Capítulo 6 Todos os passos em direção ao caos

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I

—Você é tão estranha, porque é desse jeito? —Disse uma das três garotas que rodeavam uma jovem de longos cabelos no muro do colégio.

—Esquisita. -Disse outra garota.

—E ainda ta sempre com aquele garoto, qual seu problema? —Disse a última garota.

—Não me diga que está apaixonada por ele? —Disse a primeira garota que aparentemente era a "líder" do grupinho. Então, todas começaram a rir caçoando da menina a sua frente.

—Não, ele é só... —Começou a dizer, mas parou pensativa. "Oque nós somos?" pensou.

—Só oque? —Disse a líder do grupo novamente intimidando a garota.

—Não sei.

—Como você me irrita. —Rugiu a primeira garota. Então, pegou uma garrafa cheia de água de sua mochila, a abriu e derramou sobre a garota, deixando-a encharcada. —O que acha disso agora?

—Você é tão ridícula. —Disse outra garota, e todas as três voltaram a rir.

—O que vocês estão fazendo? —Chamou uma voz atrás das garotas.

—Q-que é? Quer brigar com a gente? Se você encostar em nós, vamos contar tudo pro diretor e você vai se ferrar. Nós sabemos que você não pode se envolver em confusão não é isso? -Disse a primeira garota ao se virar e ver a silhueta do garoto contra o pôr do sol.

O garoto então dá um passo à frente, batendo seu pé forte contra o chão. Duas das três garotas, instintivamente dão um passo para traz, a "líder" do grupo se desajeitou e caiu de bunda.

—Saiam daqui. —Disse o jovem. As duas garotas, ao verem o olhar claramente irritado daquele à sua frente, deixaram a sua amiga caída no chão e saíram de lá de mau humor.

—Você vai ver só. —Ameaçou a terceira garota ao se levantar e se dirigir na mesma direção que as amigas passando pelo garoto. No entanto quando ela passava por ele, o mesmo colocou o pé na frente dela, assim a derrubando mais uma vez.

—É? Vou ver o que? —Perguntou, a olhando de cima com claro desprezo.

—Eu... Eu vou contar tudo! —Berrou a garota.

—Que eu saiba... Mortos não falam. —Respondeu, de abaixando e colocando gentilmente sua mão sob a cabeça da garota. —Além disso, o que você iria dizer? —Terminou com um sorriso gentilmente assustador.

Então, obviamente, a garota saiu correndo assustada.

—Você está bem, Sakura? —Perguntou o garoto, se voltando a garota encharcada a sua frente.

—S-Sim, obrigada.

—Toma, não é muito, mas pode se secar com isso. —Hideki lhe entregou um lenço que tirou de dentro de sua mochila.

—Obrigada. —Agradeceu novamente e então, ambos começaram a andar de volta para a casa do garoto, na qual Sakura também vivia.

Como de costume, pós-aula os dois sempre caminhavam silenciosamente, exceto por um ou outro dialogo que ocasional. A diferença, é que Sakura, parece ter desenvolvido um gosto muito vivido por suco de soja, sendo assim, o normal agora é que ela parasse, numa máquina de bebidas sempre que estavam voltando para casa. E como era de se esperar foi o que ela fez, dessa vez optando pelo sabor de morango.

—Ei, Sakura. —A garota se virou para a voz que lhe chamava. —Porque você não revidou?

—Não é bom, causar problemas.

Flamma MemoriasOnde histórias criam vida. Descubra agora