Aquele sobre gratidão

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Akaashi amava seus namorados igualmente. Era como o sentimento de uma mãe com seus dois filhos, por mais que insistissem em dizer que havia um preferido, ela sempre respondia sobre como os amavam por igual.

Mesmo assim, ambos tinham suas nuances.

Akaashi amava como Kuroo o chamava pelos mais criativos apelidos carinhosos. Akaashi era seu "olhos de anjo" "paladino do voltron negro" "faraó" "doce de leite com bolacha." Akaashi se lembra do quanto riu ao ouvir esse último pela primeira vez.

— Doce de leite com bolacha? Por quê? — ele perguntou. Kuroo então o beijou, antes de responder:

— Porque você é tão gostoso quanto.

Ele não tinha isso com Bokuto. Os apelidos. Para Bokuto ele era apenas "Keiji." Akaashi adorava quando seu nome saia nos lábios do namorado. O seu tom de voz era sempre um cantarolar encantado, como se estivesse se divertindo ao chamá-lo.

Às vezes, Bokuto o chamava sem motivo algum. Apenas para ter o prazer de pronunciar seu nome. E sempre que Akaashi o respondia, ele sorria. Seu sorriso favorito, aquele que fazia o sol de esconder atrás das nuvens, porque se sentia intimidado diante de tanto brilho.

Existiam outras coisas que Akaashi experimentava apenas com Bokuto. Como seus beijos ardentes, a urgência em seu toque. A maneira como seus corpos tinham um encaixe perfeito, o levando a acreditar que nasceram um para o outro.

Bokuto também era aquele quem o acompanhava para os passeio com os cachorros. Seus encontros no parque, os beijos roubados enquanto os seus filhotes corriam por entre os brinquedos era sua parte favorita do dia.

Com Kuroo as coisas eram um pouco mais domésticas e calmas. Era ele quem o acompanhava nos dias em que precisava abastecer os armários, sempre cantarolando enquanto empurrava o carrinho de supermercado. Enchendo-o de comidas saudáveis e vegetais. — Algo que irritava Bokuto. Ele saia batendo o pé dizendo que aquilo não era comida de verdade e que da próxima vez ele mesmo iria fazer as compras. O que nunca acontecia. Ele preferia reclamar do que revolver o problema.

Era com ele que Akaashi tinha suas pausas depois de horas cansativas atrás do computador, por conta do trabalho. Se aconchegar em seus braços no sofá, enquanto riam de um filme antigo ruim, era tudo o que ele precisava para recarregar suas forças.

Apesar de ter seus momentos individualmente, nada se comparava quando os três passavam tempo juntos. A bagunça na hora de dar banho nos filhotes, as risadas no meio dos filmes que eram para ser assustadores. As trocas de carinho e promessas de amor sussurradas ao pé do ouvido.

Às vezes, Akaashi olhava para eles e ficava perdido pensando sobre como amava aqueles dois. E sobre como era grato por tê-los em sua vida. 

Três é demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora