Capítulo dezessete

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Corri em direção ao estacionamento, sentindo algumas lágrimas escorrerem no meu rosto. Fui até o carro de Minato, abri a porta do banco de trás e sentando, em seguida recebi os olhares de do Namikaze e de Naruto, que estava sentado no banco do carona, abaixei a cabeça e coloquei as mãos ne frente do rosto, desabando em lágrimas.

Ouvi o som da porta se abrindo e fechando em seguida, depois a porta ao meu lado se abriu e se fechou, logo após alguém sentar ao meu lado, fui abraçado e olhei, de canto de olho para  o Uzumaki, que estava com os braços em volta do meu ombro

- Eu deveria... -

Interrompi o mais velho - Por favor, não se intrometa... Por favor -

Ele suspirou - Está bem, se você insiste -

[...]

Minato me levou para casa.

Deitei na cama, ainda  desanimado, meus olhos estavam inchados e meu rosto em um tom avermelhado, por conta do choro. Pakkun pulou encima de mim, e começou a esfregar o nariz em mim, ele choramingava. Abracei o pug, apertando, pela primeira vez ele não reclamou te ser abraçado

- Ele traiu a gente -

Alguns minutos depois Naruto e Sakura vieram , estavamos, eu e o loiro, sentados no sofá,  enquanto a Haruno fazia brigadeiro. Alguns minutos depois, a rosada voltou com uma panela e três colheres, sentou ao meu lado, que estava no meio, e me entregou a panela

- Nada melhor que brigadeiro para curar um coração partido - diz Haruno

- Eu ainda não acredito que aquele babaca teve coragem de fazer isso com meu irmão -

- Obito é um completo idiota... Mas mesmo assim, eu me apaixonei por ele, e ele brincou comigo - Levei uma colherada do doce até a boca - O Tobi, eu odeio ele e aquele loiro idiota -

- Entendo seus motivos para odiar aquele tal de Deidara, mas o principal e Obito que te magoou - Disse o Uzumaki

Suspirei - Ele era perfeito demais para não ter um defeito como esse - comi mais brigadeiro -  Ele é bonito, doce, divertido, engraçado... -

- Não fique remoendo, ele era legal, mas te magoou, então agora é só um grande filho da puta - Naruto disse, dando uma colherada no brigadeiro

- Que tal, ao envés e ficar de mimimi nós assistirmos algum filme ou serie de comedia, para ver se o Adam Sandler te anima - Sugeriu a rosada

- Coloca algum filme, talvez seja isso que eu tô precisando -

[...]

Fizemos uma pequena maratona de filmes, mas as horas passaram e a Haruno e o Uzumaki tiveram de ir embora, eu estava sozinho, já deviam ser umas 8:00 da noite, eu ainda estava sentado na sala, fazendo carinho em Pakkun

Ouvi o som de batidas ,a porta, levantei e fui em direção a mesma

- Quem é? -

- Você sabe quem é -

Era a voz de Obito, ignorei, mas me mantive lá, próximo a porta

- Se não vai me responder, ao menos me escuta -

Ouvi o som das dedilhadas no violão

"Sonhei que vi
O céu cinzar e cair
Você não estava aqui
Estava bem longe de mim
A chuva até que caia bem
Já que a lua chegava também

Mas a falta vinha
E apertava também de lembrança
Que trazia um bem
Me vejo só, e mais ninguém
Nessa chuva de sexta
Que me faz refém
Tô na estação um esperando um trem
Que me leve pra onde você tá também

Meu coração é a casa que tu pode entrar
Pode ficar a vontade
Deitar no sofá
Só não repara na bagunça que ela tá

Meu coração é a casa que tu pode entrar
Pode ficar a vontade
Deitar no sofá
Só não repara na bagunça que ela tá"

Uma lágrima escorreu do meu olho, abria a porta, e vi o Uchiha cair deitado, ele devia estar com as costas encostadas na porta

- Você nunca me mostrou essa musica -

- Talvez seja porque eu passei a tarde escrevendo ela para você - 

Ajudei ele a levantar - O que tem a dizer em sua defesa? -

- Bom, eu perguntei para Sakura o que eu tinha feito, e eu não preciso nem dizer o que eu fiz, mas eu juro que eu não queria que aquilo acontecesse, ele veio na minha casa, querendo reatar e me beijou a força... Você me perdoa? -

Suspirei - Obivio que sim, baka -

Ele me abraçou, me colocou contra a parede, ficando entre minhas pernas e me beijou, eu estava com saudades dos beijos dele, dei uma pequena brecha, deixando que a lingua dele adentra-se minha boca, senti um fraco gosto de sakê, ele devia ter bebido recentemente, mas não me concentrei nisso,  voltei minha atenção aos movimentos da lingua dele, dos quais eu retribuía, nos separamos, ofegando um pouco

se afastou, recuperou o fôlego - Kakashi, eu acho que eu... Te amo -

- Idiota.... Eu também te amo - Nos beijamos de novo - Que tal, como nós amamos, fazermos amor - sugeri, um pouco corado

- Com todo prazer -


𝓒𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓪

O Garoto do Violão - ObikakaOnde histórias criam vida. Descubra agora