Quando mais novo, Akaashi não entendia muito bem o conceito de um lar.
Era uma casa grande, com quintal onde um cachorro e um gato brincavam com as crianças, sempre um casal, e o pai observa cheio de orgulho e admiração da varanda. A mãe sempre na cozinha, a esposa perfeita. Igualzinho nas propagandas de margarina?
Não fazia sentido, já que primeiro, ele não morava em uma casa com quintal. Nunca conheceu seus pais. E o único animal de estimação que eles tinham era um periquito Azul, chamado Bernardo.
Então Akaashi cresceu, saiu de casa, pronto para viver seu próprio conceito de lar. E no fim, fez ainda menos sentido.
Bom, agora ele tinha a casa com o quintal, com os seis cachorros correndo para todos os lados. Mas não tinha a parte dos filhos, ele não era um pai orgulhoso olhando pela janela da varanda. Não tinha a esposa perfeita ao seu lado.
Ao invés disso ele tinha dois amores.
O que entrava em outra discussão que Akaashi nunca conseguiu compreender muito bem: O conceito de amor. Entretanto, isso ficaria para outro dia.
O Akaashi de vinte e três anos queria abraçar o Akaashi de oito anos. Fazê-lo entender que nem tudo na vida precisava de um sentido, um significado. Que bastava vivê-la; com sinceridade, empatia, honestidade. E gastando quinhentos reais todo mês com ração para cachorro.
Acordar todos os dias com Bokuto e Kuroo cantando era reconfortante, sair para passear com seus cachorros era sua terapia semanal. Chegar em casa, depois de um dia cansativo e estressante no trabalho, e saber que tinham abraços esperando por ele assim que passasse pela porta, era seu carregador de energias pessoal.
Akaashi ainda não compreendia muito bem o conceito de um lar, mas entendia o sentimento de estar um casa.
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Três é demais
Fanfiction[Continuação de "#ao_vivo"] Onde Bokuto, Kuroo e Akaashi compartilham um cotidiano repleto de companheirismo e amor