Capítulo 2

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Washington D.C. USA

P.O.V Isabella Burton 17:45 p.m.

Havia chegado em casa quase 18hrs da noite. O dia foi extremamente exaustivo e eu só queria dormir, mas não tinha como. Eu precisava investigar o que aconteceu naquela reunião na noite passada no Wasserman ou melhor, nessa madrugada. Se eu conseguisse bater todos os pontos eu iria encontrar alguma evidência.

Tirei meu colete do fardamento e joguei no sofá, me aproximando da minha mesa redonda da sala e me sentei, voltando a checar todos os documentos que ontem o Italo e Bryan conseguiram. Eram muitos e poderia levar horas pra checar tudo aquilo, mas devia haver alguma coisa.

Nas fichas tinham nomes e fotos 3x4, mas não havia nada nos papéis que pudesse constar uma má conduta dos investigados.

Tinham em média umas 30 fichas e a fome falou mais alto, o que me fez lembrar que havia marcado de ir almoçar com a minha mãe e não deu pra mim. Estava entupida de trabalho.

Então larguei aquilo e fui pra cozinha fazer alguma coisa pra comer, estava varada de fome.

Havia carne salgada e torrei ao azeite, usando mais alguns temperos e salsinha. Depois fiz um macarrão com molho branco e coloquei algumas folhas de alface sobre o meu prato pronto. Fui até a minha prateleira na parte superior da pia e abrir, pegando uma garrafa de vinho Pérgola e levei com uma taça e a comida para a sala.

Assim que coloquei tudo sobre a minha mesa meu celular tocou e era o Sam. Atendi e voltei a checar as fichas sobre a mesa.

— Isabella, eu tenho uma coisa muito séria pra te contar. — Enruguei a testa e segurei o celular entre o ouvido e o ombro.

— Sobre o que?

— Eu entrei em contato com um amigo meu de Nevada e ele decidiu nos ajudar. — Coloquei o vinho na minha taça e arqueei uma sobrancelha.

— Como?

— Espero que isso fique somente entre eu e você.

— Claro, claro. Tem minha palavra.

— Ele é um hacker anônimo. Consegue entrar em registros rígidos privados que nem mesmo a nossa equipe de tecnologia consegue.

— O que?

— Isso mesmo. Não conseguimos achar nada sobre vôos desconhecidos, com certeza essa equipe de mercenários narcisistas usam aviões não rastreáveis. E o banco de dados com certeza foi invadido pra mudar o histórico deles.

— E esse cara pode nos ajudar? Como tem tanta certeza disso? — Perguntei e passei uma ficha, quando meu semblante mudou ao me deparar com algo que travei em segundos.

— Somos do FBI, Isabella. Esqueceu? — Falou, e peguei a ficha seguinte, vendo a foto de um rapaz loiro e de topete alto meio bagunçado. Ele tinha um rosto bem traçado, seus lábios e nariz eram perfeitos. Tipo, nada demais, mas ele era o criminoso mais gato que eu já tive o desprazer de ver durante todos os meus anos de trabalho. — Isabella? — Passei a primeira página e na seguinte havia mais fotos dele de perfil em ambos lados e aquilo foi o suficiente pra ver a tatuagem de asas que havia no seu pescoço.

Lembrei de imediato do cara entrando em Wasserman seguido por seguranças.

— Isabella? — Lembrei da existência do Sam e voltei a realidade. — Aconteceu alguma coisa?

— Ah... Eu acho que encontrei alguma coisa aqui. Amanhã a gente pode ir mesmo pra Nevada? Eu falo com o Demitri e mando ele preparar o jatinho pra gente.

— Por mim tudo bem.

— Ok, amanhã eu te falo.

— Tá bom. Boa noite. — Nem respondi, apenas joguei o celular na mesa e abrir meu notebook às pressas, colocando o DVD no leitor e passei todas as imagens das câmeras de segurança até chegar às 2hrs da manhã quando foi o exato momento que ele chegou no prédio.

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