Capítulo nove - put your lips on my lips

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Yerim

   Sooyoung estava com a pequena Yerim na delegacia de policia, na sala de espera fria, a algumas horas. A menor já se mostrava impaciente com a situação, tudo que ela queria era sua irmã, não entendia o motivo de ela não estar ali, e o porque deles nao falarem onde ela estava.

    — Unnie, onde está minha irmã? Por favor me fale.

     Joy sentia seu coração apertar a cada vez que a menina perguntava sobre sua irmã, Yerim poderia ter 10 anos, mas tinha o coração mais puro que poderia existir, e uma inocência tão doce e incompreensível aos olhos de um adulto.

    — Eu não sei querida, mas lhe prometo que iremos achá-la.

    Bae Yerim avançou nos braços de sua unnie, lhe apertando em um abraço, e desabando em choro. A garotinha temia perder sua irmã, essa era coisa que mais tinha medo que acontecesse. Irene era a única pessoa de sua família viva, a pessoa que lhe tratava com amor e carinho, quem  cuidava dela, quem lhe confortava nas madrugadas ao acordar após um pesadelo, quem lhe fazia se sentir segura.

    — Eu tenho medo unnie, não quero perder minha irmã.

     — Nós iremos achá-la, eu te prometo  meu amor.

    Beijo o topo da cabeça da menina, e acariciou os cabelos acastanhados, e levemente ondulados da Yerim, temendo que não encontrasse Irene, ou pior, a encontrasse morta.

                          Irene

    Limpou as lágrimas que escorria por seu rosto, e se levantou calmamente enquanto observava Seulgi indo até a porta. Segurou firmemente a barra do blusão que vestia, e olhou para baixo.

     Ouviu-se o som do telefone tocar, Irene apenas observou o objeto por alguns minutos, temendo atender, e Kang tentar algo contra ela novamente, mas venceu o medo, e logo atendeu.

   "— Alô?"

   "— Seulgi?"

"— N-não, é..."

   "— Wendy? — Se perguntou por alguns minutos quem poderia ser Wendy, mas lembrou da conversa de Seulgi no quarto minutos antes, então supôs que alguma Wendy morasse lá —"

    "— S-sim..."

    "— Ah, que bom. Querida, Seulgi está bem? — "E ela já esteve bem alguma vez na vida?" Pensou — Ela não vem as consultas a algumas semanas, estou preocupada de que ela tenha tentado suicídio novamente e tenha conseguido dessa vez."

   "— Ela está viva... — "Por que bem ela não tá" —

    "— Você poderia fazer com que ela venha as consultas? Ela estava tão bem ultimamente, não vinha falando mais em sequestrar a tal de Irene e..."

    "— Irene?"

    "— Sim, ela não lhe falava nada?"

    "— Não é isso, é que... Bem, não importa, vou tentar levá-la para a próxima consulta. Quando será?"

    "— Amanhã, as 10:00 AM"

    "— Ela estará aí, prometo"

    Bae desliga o telefone, e o coloca no lugar. Nesse tempo Seulgi pagou a pizza, dando alguns problemas no cartão, mas logo foi resolvido.

    — Vamos ter pizza! — caminhou animada até o balcão, colocando lá, e abrindo a caixa — parece uma delícia.

   — Sim. — Disse nenhum pouco animada, pegando uma fatia e levando até a boca. Era tão bom para ela ter algo em seu estômago —

    — Quem era ao telefone? — perguntou em um tom calmo, e curioso —
 
     — É... — deu mais uma mordida, e largou a fatia — sua psicóloga — a feição da mais velha mudou, ganhando um olhar furioso a ela —

    — O que ela perguntou?

    — O porque de você não ir as consultas.

     — Eu não vou mais lá!

    — Seulgi você precisa!

    — Não! Não preciso! Eu estou bem!

    — Não, você não está Seulgi. Você precisa de ajuda, ela não vai lhe machucar.

    — Mas... Eu não quero ir lá, ela me força a tomar remédios que eu não quero.

    — Eles são para o seu bem.

    — Mas... A Wendy falou que eu não posso tomar eles, que são uma estratégia do governo para que eu não conte o que eu sei! — "É, ela tá ficando louca" —

     — Como assim?

     — Não posso falar, é confidencial, eles tem ouvidos por toda parte sabia? Podem estar nos escutando nesse momento — sussurrou a última parte —

    — Ok Seulgi, você com certeza não está bem, precisa ir nessa consulta amanhã.

     — Mas eu não quero — Esperneou como uma criança birrenta, e cruzou os braços —

    — Se eu for junto, você vai?

    — Se me der um beijinho sim.

    — Aigoo! Tudo bem — se aproximou da mais velha, e pôs suas mãos sobre as bochechas gordinhas de Seulgi —

     Olhou nos olhos da mais velha, ela era tão linda, como conseguiu ser tão burra no colegial, e não ver a beleza dessa garota? Talvez por que pagava de hétero, mas nas escondidas, amava gemer o nome de Joy enquanto era fodida por ela no banheiro — Águas passadas que ambas queriam esquecer, mas nunca negaram que era a melhor parte do high school. —

     Aproximou lentamente o rosto do de Seulgi, com seus olhos fitados na boca avermelhada dela. Sentiu seus lábios lentamente tocando os da bear, que eram tão macios, e pareciam um pedacinho do paraíso.

     Separou-se do selinho, mas aquilo parecia errado, ela queria mais, então logo juntou os seus aos dela novamente, mas dessa vez com mais intensidade. As mãos de Irene subiram até a nuca da mais velha, aprofundando o beijo, que se tornava intenso e necessitado, como se ambas precisassem estar assim para sobreviver.

     Joohyun invadiu a boca da mais velha com sua língua, dançando com a mesma por dentro do local. Cada segundo que se passava daquele beijo, era melhor, e tudo que Bae queria naquele momento era beijar Seulgi para sempre, o que era estranho, principalmente pela situação em que se encontrava, sequestrada e presa com uma psicopata.

    Quando a falta de ar se fez presente, foi forçada a separar-se. Lentamente separou os lábios dos de Seulgi, deixando um filete de saliva, que foi cortado pela língua da última.

     Ambas se olhavam, estavam em uma situação tão complicada naquele momento. Principalmente Irene. Estaria ela se apaixonando por sua sequestradora? Aquilo era tão clichê, e Irene odiava clichês, era algo que ela nunca suportou, e agora sua vida estava virando um enorme clichê.

    — Que horas amanhã? — Seulgi comentou, tirando uma risada gostosa dos lábios da bunny —

Stupid cupid - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora