Meu Advogado (IM) Perfeito

Capítulo 23

Abigail Campbell  :

Algo mudou quando vi Benjamin conversando com Marcus, não deixei passar despercebido o quanto ele se parece com o menino do sonho que tive.

Um sentimento de proteção, se instalou em mim quando Maia, nos explicou como a infância de Marcus foi difícil.

Se eu sofri, imagina ele que vive indo e voltando das casas de famílias. Ele merece uma que o ame, que o proteja de tudo e de todos.

_ Aceita almoçar comigo? – perguntou Benjamin.

_Claro! – respondi.

Já estávamos dentro do carro voltando do orfanato e agora estamos indo em direção a algum restaurante de Seattle.

Não demorou muito e paramos em frente a um que até o momento era desconhecido por mim.

_ É da minha família, espero que goste! – disse Benjamin.

_ Da sua família? – perguntei abismada.

_ Sim, temos várias coisas espalhadas por toda a Seattle e o mundo. – respondeu me guiando até uma das mesas da varanda.

_ Nossa!

O restaurante é enorme, tem mesas espalhadas pela varanda e mais ainda espalhadas pelo salão lá dentro.

É bem família e aconchegante, simplesmente amei.

Sem demorar muito um garçom veio nos atender.

Benjamin preferiu um arroz, com camarão, eu pedi um x-tudo. Sim! Aqui vende lanches também, eu não iria perder a chance de comer algo gorduroso.

Ele pediu um suco de laranja, segundo o mesmo, ele está de dieta e eu pedi uma coca-cola.

_ Seria loucura se eu adotasse o Marcus? – falou Benjamin.

_ Não é loucura adotar uma criança, óbvio que precisa ser algo pensado e muito bem refletido.

_ Quando vi ele, lá sentado sozinho naquele local e chorando meu coração se despedaçou. – falou.

_ Também fiquei mal, principalmente quando Maia, nos explicou o que aconteceu com ele durante sua infância. – respondi triste.

_ Você tem razão, preciso pensar melhor em tudo isso. É muita responsabilidade! – falou.

O nosso almoço foi simplesmente maravilhoso, depois dele, Benjamin me deixou em casa.

Descancei um pouco e logo fui para o hospital, pois hoje é dia de  plantão.

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Finalmente, não aguentava mais ficar no hospital.

Por mais que eu ame o que faço, hoje o meu Platão foi super corrido e sem contar qus eu não consigo tirar dos meus pensamentos o que aconteceu com Marcus.

Cheguei até pensar em adota-lo junto ao Benjamin, se é loucura? Sim! É muita loucura, mas o sentimento que desenvolvi por ele é mais forte que tudo.

Chego no meu apartamento e logo vou tomar um banho relaxante, como qualquer besteira que acho na geladeira e caio na cama em um sono profundo.

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Acordo com a campainha do meu apartamento tocando sem parar, pego meu celular e vejo que são duas da tarde.

Quem é o desgraçado que veio atrapalhar o meu sono?

Caminho até a porta e quando abro, nada encontro, olho para o chão e lá encontro uma caixa branca.

Pego a mesma e caminho até minha sala, fico confusa. Aliás isso nunca aconteceu antes.

É a primeira vez que alguém deixa alguma coisa assim na minha porta e vai embora.

Começo a desmanchar o laço feito com uma fita preta e abro a mesma rapidamente.

Primeiro encontro um cartao na cor vermelho sangue.

Começo a ler e logo o meu sangue gela.

Interessante saber que o advogadozinho de merda está com uma nova vadia.
Cuidado princesa! Estamos lhe observando, se quiser continuar respirando deixe o Gonzales longe do nosso caminho.

-JB

Isso foi uma ameaça?

Rapidamente jogo a carta em cima do sofá e começo a tirar os papéis de dentro da caixa, mas logo me arrependo quando vejo o "presentinho" que eles me mandaram.

Mesmo me tremendo, rapidamente pego meu celular e ligo para Benjamin.

_Alo? – falou do outro lado da linha.

_ Ben.. jamin? Venha pa.ra o meu ap.artamento a.gora. Por.. favor! – falei chorosa

_ Aconteceu algo, Abby? – perguntou Benjamin preocupado.

_ Venha, Benjamin! – falei e desliguei.

Deixei a caixa em cima do centro da minha sala e deslizei pelo sofá. Acho que nunca conseguirei esquecer essa cena.

Não demorou muito para que Benjamin chegasse, logo escutei batidas na porta e corri para abrir.

Sem esperar muito, ele começa a examinar o meu corpo e depois me abraça forte. Não consigo mais segurar e começo a chorar nos seus braços.

Ele me guiou ate o sofá e lá pode ver a maldita caixa branca.

_ Quem lhe mandou isso, Abby? – perguntou preocupado.

_ JB! – respondi.