reações possíveis, desde empolgação e até mesmo desconforto quando percebeu que Armin estava lá e não ele. Eu o deixei saber que queria sua presença também.

- Você sabe que a realidade é bem diferente, né? - Ele perguntou. Eu assenti sem protestar e então vi que ele acreditava em mim. - Estou orgulhoso de você, Mikasa.

Eu apenas pude retribuir com um sorriso.

Eren puxou a minha mão, entrelaçando à sua, e em poucos minutos entramos em uma rua mais calma. Agora já não havia mais necessidade de gritar, mas sua mão continuava na minha.

- Estou certo de que você irá contar para mamãe e papai. - Ele estava dosando o que realmente queria falar e isso era engraçado.

- Eren, apenas fale de uma vez. - Fui divertida. Ele tentou fazer uma cara de indignado, mas se rendeu caindo em risos.

- Você é horrível.

- Eu te conheço.

Sua mão apertou a minha, antes de um Eren totalmente sério continuar.

- Quero que você venha jantar conosco. - Seu pedido aqueceu não só o que havia por dentro, mas também tudo por fora. Eu o olhei tão séria quanto ele no momento.

- Como nos velhos tempos?

Seu rosto mudou um pouco. Eu não sabia o que aquilo significava. Porém, o próximo passo de Eren foi assentir, sorrindo divertido. Eu apertei o laço entre nossas mãos.

- Bom, preciso mesmo colocar as conversas em dia. - Confirmei minha resposta. E desejo.

- Preciso encontrar uma data em que eles dois não estejam de plantão e aí... - Seu celular começou a tocar. Soltei a sua mão, o dando alguma privacidade. Eren me olhou, eu o incentivei atender.

- Oi, Annie. - Annie. Assenti para mim mesma.

Eren tomou uma distância considerável e começou a falar baixinho com a namorada. Eu não sabia bem o que fazer, então apenas peguei meu celular e comecei a revirar. A mensagem de Jean ainda estava lá, intocável.

"Vou assistir seu jogo-treino na sexta. Espero que um gol seja pra mim."

Olhei para Eren, que ainda parecia muito ocupado e comecei a digitar.

"Vou fazer o meu melhor quanto a isso."

Tranquei a tela do celular e Eren veio na minha direção. Livre. Sem nenhum celular. Suas mãos nos bolsos do moletom eram perfeitos para a cena, enquanto seu olhar era totalmente despreocupado. Como se nada e nenhum peso o atingisse.

Meu celular apitou e eu consegui ler pela barra de notificações: "Você já está indo dormir? Boa noite."

Eren chegou em mim, colocando um de seus braços sobre meus ombros. O olhei atônita, mas tudo que ele fez foi sorrir, logo depois, abaixando os olhos para o celular na minha mão.

- Jean Kirstein? - Seu rosto era confuso quando se voltou a mim.

Assenti sem mais delongas. Eu sabia que Eren e ele não eram bem amigos...

A Improbabilidade de Mikasa Ackerman - REVISANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora