Capitulo 4

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Só vejo uma maneira de conseguir sair daqui, vou para a porta de entrada e saio para o quintal. Meus pés já estão acabados com esse salto, mas vou continuar mesmo assim. Sabe porque? Também não sei, mas esquece.

Vejo um garoto passar com uma taça de alguma coisa na mão, ando até ele e pego sua taça e bebo tudo. É champanhe, affe.

-Mas...

-Pega uma coisa mais forte pra mim.-Digo para o rapaz baixinho e magro na minha frente.

-Eu não!

Oque? Ele vai negar alguma coisa pra mim? Não mesmo! Piso em seu pé com meu salto e o seguro pela gola da camisa, lhe dando um soco no nariz. Foi até de leve, na verdade.

-Ou você vai agora pegar uma bebida, ou não vou ter piedade dessa vez!

Ele concorda e corre para dentro da casa, caminho para lugar afastado da entrada, na verdade, me sento na calçada.

Retiro meu sapato e espero a minha bebida, que chega em seguida. Ai como adoro serviço rápido.

-Aqui madame.

Pego a taça e bebo, ele sai em disparada mas logo o chamo.

-Sim?

-Não quero mais martine. Me da uma coisa mais forte, de preferência, traga 3 taças.

Ele sai resmungando e eu ouço.

-O que disse?-Pergunto, me levantando e lançando meu olhar mais ameaçador possível.

-Que irei trazer alguma coisa mais forte.-Meu Deus ele está tremendo. Me seguro para não rir e o deixo ir.

Acho que a única coisa a se fazer aqui é beber mesmo. Cidade chata, casa chata, Primo chato, tudo chato! Hoje vou ficar bêbada! O garoto volta novamente e eu pego minhas 3 taças, é acho que não estou bêbada ainda.

Mas bêbado não assumem que estão bêbados.

-Mais!

E assim acontece a rodada de bebidas, pago 50 dólares para o garoto das bebidas e vou para a pista de dança. Começa a tocar uma música que muito tempo depois descubro qual é "Chandelier - Sia" e eu simplesmente amo essa música.

Roubo mais uma bebida de alguém e volto a dançar. Acho que estou sendo sensual, ai eu percebi que pareço uma minhoca bêbada no asfalto quente. Sinto mãos rodearem minha cintura e me viro na hora. Josh. Esse cara está me enjoando já.

-Você dança muito bem.-Ele sussurra no meu ouvido.

-E você não tem medo de morrer.-Me solto de seus braços e volto a dançar.

-Uma moça bonita não deveria andar assim sozinha.-Ele continua.

-Cara, me deixa em paz. Não quero nada com você e nem gosto de você, então mantenha a distância. -Lhe dou as costas de novo e me afasto.

Que idiota, só podia estar bêbado. Credo. Tem que ser amigo do Edward mesmo. Volto a dançar até me esquecer quem sou.

******
Som.

Som alto.

Barulho.

Ressaca.

Merda. Merda. Merda.

Abro os olhos lentamente e dou de cara com um quarto claro -e que não é o meu- e diferente.

É o quarto do Edward.

A cama macia parece me abraçar, mas preciso levantar, senão minha cabeça vai explodir. Me levanto lentamente e me rastejo até o banheiro - e quando digo rastejar, é rastejar mesmo - e tomo um banho demorado. Visto um short azul de ginástica frouxo, uma blusa grande branca e cavada e um coque. Ótimo.

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