Stupid cupid - Seulrene

Capítulo Doze - "Do you forgive Me?"

୨୧

A menor estava sentada ao chão, junto a Seulgi, que abraçava seu corpo. As mãos da outra em volta de sua cintura, com cuidado e carinho, enquanto a menina comia seu lámen no copinho, com os hashis cor de rosa que a Kang havia lhe entregado.

Se sentia confortável com Seulgi naquele momento, ela parecia querer lhe proteger, e essa era uma sensação boa para Joohyun, que nunca teve esse tipo de sentimento, mesmo que fosse uma situação errada, começava a se sentir bem com Kang, a um tempo ela não lhe fazia mal, desde o incidente do dia da pizza, mas a ursa era imprevisível, poderia surtar a qualquer momento, então deveria ficar alerta.

— Joohyun… — Pos a cabeça no ombro da outra, e suspirou.

— Sim? — Terminou de comer seu lámen, e deixou ao lado das duas.

— Você me perdoa?

Seulgi subiu as mãos pelo corpo da menor, que deixou um suspiro escapar por seus lábios, devido a sensação boa que havia sentido naquele momento.

— Eu… Não posso, Seulgi.

— Por que não? Eu estou cuidando de você, você está bem não está? Eu te alimento, te dou carinho, não é isso que namoradas fazem?

— Seulgi, nós não somos namoradas, e eu não estou bem — Falou calmamente esperando que a outra entendesse e não surtasse.

— Mas… Eu achei que você estivesse bem.. Não tens reclamado, e tens sorrido…

— Eu sei… Porém sinto falta de Yeri, Seulgi, sinto falta de minhas amigas, falta de sair por aí, de viver minha vida, eu não quero viver presa com você dentro de uma casa, e nós não temos um relacionamento, você me sequestrou, está me mantendo presa dentro de uma casa, e nem me deixa ver a luz do dia!

Ao escutar as palavras de "sua coelhinha" a maior se soltou de Irene, e levantou-se, enquanto a olhava de baixo para cima, seus olhos lacrimejavam, e tinha os braços cruzados.

— D-desculpe… Não quis ferrar a sua vida… Eu… Eu só queria ter um tempo com você… Eu te amo, Baechu… Não queria ter feito isso, mas eu não achei outra opção, você nunca iria falar comigo, eu sou esquisita demais para te chamar a atenção, não tenho charme, sou diferente de pessoas por qual você se apaixonaria, eu só queria te mostrar que amo você, unnie…

— Hey… Olha, me sequestrar foi uma péssima ideia, foi um crime, e não deveria ter feito isso. Pare de se rebaixar, você é linda Seulgi, se tivesse me chamado pra conversar, claramente te daria ouvidos, eu era uma tola no colegial, eu não deveria ter te tratado daquela forma, mas a verdade é que eu era muito amargurada, nunca recebi amor de minha família — Sentiu algumas lágrimas escorrerem por seu rosto, e então se levantou, ficando de frente a outra — e queria que as pessoas fossem infelizes também… Me desculpe por ser uma idiota, tenho certeza que te causei problemas, eu era uma tola me perdoe, se não fosse por minha causa, isso não teria acontecido, você poderia ser uma pessoa bem sucedida, e teria alguém melhor que eu, não sou uma boa pessoa para ti Seulgi.

— Como assim? Claro que é! Você é a única razão para eu estar aqui Bae, se não fosse por você, eu já nem estaria aqui, todos esses anos eu busquei coragem, e formas de declarar meu amor por você, pequena, eu sempre te amei, e vou te amar até a morte.

Seulgi se aproximou de Joohyun, e segurou suas bochechas que estavam molhadas por conta das lágrimas, e as enxugou. Tentou juntar os lábios aos dela, mas foi impedida pela outra que pos dois dedos sobre os lábios da maior.

— Se me amas, Seulgi, me deixe ir.

Falou firme, enquanto a olhava seria.

— Não posso te perder novamente, Joohyun, por favor…

— Eu… Prometo não te deixar, eu irei ficar lhe vendo, hm? Se você me ama tanto como diz, podemos tentar começar isso da maneira certa, como duas pessoas normais.

— E como sei que não estás mentindo?

— Confie em mim, na sua coelhinha — Sorriu sem mostrar os dentes, e puxou o rosto da outra, juntando ao seu, colando ambas as testas — Se me deixar ir, podemos nos encontrar no café amanhã a tarde, e podemos ver no que dá, o que acha?

— Tudo bem — Fechou os olhos, e acariciou as bochechas alheias — Promete que vai estar lá, e que não vai contar a ninguém sobre isso, por favor…

— Está bem Seulgi… Mas só se me deixar ir agora…

As duas se separaram, e Seulgi correu até o andar de cima. Vasculhou as gavetas da cômoda em seu quarto, e pegou uma calça de moletom rosa para Irene vestir, e uma pelúcia do ursinho Brown, que tinha desde pequena.

Voltou para a sala, e viu a outra esperando sentada no sofá, Seulgi não sabia, mas por dentro, Irene estava totalmente aliviada, não imaginara que daria certo, achou que levaria um tapa forte no rosto, mas para sua surpresa, tinha dado certo, talvez os remédios fizessem efeito de verdade.

Kang a entregou as duas coisas, e sorriu.

— A pelúcia… Eu tenho ela desde pequena, e quero que fique com ela, para lembrar de mim, e para prometer que vai estar lá amanhã, por favor.

— Eu te prometo, ursinho — Deu um leve sorriso, e pos a calça, finalmente estava se sentindo coberta.

A mão da outra foi posta sobre a sua, e levada até a porta da sala. Seulgi abriu, e olhou para fora, para ter certeza de que ninguém estava na rua, e como não era tão movimentada, estava deserta.

— Eu te amo Bae, te encontro amanhã, as 10 da manhã no café, na mesinha que você sempre senta.

— Pode deixar.

A pequena recebeu um beijo no topo de sua cabeça, e finalmente, depois de semanas, ou meses, não fazia ideia, viu novamente a luz do sol.

Levou a mão até perto de seus olhos para impedir a luz que batia em seus olhos, e foi caminhando até o lado de fora. Assim que pisou na grama, olhou para a porta, e viu a outra lhe observando com um olhar triste.

Sorriu para ela, e mandou um beijo para ela, logo correndo enquanto gargalhava, finalmente estava livre, e finalmente iria ver Yeri novamente, esse era o dia mais feliz da sua vida, não via a hora de pegar Yeri novamente no colo, e a abraçar.

Tudo iria voltar ao normal, bem, quase tudo.