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_Como assim nós vamos para a Coréia no Natal? _Karine interpelou. _Ja faz mais de dois anos que eu não vejo o meu filho, Karine. _Uno ponderou enquanto comia seu hambúrguer. _Eu queria ir á Grécia._Ela cruzou os braços. _Ano retrasado você quis ir a Paris, nós fomos. Ano passado, Suíça. Eu fiz todos os seus gostos! Qual o problema de eu querer ver meu filho? E eu tenho familiares la! _Então quer dizer que viajar comigo é um suplício? _Amor, eu não disse isso! _Mas foi o que pareceu. _Qual o seu problema? _Ele franziu a testa. _Qual o seu problema? Eu tenho a impressão de que você não quer ir à Coreia somente por causa de Apollo! _Tem razão. Quero ver meus primos! Abriram uma rede da cafeteria e eu quero parabeniza-los pessoalmente! _Não é disso que estou falando... _Sabe, há cerca de dois anos atras, eu pedi para você me ajudar a esquecer Portia... você fala dela a cada quinze minutos! _Porque você pensa nela a cada quinze minutos! _Ela alterou a voz. _Eu não sabia que você lia mentes agora! _Ele largou o sanduíche e cruzou os braços.
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_Amor? Qual o seu problema? Você se casou comigo sabendo que eu tenho um filho... _Eu sei amor, me desculpe. Aquela coisa de eu não querer ter um filho agora e ela ja ter um filho seu, me deixou maluca! _Ela sussurrou. _Amor... eu amo Apollo porque ele é meu filho. Eu amo você porque você é a minha esposa. Eu sou feliz ao seu lado, eu me sinto realizado com você aqui! Mas imagine se você tivesse um pai e ele se casasse com outra e te abandonasse? _É amor... eu sei, eu sei. _Ele suspirou. _Eu que sou uma boba mesmo. _Não é não. Você esta estressada por conta das provas que estão chegando. Se concentra nisso. _Obrigada por compreender, meu amor. Está difícil mesmo... _Ela deu de ombros. _Mas eu sei que você é capaz de conseguir! _Sobre ter um bebe, eu só queria que... _Vamos evitar falar sobre isso até que você se sinta pronta, certo? _Mas... e você? _Eu vou esperar você estar pronta! _Ele esticou os lábios em um sorriso. *** _Amor? Você esta bem? _Ekyom adentrou o banheiro de onde ouviu alguns grunhidos. _Engraçado que na primeira gravidez eu não tive tantos enjoos... _Ela voltou a vomitar dentro do vaso. _Olha, eu não vou ao ensaio hoje para ficar cuidando de você! _Ele analisou. _Não, ja é a segunda vez essa semana! _Eu não posso deixar você assim sozinha aqui em casa! Os meninos vão entender. _Pode ensaiar, amor. _Ela limpou a boca. _É só um enjoo. _Tem certeza? _Absoluta, meu bem. _Ela deu um sorriso amarelo. _Pode ir. _Eu te amo. _Ele deu um beijinho delicado em seu rosto. _Vou ficar com o celular por perto! Ligue ou mande mensagem! _Obrigada, amor. Eu também amo você. *** _Que tal irmos ao cinema hoje? _Portia massageou as costas de Eros, este, estava sentado no sofá com as pernas abertas e olhando fixamente para a lareira enquanto segurava, em uma de suas mãos, uma taça com whisky.
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_Eu não entendo... Eu juro que não entendo! _O que você não entende? _Ela indagou atônita. _Eu já tive um filho, Portia! Eu já tive um filho! _O que? Como? Com quem? Ashely disse que aquele bebe não era seu... _Não, não estou falando de Ashely! _Eros... você está me assustando... _Ela afastou-se. _Você não se lembra porque perdeu a memória, mas eu já havia lhe contado. _Ele suspirou repousando a taça na mesa de centro. _Sete anos antes de conhecer você, eu perdi a minha primeira família. Minha esposa e meu bebê de poucos meses morreram em um acidente. _Ele fechou os olhos segurando as lágrimas. _Era um dia chuvoso e eu dirigia o carro. Depois de alguns dias em coma e algumas cirurgias, eu sobrevivi. Portia ficou paralisada. Eros assistiu uma lagrima umedecer sua bochecha. _Portia? Está tudo bem? _Desculpe... eu... eu... uma família... _Ela enxugou a lágrima rapidamente. _Eu sinto muito! _Eu fui pai! Como não posso ter um bebê agora? As pessoas do nadam perdem a possibilidade de conceber filhos? _Ele estava angustiado. _Mas... mas... Tem certeza que a criança era sua? _O-o que? _Eros fitou Portia estupefato. _Como assim? Como pode dizer isso na minha frente? _Eros... raciocina! Você não pode ter filhos... como poderia ter engravidado a sua esposa? Treze anos não é tanto tempo assim! _Mas... impossível! Ela jamais faria isso! _Ah... _Alô? _Eros estava com o telefone na orelha. _doutor... de acordo com os exames, eu nunca pude ter filhos ou foi uma condição recente? _Eros... esta tudo bem? _O medico indagou do outro lado da linha ainda atordoado com a abordagem grosseira. _Me parece alterado! _Responda-me, doutor! _Eros, caso o homem não tenha nascido com a impossibilidade de ter um filho, essa condição se dá somente por intervenção cirúrgica! _Mas eu nunca fiz uma cirurgia, como eu pude ter um filho ha treze anos atras? _Você teve um filho? _Eu tive... _É impossível essa criança ser sua! Eu sinto muito. _O medico informou do outro lado da linha. _Tudo bem, doutor. Obrigada e tenha uma ótima noite. _Ele desligou e jogou o aparelho no chão. _Eros! Seu celular! _Portia o advertiu. _O filho não era meu! O pequeno Jeon! O pequeno Jeon! _Ele chacoalhou Portia pelos ombros. _O pequeno Jeon! _Eros, controle-se! O que esta havendo aqui? _O pequeno Jeon! O pequeno Jeon! _Ele ajoelhou-se no chão e em posição fetal, chorou. _Amor...? _Ela abaixou-se ao seu lado e acariciou seu cabelo. _Você tem uma família agora. _Eu nunca vou ter um filho, Portia! _Você vai... vamos iniciar seu tratamento e vai dar certo! _Appa? _Apollo surgiu da beirada da escada. _Filho! _Portia e Eros olharam desesperadamente o pequeno. Estavam prestes a gritar, mas Apollo fora mais ligeiro, pisou em falso e caiu escada abaixo. Portia e Eros correram ate o pequeno corpinho mole e desfalecido.
