Capítulo 6: As telas e Elas

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Avisos: 

Oi gente! Como estão?

No momento do diálogo entre Chiara e Luigi o ideal seria que fosse completamente em italiano, mas como não conheço muito da língua, deixei em português mesmo. Mas pensem que eles estão se falando em italiano, ok? haha


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POV CHIARA CIVELLO

Ciao Ana, Molto piacere in conoscer... Espera. Ana? Carolina? A estrela da noite e a criadora de tudo isso aqui? Dio Mio, che vergogna! Scusa, io non... Eu não sabia que era você. Desculpa se disse algo que te chateou. Não sabia que você...

— Uaaau, você fala sempre muito assim ou hoje é um dia especial? — Ana fala sem conseguir conter uma expressão divertida em sua face.

De forma quase que instantânea a italiana ficou um tempo sem exprimir nenhuma reação, como se estivesse tentando processar tudo o que tinha dito e talvez até pensando em como às vezes ela falava mais do que deveria. Seu rosto assumiu de forma quase que instantânea a cor de um pimentão vermelho. As bochechas estavam ruborizadas em um vermelho intenso que se destacavam através da maquiagem que a mesma fizera há minutos atrás. Estava claro a expressão envergonhada assumida em seu rosto pois agora não conseguia pensar em nada. Perdeu o rumo da conversa e realmente tentava encontrar em suas mente algo para sair daquela situação constrangedora que se formou.

A outra mulher a observava de forma curiosa, como se estivesse se divertindo muito com toda aquela situação. Não estava nem um pouco chateada com o que a italiana disse, pelo contrário, uma das coisas que Ana mais preza é a sinceridade, e ela conseguiu sentir isso quase que de forma repentina por aquela mulher que até o momento apenas trocou algumas palavras. Ao observar a face visivelmente envergonhada de Chiara, Ana continua:

— Mas eu gostei muito dos seus comentários! Isso mostra que você foi bem verdadeira e sincera com o que viu, e eu amo demais isso. E fora que achei sensacional as suas ideias, não teria pensado nelas. Toda a crítica é bem vinda, até porque sou bem nova nesse ramo e gosto de tentar visualizar a modificação dos meus quadros a partir da opinião de outras pessoas. Então não se desculpe, eu realmente estou feliz com o que você disse.

— Iniciante? Eu não consigo acreditar nisso. Está muito bom, de verdade! Essa forma de arte proporciona educar os nossos olhares nos mais diversos sentidos. Não é o que você vê, e sim como você vê. São coisas completamente diferentes. — Chiara diz completamente envolvida em seus pensamentos a respeito daquelas obras.

— Sentido no olhar. É isso, você disse tudo! É preciso ter um olhar sensível e aberto para sermos capazes de captar, ainda que intuitivamente os sentidos disponibilizados pela obra de arte para a possibilidade de diferentes interpretações, e claramente você tem esse olhar. E que olhar...

— Como?

— Ah nada! Só pensei alto demais aqui. Devo confessar que você... — Naquele momento, Ana foi interrompida por Dani, que caminhava com um largo sorriso no rosto em direção às duas mulheres.

— Quem é a mais nova artista plástica do pedaço? Uau Ana, quanta coisa linda! Você definitivamente se superou. Estou sem palavras. Vem cá, como é esse negócio do uso do seu próprio sangue como tinta? Como é que surgiu essa ideia?? Estou impressionado com essa criatividade, o que é isso! — Daniel se aproxima da mineira para um abraço carinhoso.

— É uma loooonnnga história meu amigo. Vou te contar nos mínimos detalhes depois. Você 'tá me devendo uma visita, né? Eu não esqueci.

Fogueira em Alto MarOnde histórias criam vida. Descubra agora