Ele é O chefe

Justin Bieber

Sirena Evans P.O.V

Eu me sentia desolada, meu rosto ardia com cada lágrima que escorria em meu rosto, saindo da empresa apressada e com raiva, pisando fundo. Sentia o meu mundo caindo e a cada passo que eu dava eu sentia ele se desmanchando, mas o que me mantinha em pé era a raiva que me desmembrava por dentro.

Uma nuvem negra pousava sobre a minha cabeça, os meus olhos estavam cegos e a raiva de ter sido traída era com certeza a pior coisa que eu havia sentido. Como eu pude ser tão burra, as coisas estavam acontecendo bem de baixo do meu nariz, o meu namoro já tinha terminado faz tempo, eu que não havia notado ainda.

Depois de muito tempo andando, notei que acabei voltando para a boate, estavam começando a abrir.

- Sirena, como vai querida? – perguntou Jeremy sorrindo simpático na minha direção, sorri sem mostrar os dentes cumprimentando com a cabeça então logo ele entendeu que havia algo errado – O que aconteceu? – perguntou colocando seu braço nos meus ombros e me levantando até o seu escritório.

- Nada, está tudo bem – Falei suspirando, tentando mudar o assunto, ele me encarou com feições preocupadas e atenciosas, Jeremy passou um longo tempo sendo meu amigo e quase um pai – Eu queria te pedir o meu emprego de volta – falei dando de ombros, enquanto sentava na poltrona ao lado da porta e ele se encostava na sua mesa de frente para mim.

- Escuta Sirena, eu já coloquei alguém no seu lugar – Falou ele dando de ombros – A única coisa que eu posso fazer é deixar que você cante umas 2 músicas – Falou ele indo até sua gaveta e tirando de lá um talão de cheque – E só isso que eu vou poder pagar – disse me entregando um cheque de 200 dólares, bom, isso vai servir em um hotel 2 estrelas.

Peguei da sua mão sorrindo agradecida, ele sorriu com pena, me fazendo bufar. Eu não queria que sentissem pena de mim, não queria que olhassem para mim como se eu fosse um cachorro implorando pela piedade de alguém, eu estou cansada de ser tratada como uma garota fraca e ingênua, um símbolo ridículo de fragilidade.

Sai da sua sala e fui até o camarim, colocando uma das minhas melhores roupas antigas, que vestia aos sábados, vesti elas e me olhei no espelho, hoje eu seria apenas EU, uma garota sexy de maquiagem forte e roupa provocante.

[...]

Passei meus dedos entre as teclas do piano, sorrindo e sentindo a vibração que sempre me confortava. Um flash de luz veio sobre a minha cabeça, me fazendo sorrir provocativa para o público.

“Eu nunca vou te deixar perto de mim

Mesmo que você signifique tudo para mim

Porque toda vez que eu me abro, dói

Então, eu nunca vou ficar muito perto de você

Mesmo que eu signifique tudo para você

Caso você vá embora e me deixe na lama

Mas quanto mais você me machuca, menos eu choro

E a cada vez que você me deixa, mais rápido estas lágrimas secam

E a cada vez que você vai embora, menos eu te amo

Meu bem, não temos chance, é triste, mas é verdade

Eu sou bom até demais em despedidas

Eu sou bom até demais em despedidas”

A cada nota eu sentia meu coração saindo pela boca, sentia ele se quebrando e levando tudo que havia em mim com ele. Eu estava mal, meus sentimentos a flor da pele, a dor, quanto mais eu aceitava que ela existia mais eu queria que ela sumisse. Até ver ele novamente...