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Contar uma alameda de carneiros pulando livremente sob cercas de madeira em um paraíso profundamente sereno e refrescante não estava obtendo efeito, dado que meu consciente resolvera colecionar várias experiências e pensamentos em um brisa de frustração. Há tempos não me ocorrera a infelicidade de uma insônia como essa, abraçando-me por trás sorrateiramente como uma companheira que insiste ser familiar. Seu aperto profundo abafa os esforços do travesseiro aconchegante e dos lençóis macios entrelaçados ao meu corpo, trazendo como única opção observar o teto em redenção aos devaneios.

Talvez minha mente não fosse habituada a processar um punhado de informações desordeiras e natureza contraditória como repúdio a tudo que representasse uma ameaça ao humanamente concreto e justo, pois ela é um repelente natural da relatividade e inconstância. Presenciar tempos como esse está drenando minha energia e tentando invadir o que seria meu conforto, todavia esse fato não se deve ao afastamento com a realidade, nem ao acanhamento de contrair a doença tão eminente, porém está referente à dúvida: "Seria eu louca por preservar a realidade, ou os outros em massa que estão insatisfeitos com a natureza que desconhecem e se recusam a viver?". Por que afinal estavam permitindo que sua liberdade escorresse entre os dedos como um mecanismos suicida?

Eu me revirei diversas vezes no colchão e percebi que meu cérebro não cairia no cansaço enquanto houvesse de procurar a verdade no irracional, e antes que isso pudesse me destruir, levantei da cama e inspecionei com os olhos o pequeno cubículo o qual chamo de quarto. Quando finalmente o led luminoso do óculos virtual disposto na cômoda ao lado refletiu em minhas íris, a única ideia manifestada pela minha mente se resumia a procurar o tal easter egg da temporada. Já que não encontrava o sono, passaria o tempo de outra forma.


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A retomada da madrugada trouxe consigo a mansidão de Pagna. Sua aparência por totalidade estava diferente em comparação ao ambiente estruturado no evento do ano passado, e eu conseguia perfeitamente absorver seus aspectos naturais de floresta fantasiosa mesclada em tons frios e encantados, graças ao fluxo baixo de equipes. O cenário agora possui um cosmo soturno, sopros misteriosos e resguarda qualquer tesouro ou informação em seu coração, não entregando o óbvio ao usuário e nem mesmo um raio de objetivo.

Quando teletransportado para o lugar, o jogador incide em uma plataforma de cristal revertida através de troncos de árvore como colunas iluminadas. Aos arredores, há uma flora constante preenchendo os espaços e uma voluptuosa pedra polida com manuscritos em azul turquesa. Eu me aproximei do conteúdo e prossegui com a literatura de saudação.



"Caros jogadores,

Sejam bem-vindos a 45° eventualidade produzida no SPES. Mais uma vez agradecemos sua companhia, e como tal, o alvoroçado jogador fiel que está ansioso pelas novas oportunidades.

SPES: The gameOnde histórias criam vida. Descubra agora