Capítulo 17

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"Eles gostam de você, Dana. Só você que ainda não percebeu."

Será?

Isso me deixou meio confusa.

Um pouco.

Ta, muito.

Eles gostam de mim? Tipo, não fiz nada pra eles, mas mesmo assim... É estranho ouvir isso.

"Fulano gosta de você"

Credo.

Quer saber? Não vou pensar nisso. Me levanto e vou para o banheiro, tomo um banho e volto para o quarto. Visto meu moletom do Bob Esponja e faço um coque.

Cara, eu estou amarela.

Como sei que Edward não vai me deixar sair sozinha, verifico se ele está no quarto e saio pela porta da frente sem fazer barulho.

Okay, pra que lado eu vou?

Whatever.

Saio andando pela rua e as pessoas me olham:

-O QUE FOI? NUNCA VIRAM UM BOB ESPONJA ANDAR PELAS RUAS? -Grito e elas balançam a cabeça do tipo "garota louca meu Deus, onde estão seus pais?"

Não tenho.

Olha, uma farmácia. Preciso de tinta mesmo, então eu entro. Aqui vende? Espero que sim. Ando pelas prateleiras até achar tinta para cabelo.

Okay, verde, roxo, rosa, amarelo...

Não tem azul? Qual o preconceito com o azul?

AZUL É A COR MAIS QUENTE!

Pego um de cada e vou pagar. O carinha vendedor está flertando comigo.

-Olha pedaço de presunto, não tente flertar comigo. Se olha no espelho antes de tentar ser como meu cabelo. -Digo e saio, deixando ele de boca aberta.

Começo a gargalhar no meio da rua lembrando do que eu disse. Ele tentar ser como meu cabelo, há! Ninguém é tão divo assim.

Ouço buzinas e me viro. Ah não, mentira. Ah velho. Só pra cagar em tudo.

-Olha quem está andando sozinha.

Continuo andando sem me importar com o que ele diz.

-Vai me dar as costas? É falta de educação sabia?

-Vai ver se eu estou na lua atrás de macacos com 6 braços! -Grito e ele solta uma gargalhada, descendo do carro.

-Ah, acho meio impossível. Vejo que você está bem na minha frente.

-Você não sabe ser engraçado, nem irônico e nem sarcástico. Então não merece minha atenção. -Digo e dou meia volta, mas ele segura meu braço.

-Eu acho que mereço um pouquinho. Afinal, sou eu quem vai cuspir no seu túmulo.

-Me solta, William. -Digo entredentes, mas ele não se afasta.

-Não estou afim, prefiro ficar assim, pertinho de você. -Ele passa os dedos no meu cabelo e me descontrolo, um pouco.

William olha nos meus olhos e os seus também mudam de cor. Sei que os meus estão cinzas porque senti a pequena ardência que sempre sinto quando faço isso.

-Você não me intimida nenhum pouco. -Digo e ele sorri. -Do contrário, só me faz te odiar mais.

-Onde há ódio, há amor também.

-Não, onde há ódio, há vontade de matar alguém. Não me faça odiá-lo, William. Já não gosto o suficiente pra sentir nojo.

-Era pra ficar com medo? -Ele diz e solta uma gargalhada.

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