Capitulo 25

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Any Pov

Se passou um mês desde o ocorrido e posso dizer que superei rápido, não falei mais com Josh e evitei todas as tentativas de conversa que ele teve comigo, Sabina e Joalin disseram pra eu tentar conversar com ele mas isso tá fora de cogitação. As aulas são cada vez mais chatas e a única parte do meu dia que presta são os treinos e com um jogo importante se aproximando tem ficado cada vez mais pesado e eu tenho ficado cada vez mais sem tempo pra ir a praia ou apenas almoçar fora.

- ta afim de ir com a gente na lanchonete almoçar antes do treino ? - Sabina falou colocando a mochila em um dos ombros

- obrigada pelo convite senhorita Hidalgo - falei em tom de brincadeira e ela riu - mas eu prefiro ir a praia, faz bastante tempo que não vou e não estou com tanta fome - falei por fim

- então tá , mesmo asssim vou te trazer um suco - sabina falou pegando a chave do carro - beijos lindona - me deu um beijo na bochecha e saiu

Fiquei observando Sabina e Joalin saindo do estacionamento e alguns segundos depois saí também.

Tirei o tênis junto a meia e os segurei em uma mão assim que cheguei na calçada em frente à praia, cheguei mais perto do mar e me sentei apenas apreciando as ondas batendo nas pedras, aquilo era satisfatório e relaxante. Não se ouvia outro som a não ser o das ondas, o local estava totalmente vazio o que me deixava ainda mais relaxada.

O clima estava perfeito, o vento batia em meus cabelos fazendo ele ficar um pouco bagunçado. Fechei os olhos por um tempo e me permiti viajar em milhares de pensamentos que rodeavam minha cabeça. Saí de meus pensamentos em abrupto com alguém me chamando, direcionei meu olhar para a voz e me deparei com um homem alto encostado na porta de um carro preto, ele fez um sinal para eu ir até ele, eu sei que não deveria mas como estávamos longe ele poderia ter me confundido com alguém.

- acho que vc me confundiu com alguém - falei enquanto calçava o tênis

- você é filha do Carlos ? - perguntou ainda encostado no carro

- sou sim

- então não me confundi, seu pai pediu para buscar você no colégio e quando cheguei vi você vindo até aqui

- eu ainda tenho treino inclusive preciso ir - dei as costas sem ligar mas logo senti o homem puxando meu braço - você pode me soltar ? Eu tenho a treino e não preciso que meu pai mande alguém vim me buscar eu vou sozinha

- acho que não garotinha 

Eu não vi mais nada, naquele instante tudo ficou escuro e quando acordei estava deitada em uma cama que por milésimos de segundos pensei ser a minha mas nem de longe era. Minha cabeça doía muito e quando tentei levantar tudo começou a girar e rapidamente me sentei, não consegui raciocinar nada nos primeiros 10 minutos mas quando as coisas começaram a se encaixar eu comecei a surtar.

- meu pai me castigou assim ? Me mandando pra um quarto nojento no meio do nada ? - falei pra mim mesma completamente desacreditada - isso não faz o menor sentido eu só posso estar ficando louca

- você é mais burra do que eu pensava - um garoto talvez da minha idade disse parado na porta que antes estava trancada

- AAAAAAAAAH - gritei assustada - QUEM É VOCÊ ?

- isso não vem ao caso agora

- onde eu tô ? por que eu to aqui ?

- você faz perguntas demais

- responde logo

- você vai saber na hora certa, e trate de se comportar porque no fim quem se responsabiliza pelas merdas que obviamente você esta pensando em fazer sou eu

- traz ela pro chefe Lucas - alguem gritou do corredor

- ah então seu nome é Lucas - o garoto revira os olhos e me puxa

Eu ainda estava sem entender nada, tudo estava muito confuso e o fato de ter um garoto ali não me deixou apavorada, talves ele me ajude . O corredor em que ficava o quarto que a segundos atras eu estava era assustador, pouca iluminação e uma única porta ao seu fim, no mesmo instante que passamos por ela um tecido foi colocado em minha cabeça, nele havia uma quantidade absurda de perfume masculino que por conta do álcool me deixou desnorteada e tonta, pelo tecido eu via apenas vultos e ouvia algumas vozes. Fui jogada em uma cadeira sem perceber e quando percebi a porta se fechou e por fim o tecido foi tirado, me fazendo respirar uma grande quantidade de ar, tentei me mexer mas as cordas em minha mão nao permitiam. Quando por fim abri os olhlos e me acostumei com a claridade um homem de terno totalmente preto se aproximou de mim

- você é Any Gabrielly ? - perguntou parado em minha frente

- depende de quem quer saber - respondi

- você só sabe falar isso ?

- depende de quem quer saber - respondi mais uma vez e a falta de paciência era nítida em sua face

- vamos tentar mais uma vez garotinha, você é filha do Carlos ?

- depende.... de quem quer saber - respondi receosa pela sua expressão que era de completa fúria

- CHEGA - gritou o homem e logo em seguida me deu um tapa - EU FALEI PRA VOCÊ ME RESPONDER SUA VADIA

Lembranças nada agradáveis inundaram a minha mente e tudo aquilo me fez começar a chorar compulsivamente, eu achava que tudo tinha passado e que havia ficado para trás mas pelo visto não.

- sim.... eu sou a Any e s..sou filha do Carlos - respondi tentando controlar as lágrimas, mas foi em vão

- sabe porque está aqui ? - perguntou e eu apenas neguei com a cabeça - o seu pai está me devendo uma puta grana e nada mais justo do que pegar o seu bem mais precioso - falou rindo

- então deveria ter sequestrado a Nicole e não eu - queria muito que aquilo só fosse um plano pra me livrar daqui mas no fundo é só a verdade que por mais difícil que fosse eu tinha que aceitar

- então você está me dizendo que a namoradinha é mais importante do que a filhinha ? - eu apenas assenti ainda chorando - você é mais inútil do que eu pensava

Levei outro tapa, mas a dor física não se comparava com a dor que eu estava sentindo por dentro ao ser chamada mais uma vez de inútil, as lembranças das inúmeras vezes que Nicole e meu pai me diziam aquilo inundou minha mente e mais uma vez chorei feito um bebê que ficou sem a mãe por mais de 5 minutos.

- podemos matar ela logo ? - um outro fala

- ou podemos brincar um pouquinho com ela - um homem fala com olhar de malícia e todos os outros riem

Eu tava assustada, o medo tomou conta por completo do meu corpo e eu só sabia chorar e chorar

- melhor deixar quieta não é possível que o pai vá querer a filha morta - Lucas falou se posicionando atrás de mim

- tem razão Lucas, leva ela de volta vou fazer algumas ligações

Lucas me desamarrou colocou novamente o tecido em meu rosto e me levou de volta ao tal quarto e assim que entrei chorei desesperadamente, gritava e soluçavas.

- tem como se acalmar ? - Lucas pediu calmo

- COMO VOCÊ ME PEDE CALMA GAROTO ? EU POSSO SER TORTURADA ATÉ A MORTE OU VÃO ME USAR COMO UM BRINQUEDINHO ATÉ ELES ACHAREM QUE TÁ BOM - grito desesperada

- eu já falhei uma vez Any, e não estou afim de falhar novamente - diz antes de sair do quarto

Eu não entendi o que Lucas quis dizer com aquilo e na real eu estava com zero cabeça pra pensar, deitei na cama desconfortável e me encolhi ao máximo, ali chorei mais uma vez imaginando que ninguém sentiria minha falta, foi extremamente difícil pegar no sono, mas quando o sol estava começando a aparece eu me entreguei ao cansaço.

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E mais uma vez eu disse que ia voltar e sumi né kkkkkk agora é pra valer prometo, o capítulo 26 já tá quase pronto ent o próximo não vai demorar

Obrigada pelos 3k de leitura vocês são incríveis demais e eu amo muito vcs obg por todo o apoio de vcs ❤️✨

Ass: Lua 🤍✨

𝑂 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑙𝑎 13 Onde histórias criam vida. Descubra agora