CAPÍTULO 01

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NATALIE LANSKY STRAND


O sol mal tinha raiado e eu já me encontrava trabalhando intensamente pela cozinha, preparando o café da manhã e o almoço que a cuidadora da minha mãe iria servir a ela mais tarde. Eu era responsável por tudo em casa, pois minha mãe estava muito doente.

Ela se encontrava com uma inflamação no coração, que o deixava maior do que o normal. Crises intensas de dores lhe afligiam quando minha mãe fazia algum esforço físico ou se preocupava com algo.

Coisas básicas como subir alguns poucos degraus de uma escada, se levantar da cama todas as manhãs, ou andar até o banheiro para fazer suas necessidades fisiológicas, às vezes já lhe causavam desconforto no peito.

Depois da última crise que ela teve há alguns meses, o médico me informou que minha mãe precisava de um transplante de coração. Aquilo foi como receber um soco no estômago e eu fiquei completamente arrasada.

Tentei ver a possibilidade de ela ir para o começo da fila de transplante, mas mesmo trabalhando diretamente com o Primeiro-Ministro do Reino Unido, eu não conseguia ajudá-la com isso, o que me deixava bastante frustrada, pois eu me sentia muito culpada por tudo isso que minha mãe estava passando.

Ela só se encontrava nesse estado porque eu não quis aceitar o destino pré-determinado para mim desde o meu nascimento. Se eu faria a mesma coisa se soubesse das consequências que minhas escolhas acarretariam? Provavelmente, sim. Não por egoísmo, mas por altruísmo mesmo.

Minhas atitudes fizeram com que eu libertasse minha mãe das garras de um casamento abusivo e bastante violento, além de que me salvou de um matrimônio com um marido tão pior quanto o meu pai era com sua esposa. Todavia, eu acabei abandonando minha irmã para trás durante esse processo de fuga e libertação.

E isso, custou não só a vida de Corinne, mas a saúde da minha mãe que, ao descobrir sobre a morte de sua outra filha tão amada e de sua pequena netinha, acabou por sofrer um infarto ocasionando assim todos os seus problemas cardíacos posteriores.

Me sobressaltei de repente com a campainha tocando então me dirigi até a porta, olhando primeiramente pelo olho mágico como medida de segurança. Era Lilibeth, a cuidadora da minha mãe. Abrir a porta com um sorriso, cumprimentando-a à medida que eu permitia sua entrada na nossa singela casa.

Assim que passei as orientações para Lili e finalizei a comida, subi às pressas a fim de poder ir me arrumar para o trabalho

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Assim que passei as orientações para Lili e finalizei a comida, subi às pressas a fim de poder ir me arrumar para o trabalho. Minutos depois, já de banho tomado e vestida em meu terninho social, me encaminhei até o quarto da minha mãe onde ela já se encontrava acordada, conversando com Lilibeth.

— Mãe, já estou indo — comuniquei indo até a cama e lhe dando um beijo na testa.

— Ok, filha.

— Nada de estripulia hoje, viu? — salientei fazendo elas sorrirem.

— Eu não faço estripulia, menina — ralhou minha mãe, fazendo com que eu sorrisse e desse um beijo em seu rosto à medida que ela me desejava um bom trabalho.

O Senador Mafioso e a Assessora VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora