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andreil imagine - "o gato preto"

Ache o gato preto? Sinceramente, esse garoto enlouqueceu. "Quem achar o meu gato, talvez receba o benefício da dúvida de ser considerado meu pretendente" Essas palavras ainda não fazem sentido na minha cabeça, moramos em um reino enorme como alguém pode esperar que se encontre um específico gato em menos de duas semanas? Mas, claro, como ele é Andrew Minyard, o sucessor na linha do trono e um dos caras mais bonitos do reino – não que eu tenha reparado – todo mundo está doido, bolando planos para encontrar o tal do gato.

Ainda não decidi se vou me envolver ou não, quero dizer ele vai ser rei um dia e tem olhos lindos – de novo, não que eu tenha reparado – então não seria tão mal se eu achasse o gato, seria? Mas, gatos como todos sabem são criaturas ariscas, e algo me diz que esse em específico, deve ser muito arisco, já que tem Andrew como dono.

Antes que perceba, meus pés me levam para a frente do meu café preferido, aliviado pela chance de tomar minha bebida favorita e esvaziar minha cabeça dos pensamentos ligados com um certo cara de cabelos claros entro e sento em uma das cadeiras que fica perto da lareira, hoje o café está vazio e o sol do começo da manhã ilumina o recinto e cria uma atmosfera tranquilizadora.

Peço o de sempre, ou seja, uma grande xicara de café e um pedaço de bolo de chocolate, meus pensamentos começam a se voltar novamente para a questão de Andrew quando ouço a porta se abrir e vejo o objeto de minhas reflexões ali, entrando no café.

Andrew segue até o balcão e faz seu pedido, depois lança um olhar pelo estabelecimento e seus olhos encontra com os meus, tento segurar o olhar mas, desvio quando começo a sentir minhas bochechas esquentarem. Quando foi que eu comecei a corar? Ou melhor, quando foi que eu comecei a corar por Andrew Minyard?

Fixo meu olhar na minha xicara de café e tento desacelerar meus batimentos quando ouço o som de uma cadeira sendo arrastada bem perto de mim e levanto meu rosto para encontrar Andrew se sentando na minha frente. Veja bem, não somos exatamente inimigos, mas também não somos exatamente amigos, então estou surpreso com a situação e no mínimo nervoso também, porque ele desperta algo em mim que ainda não decidi se é bom ou ruim.

— Por que? — Pergunto porque realmente quero saber o motivo dele se sentar na minha frente quando há varias cadeiras vagas, mas não leve a mal, não estou reclamando dessa proximidade.

— Por que o que? — seu olhar ainda não demonstra nenhuma emoção mas, posso dizer pelo jeito que inclinou a cabeça que está pelo menos um pouco curioso.

— Por que se sentou do meu lado?

— Quer que eu saia?

A resposta sai de minha boca antes que possa impedir.

— Não.

Ele sorri com a resposta, convencido.

— Se gosta tanto da minha companhia, deveria estar procurando uma maneira de me manter perto por mais tempo, não deveria?

— Primeiro, eu não disse que gosto da sua companhia. Segundo, você está sugerindo que eu deveria estar procurando seu gato? Por acaso você quer que seja eu que encontre ele?

O sorriso do idiota nem vacila.

— Se não gosta da minha companhia, por que não quer que eu saia? Soa contraditório para mim, Josten.

O meu nome saindo da boca dele me faz perceber que nunca gostei tanto do meu nome quanto gosto agora, quando é ele quem pronuncia.

— Só estava sendo uma pessoa educada.