Aquele com o Akaashi de babá

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— Kenma, o que tá fazendo aqui?

Kozume parou de movimentar o carrinho de brinquedo no chão, olhando para Kuroo.

— Não posso fazer uma visita ao meu irmão?

— Semana passada eu tive infecção alimentar, e você me respondeu: E daí? Não sou veterinário.

— E nem pretendo ser.

— Você só vem quando o Shouyou tá aqui — disse ele, apontando para o garotinho no chão, rodeado de carros e vários outros brinquedos. Em sua grande maioria, Kozume o havia presenteado. — Você liga mais para ele do que pro próprio irmão.

— Olha, não queria colocar em palavras, mas já que citou os fatos...

— Vou contar tudo pra mamãe.

Kuroo se juntou a eles no chão. Porque bem, ele não podia negar. Tão era louco pelo garotinho.

Shouyou tinha quatro anos, era uma criança adorável e alegre. Akaashi cuidava dele sempre que seu pai, Sugawara, precisava. Kuroo não se importava, Shouyou não era o tipo de criança que dava problema, não era muito barulhento.

Bom, mas isso não significava que as pessoas ao seu redor não ficassem eufóricas.

— Hey hey hey, Shouyou, hey! — exclamou Bokuto, aparecendo como uma bala na sala, pegando o garotinho nos braços, o levantando no ar. O cômodo foi preenchido pela risada de Shouyou.

Assim que soubesse que Shouyou havia chegado, Bokuto parou tudo o que estava fazendo — mesmo que esse tudo fosse seu trabalho. Ele podia criar um arranjo para a próxima música a qualquer hora.

Akaashi apareceu na sala, com o almoço de Shouyou.

— Aqui, me dê ele. Está na hora do almoço — disse, deixando o pratinho laranja na mesa de centro, estendendo o braço para pegar o garoto. Bokuto virou o corpo, deixando Shouyou fora do alcance de Akaashi.

— Não se preocupe com isso, eu dou a ele. Sei o quanto está ocupado — disse, em uma tentativa de convencer Akaashi a deixar Shouyou aos seus cuidados. E como previsto, Akaashi não colou.

— Koutarou, ele é minha responsabilidade. — Tentou pegar o garotinho de novo. Bokuto deu um pulo para trás, o movimento fez Shouyou rir. Uma risada gostosa e contagiante.

— Deixa que eu faço isso — disse Kozume, entrando no meio.

— Nada disso, você fez isso da outra vez — Bokuto exclamou.

— Isso faz muito tempo, eu nem lembro mais da sensação — rebateu Kozume.

— Eu que vou alimentar ele, sai daqui!

— Me dá ele, Bokuto!

Bokuto então começou a correr, com Kozume logo atrás dele, o perseguindo pela casa. Mesmo quando entraram em outro cômodo, Akaashi pode ouvir a gargalhada de Shouyou. Que estava se divertindo com tudo aquilo, para ele não passava de mais uma brincadeira de pega pega.

— Devemos abrir um processo pra pegar a guarda do Shouyou? — Kuroo perguntou, o cotovelo apoiado no ombro de Akaashi.

— Tá louco? O Suga faria o Daichi prender a gente antes mesmo de tentar qualquer coisa.

Três é demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora