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Dia 11, Sexta-feira.

Jimin acordou e gemeu. Esse último sonho tinha sido bem real. Virou-se na cama, automaticamente checando se Jeon ainda estava dormindo.

Graças a deus, sim. Jimin estava preocupado porque achou que falava durante o sono e, considerando o que estava acontecendo no seu sonho, teria sido meio estranho, para dizer o mínimo.

Aquela era a segunda vez nas últimas duas noites que ele acordava frustrado daquele jeito. Isso porque tinha desistido de contar as vezes em que acordara com os lençóis melados. Ainda bem que conhecia os feitiços de limpeza de Marcus Flint, ou teria de explicar a Jeon por que suas roupas de cama tinham que ser lavadas todos os dias. Tentou ignorar o incômodo e voltar a dormir durante exatos dez segundos antes de levantar e caminhar na direção do banheiro.

— Park? – A voz sonada de Jeon o interrompeu. — Você está bem?

— Hmm, si-sim. – Ele murmurou, amaldiçoando o “timing” inapropriado de Jeon.

Jeon sentou na cama devagar, o rosto amassado de sono.

— Não, não está. O que foi?

— Er, nada. Eu... Eu tenho que ir. – Jimin murmurou, fechando a porta e se inclinando contra ela antes de fazer o que precisava fazer, tão rápido e quieto quanto possível, o alívio percorrendo seu corpo quando terminou. Esperou um pouco antes de se limpar e aguardou ainda mais alguns minutos para sair, desejando que Jeon tivesse voltado a dormir.

Respirou fundo e abriu a porta devagar. Percebeu que Jeon ainda estava sentado na cama, abraçando os joelhos.

— Você está bem? – Ele repetiu quando Jimin voltou para cama. O loiro fez que sim com a cabeça.

— Er... Não é melhor a gente conversar sobre isso? – perguntou Jeon baixinho.

— Conversar sobre o que?

— Eu... Eu sei o que está acontecendo. Pomfrey disse que...

— Sim, bem, você sabe. – Jimin estava contente pelo fato do quarto estar escuro demais para que Jeon percebesse a vermelhidão do seu rosto e também aliviado por sua voz soar segura. — O que você quer conversar?

— Eu só pensei que... Quero dizer, tem... Hummm, tem alguma coisa, Hummm... Ah, esquece. – Jeon voltou a deitar e deu as costas para ele.

Jimin o observou por alguns instantes, notando a tensão nos ombros de Jeon, sentindo seu nervosismo e confusão.

Ele respirou fundo.

— Jeon.

— Sim?

— Você também está tendo esses sonhos?

Jeon suspirou.

— Estou.

— Desde quando?

— Alguns dias. Não sei, é difícil dizer.

— São sobre o que?

— O que você acha? Bem aquilo que a Pomfrey falou. – Ela tinha informado aos dois com um distanciamento clínico que eles poderiam esperar que as fantasias noturnas normais de qualquer adolescente se tornassem cada vez mais e mais específicas e focadas no outro, ao invés de imagens, sensações e pessoas aleatórias.

BOND • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora