Capítulo 25

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Jordana*
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Subo as escadas tentando me controlar. Sinto meu sangue pulsar nas veias, e tudo por conta daquele desgraçado do William.

Ai que ódio!

*Mas ele continua sendo bonito.*

Um bonito assassino e que nem sabe ser sarcástico. Imbecil, idiota, nojento, tomara que cortem o pescoço dele e pendurem em uma estaca e coloquem em frente ao meu quarto.

*Credo Jordana!*

Cala a boca você também.

Entro em meu quarto e não vejo Samantha, quarto do Edward, também nada.

Desço novamente as escadas e encontro Edward na porta, prestes a chorar e preocupado.

Eu também estaria. Mas depois que ele me beijou...

Aquilo me deixou como maria-mole.

Agora não sei o que acontece, apenas quero, preciso que ele vá e volte a salvo. Senão não sei o que acontecerá comigo.

*Está apaixonadaaa!*

Apaixonada? Não... Não posso estar.

*Apaixonaaadaa! Jordana está apaixonaadaa! Vou cantarolar isso até confessar.*

Mereço Deus.

Chego perto de Edward e ele me olha, desolado. Isso me cortou o coração.

Mas que diabos está acontecendo comigo? Estou parecendo uma adolescente apaixonada, credo.

Abro os braços sugerindo um abraço e ele aceita. O que é estranho, já que ele é quase 30cm mais alto do que eu. Ele praticamente deita em meu ombro, então fico na ponta do pé para... Né? Ficar menos estranho.

Ele funga em meu ombro, depois me ergue, enlaçando minhas pernas em sua cintura.

Não pensa besteira.

Apenas para que ele me abrace melhor, ou sei lá. Por que é só isso que ele faz. Edward caminha comigo em seu colo até a cozinha, sem nenhum momento tirar o braço da minha cintura e a outra mão da minha cabeça.

Quando chegamos lá, ele me senta na bancada e me aperta forte.

É como se esse abraço me consolasse também.

-Está tudo bem? -Pergunto, com o rosto enterrado em seu pescoço. Esse perfume...

-Não. -Ele diz rouco e por um momento, acho que está chorando.

-Mas vai ficar...-Isso é para mim ou para ele? Quem devo convencer?

-E agora? Ele conhece nossas estratégias, conhece o local e o que iremos fazer. Está tudo perdido, não há mais volta. -Ele me encara e vejo uma lágrima escorrer.

-Não está tudo perdido. Vocês tem uma coisa que eles nunca terão: família.

-Ela é sua também. -Ele tenta convencer a si mesmo e me encara, buscando concordância. Discordo com a cabeça com um sorriso acolhedor.

-Não, ela é a sua família. Não a minha. E é por isso que vocês irão conseguir. -Okay, isso foi para mim mesma.

Ele coloca as duas mãos em meu rosto e me encara. Desvio o olhar e acabo corando.

-O que foi? -Pergunto, ainda vermelha.

-Nada. Só quero guardar seu rosto e seu olhar comigo. -Volto a encará-lo e vejo seu mar azul, as bochechas com barba por fazer, sua boca desenhada...

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