I
Vou provar que posso protege-lo para sempre
Eu jurei no meu coração
Desde quando nos tornamos nós apenas?
Mas acho que está tudo bem
Estes sãs dias pacíficos para nós
Tudo desapareceu na luz
Mesmo assim, a existência chamada de "eu"
Eu apenas estendi as mãos para segurar seu corpo
Vamos sorrir para o final
Mesmo que o mundo chegue ao fim
—Então no fim das contas não sabemos mesmo o que sua guitarra faz? —Perguntou Hideki a Sakura após terminarem de cantar uma música que os dois gostavam muito. Eles a conheceram em uma animação e se apegaram muito a ela. Ambos estavam praticando no quarto de Sakura.
—Quando eu toco algumas coisas acontecem, mas nada demais. —Sakura se referia aos efeitos que sua guitarra produzia, luzes, tremulações no ar e as vezes partículas.
—Bem... Vamos entender eventualmente. Como te levou até o mundo de pedra deve duvido que seja só isso. Para ser sincero ela parece ser bem versátil.
—Mas enquanto eu não souber usar, ela é inútil. —Afirmou Sakura enquanto bebia uma caixa de suco de soja. Parecia ser o decimo só na última hora.
—Aproposito, já decidiu o que quer fazer?
—Sobre oque? —Perguntou Sakura desviando do assunto.
—Vai falar com seu pai?
Na noite passada o senhor Yuichi havia enviado uma mensagem para Hideki perguntando se ele estava com Sakura e ele afirmou, afinal ainda era o pai da garota. Pouco tempo depois ele disse que queria falar com Sakura e que ela deveria voltar até sua casa. Ambos, no entanto não acreditavam que fosse um pedido de desculpas ou que pedissem para Sakura voltar. E embora a garota não tivesse sido expulsa formalmente da família, ela também não sentia desejo de voltar.
—Não sei.
—Eu acho que você deveria pelo menos ouvir ele.
—Se você diz...
—Não faça porque eu digo, faça apenas se quiser.
—...
—Que foi?
—E se eles não me deixarem voltar ou me expulsarem de vez? —Hideki reparou que as palavras saiam da boca de Sakura com mais naturalidade e aos poucos até seu vocabulário se expandia.
—Como eu prometi, ainda vou estar aqui. —Respondeu Hideki que olhava para Sakura com convicção.
—Se você diz... Vou levar isso em consideração. —Mesmo que Sakura gostasse quando Hideki falava daquele jeito e até se envergonhasse, dessa vez ela estava um pouco cabisbaixa.
—Certo... —Hideki eventualmente se envergonhava das coisas que dizia logo após dize-las e isso havia começado a se tornar frequente. —Aliás, como você materializou sua guitarra?
—Não sei, só fiz. —Respondeu Sakura.
—Útil... —Disse Hideki um pouco incomodado. Embora fosse um mago melhor que Sakura ele tinha dificuldade em fazer as coisas quando pensava em como faze-las.
—Útil. —Respondeu Sakura.
Novamente, eles começaram a tocar e cantar músicas juntos, não haviam muitas que ambos conhecessem, mas valia a pena tentar. Em sua maior parte, quem as escolhia era Sakura, mas volta ou outro Hideki também tentava alguma música, afinal de contas, música se faria uma atividade agradável a maioria das pessoas.
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Flamma Memorias
Genç KurguUm garoto jogado no meio de um mundo de magia invisível há olhos comuns. Um mundo violento no qual ele está sendo caçado bem em frente as pessoas e ele nem sabe mais se é... humano. Mas seria tudo tão ruim afinal de contas? Não ser humano? Um mundo...